tag:blogger.com,1999:blog-7453210.post4763238757383713338..comments2023-11-03T17:03:41.544+01:00Comments on ambio: Avaliação de políticas de conservaçãoMiguel B. Araujohttp://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-6237652774507842052012-05-09T22:32:09.972+01:002012-05-09T22:32:09.972+01:00Gonçalo,
Então sejamos rigorosos: o plano de 2003 ...Gonçalo,<br />Então sejamos rigorosos: o plano de 2003 não é life nenhum é um plano de acção de que não sabes o conteúdo.<br />Mas mesmo que o conteúdo e dimensão fossem homéricas, um plano aprovado em 2003 não tem efeitos imediatos na conservação do lince (é da natureza das coisas e penso que nisso estaremos de acordo), sendo que há literatura muito clara sobre os censos com trabalho de campo de 2006 que demonstram uma trajectória de claro aumento de lince.<br />Se quiseres insistir no paralelismo temporal que estás a fazer por mim sem problema, mas convenhamos que estás a ser muito mais impreciso que eu ao pretenderes que um plano aprovado em 2003 tem efeitos visíveis na população de lince em 2006.<br />É nesse sentido que uso a expressão de que não há life nenhum, durante um período em que já uma clara evidência de recuperação do lince (o projecto de 2007, sendo posterior a essa evidência, não serve para a discussão).<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-15239976347306091472012-05-09T20:51:18.052+01:002012-05-09T20:51:18.052+01:00Henrique,
Insisto neste ponto: eu não estou a def...Henrique,<br /><br />Insisto neste ponto: eu não estou a defender os lifes e muito menos a forma como os recursos disponíveis foram aplicados. Aliás, nem sequer conheço esses projectos o suficiente para me poder pronunciar sobre eles, e não fiz qualquer consideração sobre isso. E tambémn não faço a mais pequena ideia dos seus efeitos (positivos ou negativos) e do que teria acontecido se não houvesse projectos.<br /><br />Apenas pretendi salientar que, contrariamente ao que escreveste no teu post, existem realmente projectos de conservação em curso nesta zona desde 2003 (indiquei quais, com os respectivos links). E fi-lo porque, quem lesse as tuas afirmações no contexto em que foram produzidas, poderia ficar com a ideia - errada - de que a recuperação dos coelhos e dos linces podia com toda a certeza acontecer por obra e graça da mãe natureza sem quaisquer projectos de conservação. A partir do momento em que há projectos a decorrer desde 2003 e que a recuperação do lince se dá em paralelo com esses projectos, deixa de haver certezas quanto a isso, há apenas suposições...G.E.https://www.blogger.com/profile/07844957203971470030noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-86081282825652822612012-05-09T19:23:07.131+01:002012-05-09T19:23:07.131+01:00Já agora, nunca vi nenhum lince a pôr-se a ter mai...Já agora, nunca vi nenhum lince a pôr-se a ter mais filhos por ter lido no diário do reino que tinha sido aprovado um plano para o proteger.<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-61503508817099562092012-05-09T19:20:05.342+01:002012-05-09T19:20:05.342+01:00Gonçalo,
A afirmação tem um contexto. É no quadro ...Gonçalo,<br />A afirmação tem um contexto. É no quadro de uma discussão em que há quem defenda que a recuperação do lince decorre das políticas de conservação e eu que defendo que a recuperação do coelho é o driver da recuperação do lince, independentemente das acções de conservação.<br />Nesse contexto, a única coisa que quiz foi explicar que a recuperação se deu independentemente de haver ou não projectos de conservação aplicado.<br />A afirmação em si é pouco rigorosa? Sim, é, mas incomparavelmente menos rigorosa que a afirmação, sem qualquer base empírica, de que a população de coelho recuperou por causa das políticas de conservação (sendo que o dinheiro dos life's apenas marginalmente foi gasto em gestão de habitats e populações, como toda a gente sabe).<br />De qualquer maneira por mim podem continuar a dizer que a população de lince recuperou a uma taxa de 10% ao ano por causa dos LIFE's. E se quiserem que eu concorde, também concordo.<br />E no entanto, a natureza move-se independentemente do que quer que digamos sobre o assunto.<br />henrique pereira dos santos<br />PS faz as contas ao que representa por hectare o investimento feito e vais rapidamente perceber que é uma gota de água no oceano das transformações da paisagem, quer naturais, quer induzidas pela economia.Henrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-77840992282913285892012-05-09T19:02:09.643+01:002012-05-09T19:02:09.643+01:00Henrique,
Não digo que a recuperação não fosse a...Henrique, <br /><br />Não digo que a recuperação não fosse anterior ao life, no entanto uma coisa é dizer que a recuperação começou antes dos projectos life (podendo argumentar-se, a partir daí, que o efeito benéfico dos projectos life é questionável) e outra é afirmar que "não houve projecto life nenhum" (o que não corresponde à realidade e pode transmitir a ideia errada de que nada está a ser feito naquela região em matéria de acções de conservação dirigida ao lince).<br /><br />Além disso, convém lembrar que muito antes do projecto LIFE citado já havia sido aprovado, pelo Decreto 276/2003, de 9 de septiembre, o "Plan de recuperación del lince ibérico en Castilla La Mancha", que tinha, entre outros objectivos, o fomento das populações de coelho-bravo.<br /><br />http://www.jccm.es/contenidos/portal/ccurl/832/501/linceiberico.pdf<br /><br />Será que se pode realmente afirmar com segurança que não existe qualquer relação entre o aumento das populações de linces naquela região e os projectos de conservação ali desenvolvidos?G.E.https://www.blogger.com/profile/07844957203971470030noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-88903097555400943792012-05-09T18:12:29.738+01:002012-05-09T18:12:29.738+01:00Gonçalo,
Como notas no fim, esses projectos são re...Gonçalo,<br />Como notas no fim, esses projectos são recentes e muito posteriores à evidência da presença e recuperação do lince.<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-13712558132058643242012-05-09T17:59:06.433+01:002012-05-09T17:59:06.433+01:00"Mas também sabemos que em Castilla la Mancha..."Mas também sabemos que em Castilla la Mancha, onde não houve projecto life nenhum, a população de coelhos e lince também aumentou substancialmente."<br /><br />Ao fazer umas pesquisas pela net encontrei isto:<br /><br />PROYECTO LIFE PARA EL LINCE Y OTRAS ESPECIES EN CASTILLA-LA MANCHA<br />http://www.quercus.es/noticia/3352/Avances/proyecto-life-lince-otras-especies-castillala-mancha.html <br /><br />e isto:<br /><br />Proyecto LIFE07/NAT/E/000742 “Conservación de especies prioritarias del monte mediterráneo en Castilla-La mancha”.<br />http://www.priorimancha.es/proyectolife.html<br /><br />Por aquilo que consigo perceber, há um projecto LIFE a decorrer em Castilla la Mancha desde 2007 direccionado ao Coelho e aos seus principais predadores (incluindo o Lince).<br /><br />Gonçalo EliasG.E.https://www.blogger.com/profile/07844957203971470030noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-47906216937464282012-05-01T10:38:36.363+01:002012-05-01T10:38:36.363+01:00Talvez um pouco fora de tempo e do sítio certo, to...Talvez um pouco fora de tempo e do sítio certo, torno ao lince.<br /><br />Um amigo meu que leu os últimos posts na Ambio sobre o lince disse que era uma "guerra aberta". Talvez o seja. Mas curiosíssimo é o facto das pessoas que movimentam os milhões dos lifes linces entrarem nestas guerras mudas e saírem caladas. Eu compreendo porquê. A guerra deles é outra. É saberem quem é a pessoa certa, é terem os contactos, é preparar o terreno para os milhões. <br /><br />Os projectos deverão ser em cascata, ouvi-o não sei bem a quem. Em Portugal o life-lince acabou há uns tempos, venha logo outro life-lince-tentilhão. Desde que a massa flua como ninfa pelos rios das montanhas, haverá mais mansos nas grandes ADAs que os bois amarelos nas serras do antigamente, queixas e confusões apenas qb para não parecer mal. Mas que não seque a corrente cristalina que facilita a vida...<br /><br />Sinceramente pensei que este novo governo mandasse às ortigas a rapaziada que não procura trabalho em empresas, ou que não tenta arrancar com uma. Mas é assim a vida. Está para os espertos, como sempre por cá esteve e por certo irá estar. <br /><br />Ainda os havemos de ver a receber milhões em projectos dead-javalis-veados devido à tuberculose que ameaça a saúde pública. Ensinarem os criadores de gado e caçadores a extirpar a doença, técnicas de tiro, de espera, de aproximação e outras, tal como ensinaram os caçadores a criar e soltar na natureza os coelhos dos linces. Isto porque ninguém duvida que foram os cientistas da Natureza quem promoveu o aparecimento de javalis e veados nos nossos campos, serras e matos, logicamente a eles caberá resolver o problema. <br />JaimeAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-32204334766396124092012-04-26T20:56:59.837+00:002012-04-26T20:56:59.837+00:00Rui Pedro,
Não estou nem deixo de estar optimista ...Rui Pedro,<br />Não estou nem deixo de estar optimista em relação ao coelho, mas toda a gente, da mais conservadora e cautelosa aos mais expansivos, me garante que o coelho está a recuperar mais ou menos em todo o lado (se atinge ou não densidades suficientemente elevadas isso é outra discussão, para a qual não tenho informação). Como a recuperação dos seus predadores é generalizada (Lince, 10% ao ano, no mínimo, águia imperial, bonelli, águia real, o que se quiser) não tenho razões para suspeitar que essa recuperação não seja generalizada e intensa.<br />Depois há áreas onde a alteração de habitat pode estar a andar no sentido errado com força suficiente para limitar essa recuperação, como é o caso do Noroeste onde a produtividade primária é mais alta e os bichos de clareira estão mais aflitos.<br />De um momento para o outro tudo isto se pode alterar com uma nova doença, mas isso...<br />henrique pereira dos santosHenrique Pereira dos Santoshttps://www.blogger.com/profile/11023831919229597099noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-87341211632808909932012-04-26T20:14:38.477+00:002012-04-26T20:14:38.477+00:00Concordo. Eu fiz uma PVA do lince ibérico para a m...Concordo. Eu fiz uma PVA do lince ibérico para a minha tese de licenciatura e a minha principal conclusão foi essa: o coelho tudo dita. Brinquei com vários parâmetros e foi a fecundidade que melhor imitou a realidade. E a fecundidade depende do coelho.<br /><br />Curiosamente enviei uma cópia para a malta de Doñana que trabalhava com lince mas nem um obrigado recebi, mesmo que aquilo que produzi tenha sido muito mau (não era, acho eu). 2 ou 3 anos depois eles publicavam uma PVA e nem a minha citaram. Não que me importa, não a publiquei, nem liguei muito àquilo e os jogos da literatura em ciência são demasiado aborrecidos.<br /><br />Mas tem havido uma clara vontade de ir buscar fundos e não de ajudar o lince da maneira mais eficiente em termos de recursos.<br /><br />Ou seja, concordo com o Henrique. Apesar de não estar tão optimista quanto à recuperação do coelho.Rui Pedro Lériasnoreply@blogger.com