quarta-feira, abril 05, 2006

“A minuta”

Registo que o texto sobre endogamia aqui publicado teve algum eco na sociedade Portuguesa. No Diário Económico, de dia 5 de Abril, foi publicado um artigo, de Tiago Mendes, intitulado de “a minuta”. Neste artigo relata-se o episódio, por mim vivido, no âmbito de um concurso promovido pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Nutre-se a esperança de que "água mole em pedra dura..."

3 comentários:

Anónimo disse...

É em toda a sociedade.A "inquisição" continua.

Anónimo disse...

Público, Quinta, 6 de Abril de 2006

Os jovens num beco
José Manuel Fernandes

(...)

A universidade portuguesa é hoje um bom exemplo desta situação. Por um lado, tem todos os lugares preenchidos e dificilmente poderá abrir novas vagas, já que o número de estudantes está a diminuir. Por outro lado, tem à porta milhares de jovens já doutorados, grande parte deles muito mais competentes do que os que estão comodamente instalados nos seus lugares de carreira, mas que sabem que dificilmente haverá lugar para eles. O mesmo se passa em muitas empresas. O mesmo ocorre, à escala do mais monumental desperdício, na administração pública.
Temos pois uma juventude enfiada num beco sem saída ou cuja única saída é ir para o estrangeiro. É o que já faz um quinto (repito: um quinto) daqueles em que o Estado português investiu fortunas para que estudassem, se licenciassem e se doutorassem. Ou é o que fazem cada vez mais jovens franceses que atravessam a Mancha à procura de empregos no Reino Unido, de acordo com uma reportagem do Libération.
Ora isto sucede porque protegemos de mais os que estão empregados e desprotegemos em absoluto os que aspiram ao primeiro emprego. A protecção social resulta na maior injustiça social. E, em nome da rigidez do Estado social, os melhores de entre os jovens fogem para o mundo anglo-saxónico, onde impera o tal horroroso neoliberalismo. Deve ser por masoquismo...

Miguel B. Araujo disse...

http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/312/5770/108?etoc

The Competitive Advantage of Sanctioning Institutions
Özgür Gürerk,1 Bernd Irlenbusch,2 Bettina Rockenbach1*

Understanding the fundamental patterns and determinants of human
cooperation and the maintenance of social order in human societies is a
challenge across disciplines. The existing empirical evidence for the
higher levels of cooperation when altruistic punishment is present versus
when it is absent systematically ignores the institutional competition
inherent in human societies. Whether punishment would be deliberately
adopted and would similarly enhance cooperation when directly competing
with nonpunishment institutions is highly controversial in light of recent
findings on the detrimental effects of punishment. We show experimentally
that a sanctioning institution is the undisputed winner in a competition
with a sanction-free institution. Despite initial aversion, the entire
population migrates successively to the sanctioning institution and
strongly cooperates, whereas the sanction-free society becomes fully
depopulated. The findings demonstrate the competitive advantage of
sanctioning institutions and exemplify the emergence and manifestation of
social order driven by institutional selection.