tag:blogger.com,1999:blog-7453210.post1765367056785620499..comments2023-11-03T17:03:41.544+01:00Comments on ambio: A reestruturação do ICNB e os fogos nas áreas protegidasMiguel B. Araujohttp://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-31772026103972441972010-09-30T07:36:33.493+00:002010-09-30T07:36:33.493+00:00Caro corajoso anónimo,
Percebo que tem uma dificul...Caro corajoso anónimo,<br />Percebo que tem uma dificuldade de leitura profunda que o faz ler num post fortemente crítico da gestão do ICNB que "o icnb está bem e recomenda-se".<br />Aliás tenho uma opinião tão favorável da actual gestão do ICNB e do estado do Instituto que me vim embora, pelo menos para já.<br />Agora atribuir à reestruturação do ICNB o estado de acédia que o percorre de alto a baixo é mesmo só para os piores cegos: os que não querem mesmo ver.<br />Vamos fazer um jogo: por cada projecto que identifique em concreto que ilustre a sua tese ("Agora não há cá comissões directivas a «obstaculizar» os projectos que a tutela indica serem para aprovar.") eu identifico três do mesmo tipo aprovados da reestruturação, para ilustrar a minha tese ("Isso não tem nada a ver com a reestruturação com com uma cultura de administração caracterizada pelo princípio de "proteger os amigos, perseguir os inimigos e aplicar a lei aos restantes"").<br />E já agora, é anónimo porquê? Tem medo de assumir responsabilidades pelo que diz?<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-64050972271113611932010-09-29T18:25:46.571+00:002010-09-29T18:25:46.571+00:00O ICNB está óptimo e recomenda-se!
A nova reestrut...O ICNB está óptimo e recomenda-se!<br />A nova reestruturação aumentou-lhe a eficácia de uma forma insofismável.<br />É ver aí a natureza toda a medrar...<br /><br />Agora não há cá comissões directivas a «obstaculizar» os projectos que a tutela indica serem para aprovar.<br /><br />Nisso aumentou sem dúvida a eficácia.<br /><br />Controlo? deixem-me rir...<br /><br />ICNB? todos os dias agradeço a Deus esta depressão que me anima...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-59053412586929898682010-09-26T21:40:04.169+00:002010-09-26T21:40:04.169+00:00O mais que posso fazer é sugerir-lhe que peça o li...O mais que posso fazer é sugerir-lhe que peça o livro que escrevi numa livraria perto de si (não deve haver mas eles mandam vir) "do tempo e da paisagem" e verá que provavelmente a sua ideia de que os conservacionistas se preocupam com as couves e não com quem faz as hortas é um bocado exagerada.<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-17356884296700740812010-09-26T17:59:14.749+00:002010-09-26T17:59:14.749+00:00Nada contra esse discurso, Caro Henrique. No entan...Nada contra esse discurso, Caro Henrique. No entanto o meu ponto nesta intervenção é antes de mais nada "conceptual". Coisa que, digo eu, importa, para evitar os celebrados diálogos de surdos e ajudar-nos a situar( e avaliar ) a acção o melhor possivel. Do meu ponto de vista, existe no discurso ( logo no pensamento )ambientalista, demasiada biologia (por vezes muito boa ) e muito pouca ( e nornalmente muita má ) ecologia. Ou seja, insuficiencias conceptuais que não ajudam na acção porque conduzem a percepções limitadas da realidade sobre a qual se pretende intervir. Será o caso dos conceito de território ( espaço de vivência ), de património ( herança produtiva ), de cultural ( o que é de indução humana ), de natural ( onde a acção humana não existe ou é irrelevante ) ? É possivel. Precisamos de melhorar e uniformizar referências? Decerto. Por mim estou aberto a sugestões para leituras diferentes das que tenho usado, pois é facto que não concebo "património cultural" sem indução humana. E para que não se perca o fio à meada, veio daí o primeiro comentário.Manuel Rochahttps://www.blogger.com/profile/06353136825479182750noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-49953439336361557582010-09-26T17:25:58.929+00:002010-09-26T17:25:58.929+00:00Estamos pelos vistos a usar as mesmas palavras par...Estamos pelos vistos a usar as mesmas palavras para conceitos diferentes.<br />Por património cultural não estou a referir-me a humanização. Por património natural não estou a dizer que esse aptrimónio natural é intocado.<br />Se o seu problema é dizer que algumas actividades humanas são importantes para a conservação do património natural não há nada a discutir, está toda a gente de acordo com isso.<br />Se com isso quer dizer que então o ICNB deve resolver os problemas de compatibilização entre essas actividades e a conservação do património natural, então sim temos matéria para alguma discussão.<br />O que está em causa, mais uma vez, parece ser o pagamento de serviços ambientais prestados que não são remuneráveis no mercado.<br />Ora isso tem recursos previstos na Política Agrícola Comum, e é a quem a gere que deve ir bater à porta.<br />O facto do Ministério da Agricultura preferir usar esses recursos para Alquevas e quejandos não o exime da responsabilidade de não tratar devidamente as áreas protegidas como é sua obrigação e responsabilidade.<br />O que não é possível é atirar com a responsabilidade para cima do ICNB que há anos diz isto, que há anos refere que é isto que está nos acordos de financiamento da rede natura, que há anos que é insidiosamente posto nos cornos do touro pelos ministros da agricultura e primeiros ministros que preferem ter o pequeno risco de ter um ICNB que não faz nada do que lhe compete porque está a tapar os buracos dos outros, a ter o risco político de optar por usar os dinheiros do desenvolvimento rurl para pagar os serviços ambientais, deixando às fileiras ditas competitivas o trabalho de mostrar no mercado que são efectivamente competitivas.<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-41398512694567774742010-09-26T16:41:26.833+00:002010-09-26T16:41:26.833+00:00O que é que o Henrique está a tentar dizer-me ? Qu...O que é que o Henrique está a tentar dizer-me ? Que os charcos temporários tal qual são tipificados nada têm a ver com o uso desses espaços, que a respectiva flora e fauna seria a mesma com ou sem patoreio e outras actividades tradicionais tipicas dos brejos, houvesse ou não arrozais e regadios a montante ?!<br /><br />Acompanho-o no essencial, mas faça-me o favor de conceder que o conceito de "natural" aplicado ao território português, território com marcas profundas de humanização antiga, tem de ser bem relativizado. Não é o facto de ter havido especies que se adaptaram particularmente a ecossistemas de indução humana que os torna "naturais". Tanto quanto sei o pessoal de Castro Verde não "importou" as abetardas. Mas se não tivessem desarborizado a envolvente do Campo Branco falariamos hoje do habitat da pseudo-estepe ? <br /><br />Que fique contudo muito claro que do meu ponto de vista não é pelo facto de um ecossistema ser mais humanizado ou mais natural que justifica mais ou menos atenção do ponto de vista da conservação. È por isso que acho uma armadilha desnecessária tentar separar na noção de património o que é herança da humanização ( cultural ) daquilo que teoricamente teria sido idenpendente dela. O desaparecimento do lince está correlacionado com a colonização do território ou com o éxodo rural ?<br /><br /><br />"Está muito acompanhado no equívoco de que as áreas protegidas devem ser abandonadas pelo resto do Estado porque lá está o ICNB, em vez de redobrarem a atenção porque são áreas protegidas".<br /><br />Não percebi de onde retirou essa ideia, Henrique.Eu não disse nem penso isso. Tiro na água :)<br /><br />CumprimentosManuel Rochahttps://www.blogger.com/profile/06353136825479182750noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-32408773007598227292010-09-26T15:43:45.785+00:002010-09-26T15:43:45.785+00:00Manuel Rocha,
Está emganado, no perímetro de rega ...Manuel Rocha,<br />Está emganado, no perímetro de rega do Mira existe muito património natural relevante, quer de habitats (os charcos temporários, por exemplo) quer faunístico.<br />Assim como em S. Mamede (por favor, dê uma vista de olhos nas fichas dos sítios da rede natura que estão disponíveis no site do ICNB).<br />Mas tirando esta questão, quem trata do património cultural dentro das áreas protegidas são exactamente as mesmas pessoas e entidades que fora das áreas protegidas, apenas com a diferença de que por estarem dentro de áreas protegidas lhe deveriam prestar mais atenção, e não menos dizendo que o assunto é com o ICNB.<br />Está muito acompanhado no equívoco de que as áreas protegidas devem ser abandonadas pelo resto do Estado porque lá está o ICNB, em vez de redobrarem a atenção porque são áreas protegidas.<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-24856944129834572952010-09-26T14:58:35.986+00:002010-09-26T14:58:35.986+00:00O Henrique diz que “O que é preciso é clarificar q...O Henrique diz que “O que é preciso é clarificar que a missão do ICNB é a conservação do património natural”.<br />Ora a minha perplexidade tinha essencialmente a ver com o facto de estar convencido que “ao ICNB cabe executar a parte de conservação do património.” <br />Peço desculpa por não ter descalçado as pantufas para ir tirar a limpo a dúvida mergulhando nos estatutos e regulamentações. Mas como parece que convergimos na ideia de que o património afecto aos PN é simultaneamente cultural e natural, a minha perplexidade mantém-se. Tenho a ideia de que nos PN’s o património tem ( pelo menos ) tanto de cultural como de natural. Nalguns casos é mesmo essencialmente cultural. No PN S.Mamede, p.e., quais os valores naturais a conservar ? A mesma questão para o PNSACV ( pelo menos entre Milfontes e Aljezur – perímetro de rega do Mira ): há algo de “natural” que não esteja a poente da linha de costa ? Portanto, se ao ICNB cabe apenas a conservação do património natural, fará sentido perguntar qual o papel do instituto na gestão de áreas em que esse património é insignificante ?Manuel Rochahttps://www.blogger.com/profile/06353136825479182750noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-29177983261011302362010-09-26T06:51:52.939+00:002010-09-26T06:51:52.939+00:00Manuel Rocha,
Lê-se e percebe-se que não é reestru...Manuel Rocha,<br />Lê-se e percebe-se que não é reestruturação do ICNB que tem alguma coisa que ver com os fogos.<br />Para medir a eficácia de gestão de um parque natural com certeza que é preciso olhar para a sua missão, mas dentro da execução dessa missão, ao ICNB cabe executar a parte de conservação do património. A responsabilidade de gestão dos parques naturais não é um exclusivo do ICNB.<br />A política de conservação da natureza serve as pessoas, não serve as couves. A ideia de que a política de conservação da natureza é feita por causa dos bichinhos e das plantinhas é uma ideia errada.<br />Não disse que não havia vantagem em haver boas relações com as populações (locais, regionais, nacionais e emigrantes e ainda os estrangeiros), o que disse é que não é aí que se mede a eficácia do ICNB. O que é preciso é clarificar que a missão do ICNB é a conservação do património natural, com as pessoas se possível, contra as pessoas se necessário (sendo que seria preciso discutir de que pessoas falamos, claro).<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-87855555212640794812010-09-25T11:07:41.720+00:002010-09-25T11:07:41.720+00:00Lê-se e conclui-se: o ICNB não é parte do problema...Lê-se e conclui-se: o ICNB não é parte do problema. Mas pelo meio o texto semeia-me com algumas perplexidades:<br /><br />"A eficácia do ICNB não se mede nem pelo grau de conflitualidade com as populações locais, nem pelo seu contributo para o desenvolvimento (local ou não), nem pela qualidade da visitação das áreas protegidas.Mede-se pela qualidade e eficácia na conservação do património natural."<br /><br />Se os Parques Naturais foram administrativamente convertidas em Reservas Naturais ( “ àreas destinada à protecção de habitats da flora e fauna” ) nada a dizer. Mas se o estatuto de PN continua a ser distinto do da Reserva Natural porque o considera ( continua a considerar ? ) como área exemplar… de “integração harmoniosa da actividade humana e da Natureza”, o caso muda de figura. <br />Nesse caso talvez seja razoável assumir que a eficácia na conservação do património natural não baste. A natureza não vota nem paga impostos. As politicas servem as pessoas, não servem as couves. A menos que se defenda que devemos prosseguir no sentido duma sociedade cada vez mais tecnocrática, as politicas, e nomeadamente as de conservação, dirigem-se a pessoas. Daí que me parece que quem tem por missão “conservar” em áreas habitadas só tem a beneficiar se contar com o envolvimento e o apoio delas. Por isso não tenho por liquido que a eventual conflitualidade com as populações locais não possa nem deva ser levada em conta como um dos indicadores de sucesso ou insucesso das politicas de conservação e, por conseguinte, também como indicador de avaliação da eficácia das entidades que as gerem. Decerto ninguém está interessado em chegar à conclusão de que o ICNB não faz parte do problema, nem da solução.<br /><br />Saudações.Manuel Rochahttps://www.blogger.com/profile/06353136825479182750noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-8398479171380848662010-09-25T08:54:31.852+00:002010-09-25T08:54:31.852+00:00Vai dar sempre ao mesmo: acusar o ICNB pelos fogos...Vai dar sempre ao mesmo: acusar o ICNB pelos fogos (ou melhor: pela dimensão das mesmas) nas AP é a mesma coisa que acusar a BT da mortalidade nas estradas Portuguesas. <br /><br />O ICNB não é o real gestor das AP, isso são os proprietários das áreas abrangidas pelas AP. Se for muito, o ICNB pode condicionar as intervenções dos proprietários nas AP, mas na minha experiência nesta área, nunca senti qualquer condicionante na gestão dos combustíveis nas AP. Também nunca senti qualquer incentivo na gestão dos combustíveis nas AP por parte do ICNB. O estado das coisas nas AP é resultado da gestão dos seus proprietários que são de facto responsáveis para o grau de combustibilidade da AP. E quem acha que as AP deviam ardem menos, então deve estudar que gestão seria necessário para as tornar menos combustível, quem deve executar essa gestão e quem deve pagá-la. Mas isto já implica análise, reflexão, ponderação e, sobretudo, conhecimento de causa. Agora, culpar o ICBN, isto não passa de uma conversa de café, sem esforço, e deixa o culpante com a consciência tranquila porque já fez o que lhe compete: apontar o dedo e pedir uma outra imperial, e um pires de tremoços se faz favor. <br /><br />Henk FeithHenk Feithhttps://www.blogger.com/profile/14859229693162070409noreply@blogger.com