tag:blogger.com,1999:blog-7453210.post7850154101518611634..comments2023-11-03T17:03:41.544+01:00Comments on ambio: O volte face de LomborgMiguel B. Araujohttp://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comBlogger43125tag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-68141645171279698162010-09-05T16:39:57.156+00:002010-09-05T16:39:57.156+00:00eh eh, miguel, não dê trela a estes religiosos. sã...eh eh, miguel, não dê trela a estes religiosos. são pior que a seita de jeová, <br /><br />htAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-33699775634397271772010-09-05T16:05:21.803+00:002010-09-05T16:05:21.803+00:00Soberba não lhe falta. Lá está você com a autorida...Soberba não lhe falta. Lá está você com a autoridade mal disfarçada. Erros? Então e os seus? É claro que estamos a falar de ética, de riscos, de política. É neste domínio que Lomborg<br /> se define, e os erros dele são abjectos! <br /><br />De ciência do clima ele é tão perito quanto eu!<br /><br />Você tem todo o direito a ser um optimista inveterado e um crente na tecnologia, agora isso não o coloca do lado certo. Você na sua argumentação recorreu a truques de linguagem e preciosismos, ignorando o ponto mais geral que estava em discussão (um exemplo foi Monbiot, que o meu argumento era desesperado, etc.); esqueceu as minhas observações que respondiam a dúvidas/questões levantadas por si. Insinuou que não lia as referências que lhe dava, quando a sua memória sobre o que leu sobre o Ambientalista Céptico parece muito selectiva. De todos os livros que lhe indiquei, "Colapso", "Priceless", "Can we afford the future", "Beyond Growth", etc, li-os todos do princípio até ao fim e, mesmo não tendo lido o Ambientalista Céptico, mas conhecendo o que conheço de Lomborg, ele é um vigarista! Repito as vezes que quiser! <br /><br />Sabe perfeitamente que, embora o IPCC seja a autoridade em muitos destes assuntos, o material científico em que se baseia está desfasado em pelo menos 4 anos (o que é muito), mas você ignora as referências científicas mais recentes. Quer dizer, vamos ficar quietinhos até 2013 até que saia o AR5, sabendo nós que o IPCC não fez ele próprio investigação.<br /><br />Passe bem!José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-70039978936155743672010-09-05T14:55:33.208+00:002010-09-05T14:55:33.208+00:00Caro José,
Não se trata de não gostar de ser cont...Caro José,<br /><br />Não se trata de não gostar de ser contrariado. Trata-se de lamentar ver o mesmo tipo de erros que o tretas e companhia fazem, em si. Os extremos tocam-se, infelizmente, e por muito que possa simpatizar com o seu ponto de vista geral nunca estarei de acordo com os facilitismos que levam à demagogia. É justamente esse tipo de facilitismos que alimenta o Lomborg e outros.<br /><br />Quanto ao resto, não vale a pena responder pois visivelmente não se deteve a pensar no que escreveu e muito menos no que escrevi eu. Se tivesse não voltaria à carga.Miguel B. Araujohttps://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-39173011976891147062010-09-05T13:12:19.217+00:002010-09-05T13:12:19.217+00:00«It is an ill-posed question whether the 2003 heat...«It is an ill-posed question whether the 2003 heatwave was caused, in a simple deterministic sense, by a modification of the external influences on climate—for example, increasing concentrations of greenhouse gases in the atmosphere—because almost any such weather event might have occurred by chance in an unmodified climate. However, it is possible to estimate by how much human activities may have increased the risk of the occurrence of such a heatwave6, 7, 8. Here we use this conceptual framework to estimate the contribution of human-induced increases in atmospheric concentrations of greenhouse gases and other pollutants to the risk of the occurrence of unusually high mean summer temperatures throughout a large region of continental Europe»<br /><br />Saliento: "It is an ill-posed question"<br /><br />Acho que o mesmo se poderia dizer da forma como pôs a questão dos incêndios em Portugal.<br /><br />A propósito dos incêndios na Rússia, a Organização Meteorológica Mundial disse isto: «The occurrence of all these events at almost the same time raises questions about their possible linkages to the predicted increase in intensity and frequency of extreme events, for example, as stipulated in the IPCC Fourth Assessment Report published in 2007. The Report stated that “…the type, frequency and intensity of extreme events are expected to change as Earth’s climate changes, and these changes could occur even with relatively small mean climate changes. Changes in some types of extreme events have already been observed, for example, increases in the frequency and intensity of heat waves and heavy precipitation events” (Summary for Policy Makers, WG I, FAQ 10.1, p. 122).»<br /><br />Alguns diziam até que a Rússia poderia ser um beneficiário - um dos tias supostos - das alterações climáticas, como se isto tudo fosse linear.<br /><br />E quanto a superficialidade, este seu parágrafo é mais que suficiente, e nem preciso de colocar qualquer "link" explicativo:<br />«A humanidade está exposta a climas que vão desde o Árctico ao deserto do Sahara. Com a ajuda da tecnologia, soubemos adaptarmos-nos a condições climáticas extremas e não se prevê que o clima do planeta evolua no sentido de deixar de ter climas análogos com os actuais. O que variará é a distribuição destes climas e o aparecimento pontual de climas mais extremos. Portanto, a humanidade não está em perigo pelas alterações do clima, o que não quer dizer que o modo de vida de centenas de milhões de pessoas não seja afectada, em muitos casos para pior»<br /><br />Esteja descansado que não o chateio mais, já vi que não gosta de ser contrariado.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-6104975713949278122010-09-05T10:27:39.215+00:002010-09-05T10:27:39.215+00:00Eu sei que a discussão era teórica e sobre taxas d...Eu sei que a discussão era teórica e sobre taxas de desconto, mas é com base nessas taxas de desconto que Lomborg e uma série de outros economistas sugerem que determinem as políticas públicas.<br />A questão do asteróide agora era graça, admito. Peço desculpa por fazer perder-lhe tempo em relação a essa parte, mas julgo já tinha explicado o meu ponto em relação a isso. Se a minha discussão é superficial, pois fique sabendo que considero que a sua também o é, e muito.<br />O Quénia não fica no Sahel, pois não, mas é limítrofe. Deve haver uma ruptura ao passar a fronteira!<br />De qualquer maneira não negou a afirmação taxativa do artigo que lhe citei, que não refere um evento isolado, mas uma tendência de décadasJosé M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-75832982684781362542010-09-05T10:11:54.727+00:002010-09-05T10:11:54.727+00:00Caro José,
O seu argumento sobre Monbiot começa a...Caro José,<br /><br />O seu argumento sobre Monbiot começa a parecer desesperado. Primeiro nega que ele tenha dito o que disse. Quando vê que por aí é melhor não ir, diz que Monbiot está certo porque os padrões climáticos do Sahel são consistentes com as projecções. Acontece que o Kenia não está no Sahel pelo que temos aqui um problema elementar de geografia!!! Mas também temos um problema de manipulação de conceitos. Vejamos: Este ano tivemos muitos incêndios, não foi? Estes incêndios coincidem com projecções do IPCC que prevêem o aumento de temperaturas, a redução da humidade relativa do ar na maior parte da Península Ibérica, logo o aumento da probabilidade e severidade dos incêndios. Quer isto dizer que os incêndios deste ano se devem às alterações climáticas?<br /><br />Se me disser que sim, dou o caso como perdido. Se me disser que não, sugiro que volte a pensar na frase de Monbiot. Não precisa de responder e enviar mais links. Basta-me que pense em silêncio sobre o tema.<br /><br />---<br />Quanto ao asteróide, peço-lhe mais uma vez que leia os links e digira-os antes de os enviar pois caso contrário levanta areia, faz perder tempo às pessoas e expõe a superficialidade com que aborda estes temas. Em nenhum momento Stern faz uma analogia directa entre asteróides e alterações climáticas, como o José fez acima. A discussão é teórica e serve para ilustrar a importância de calcular o "discount rate" na análise económica de impactes climáticos. Vejamos o que diz Stern no link que enviou:<br /><br />"There is, however, one aspect of the argument that will be important for us in the analysis that follows in the Review and that is the appropriate pure time discount rate. We have argued that it should be present for a particular reason, i.e. uncertainty about existence of future generations arising from some possible shock which is exogenous to the issues and choices under examination (we used the metaphor of the meteorite)."<br /><br />Repare na última frase: exogenous to the issues and choices under examination!!!!<br /><br />A tabela que indica apenas serve para ilustrar as consequências de usar diferentes valores de "rho" (o discount rate) no cálculo da probabilidade de persistência da humanidade. Ou seja, é uma análise de sensibilidade para mostrar que um factor por afectar o cálculo de uma quantidade. Não serve para dizer que as alterações climáticas projectadas afectam directamente a persistência da humanidade pois para isso seria necessário apresentar um mecanismo que é algo fora do âmbito da discussão de Stern. Os valores da tabela são, por assim dizer, arbitrários e teóricos!!!<br /><br />A conclusão do capítulo ilustra bem o patamar teórico desta discussão:<br /><br />"Whether we are considering marginal or non-marginal changes or strategies the “pure time discount rate” is of great importance for a long-run challenge such as climate change. The argument in the chapter (...) is that ”pure time discounting” is relevant only to account for the exogenous possibility of extinction. From this perspective it should be small. On the other hand, those who would put little weight on the future (regardless of how living standards develop) would similarly show little concern for the problem of climate change."<br /><br />Caro José: O problema dos seus links é este. Entope os canais de comunicação e não clarifica nada. Se os quer usar de forma produtiva é melhor lê-los com atenção antes de os enviar.Miguel B. Araujohttps://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-57652362538373923092010-09-05T08:23:31.478+00:002010-09-05T08:23:31.478+00:00Para provar que não estou em delírio, pelo menos s...Para provar que não estou em delírio, pelo menos sózinho, a propósito do asteróide e de cenários de extinção da espécie humana, o <a href="http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/+/http://www.hm-treasury.gov.uk/stern_review_report.htm" rel="nofollow">relatório Stern</a> fá-lo <a href="http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/+/http://www.hm-treasury.gov.uk/d/Chapter_2_Technical_Annex.pdf" rel="nofollow">Table 2A.1 (pág 7 do PDF, ou 47 do documento)aqui</a>José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-74537673724310446882010-09-05T07:52:56.585+00:002010-09-05T07:52:56.585+00:00Ainda em relação à afirmação de Monbiot, ela é per...Ainda em relação à afirmação de Monbiot, ela é perfeitamente legítima, para além da razão que referi.<br />Existem estudos, já tinha lido referências em relação a isso, sobre alterações climáticas na região do Sahel.<br /><br />E ora vai mais um link, para isto não ficar apenas no ar:<br /><br /><a href="http://www.cgd.ucar.edu/cas/adai/papers/Comment_CA04.pdf" rel="nofollow">«It is safe to say that the decreasing rainfall and devastating<br />droughts in the Sahel region during the last three decades of the 20th century are among the most undisputed<br />and largest recent climate changes recognized by the climate research community.»</a><br />Parece-me que, na dúvida, a atitude responsável não é ignorar o problema, mas prevenir.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-81576110331128638162010-09-04T23:30:55.770+00:002010-09-04T23:30:55.770+00:00« pois a complexidade das interacções entre o sist...« pois a complexidade das interacções entre o sistema atmosférico e oceânico é superior ao conhecimento que temos sobre eles.»<br /><br />Pois, parece assumir que a incerteza funciona a nosso favor, e se fôr ao contrário?José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-82129396837861234532010-09-04T23:27:30.269+00:002010-09-04T23:27:30.269+00:00Eu não disse que o IPCC tem um cenário onde a Huma...Eu não disse que o IPCC tem um cenário onde a Humanidade vai ser aniquilada. Mas um cenário de emissões 1000 ppm, enfim...<br />É como diz o Monbiot, "How lucky do you feel"!<br /><br />Que há-de arrefecer , há-de , mas se levar 500 anos, não nos servirá de muito. De qualquer modo, há um princípio na incerteza que é o princípio da precaução.<br /><br /><br />«mudanças drásticas no modelo económico do planeta»<br />Essas mudanças drásticas terão que ocorrer em qualquer caso, por outras razões. Mas você parece assumir que as alterações climáticas não forçarão essas mudanças muito antes de atingirmos temperaturas muito altas. Não sei como pode tanta certeza disso...José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-28746162268538194972010-09-04T23:19:57.043+00:002010-09-04T23:19:57.043+00:00aro José,
Pode-se discutir com base em especulaçõ...aro José,<br /><br />Pode-se discutir com base em especulações mas a eficácia destas discussões é perto de zero quando se quer que o resultado sejam mudanças drásticas no modelo económico do planeta. Ou seja, mudanças que implicam custos para muitas gente que não pensa como nós.<br /><br />Nem eu nem ninguém conhecemos os "tipping points" do planeta. Sabe-se que existem mas não se sabe quais são nem quais as suas consequências. Por exemplo, eu estou convencido que a partir de determinado nível de aquecimento inverte-se o padrão e começamos a arrefecer. Existe evidência para isto no registo fóssil mas ninguém sabe dar respostas concretas pois a complexidade das interacções entre o sistema atmosférico e oceânico é superior ao conhecimento que temos sobre eles.<br /><br />O argumento de 2050 não é argumento. É o resultado da análise das projecções oficiais do IPCC e é com base nesses resultados que se defendem mudanças com consequências políticas e económicas. O que o José não pode (deve) fazer é defender a análise destes resultados quando concorda com eles e descartá-los quando não concorda. Só a partir de 2050 é que as projecções entre GCM e cenários de emissões começa a divergir. Isto que dizer duas coisas:<br /><br />1 - Que o resultado das diferentes opções politicas começa a ter efeitos mais vísiveis a partir desta data devido ao "lag" com que o sistema climático responde;<br /><br />2 - Que a incerteza entre as diferentes projecções aumenta a partir deste período também.<br /><br /><br />PS. Sobre o seu último comentário. Desconheço qualquer cenário do IPCC que diga que a humanidade está em risco de ser aniquilada. Discutir isto não faz qualquer sentido.Miguel B. Araujohttps://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-16020843325317658082010-09-04T23:12:30.491+00:002010-09-04T23:12:30.491+00:00Aliás o livro "Colapso" de Jared Diamond...Aliás o livro "Colapso" de Jared Diamond é muito instrutivo a este respeito.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-19346216232433032702010-09-04T23:08:34.768+00:002010-09-04T23:08:34.768+00:00Oh, pelo amor de Deus. Tenha paciência, com o devi...Oh, pelo amor de Deus. Tenha paciência, com o devido respeito.<br /><br />É evidente que continuará a haver climas diferenciados.<br /><br />Porque julga o Miguel que a Austrália com o tamanho que tem, tenha apenas cerca de 20 milhões de habitantes? Saberá isso, com certeza melhhor do que eu.<br />Eu não estou a ser catastrofista. Mas porque é que a catástrofe não há-de ser um resultado possível, só porque é desagradável? Como o próprio IPCC tem em conta, é um cenário provável, se não invertermos o curso. E para isso não bastam novas tecnologias, emboram sejam importantes.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-43144022052891636052010-09-04T23:03:08.979+00:002010-09-04T23:03:08.979+00:00Pois, e de evento isolado em evento isolado, o pro...Pois, e de evento isolado em evento isolado, o problema vai-se agravando até não ter remédio. Sabe que existem "tipping points" a partir dos quais o sistema ganha vida própria e depois ninguém sabe até onde podem ir as temperaturas. Alguém faz ideia de como será este planeta com uma temperatura média de + 5ºC , 6 , 7ºC, 10ºC? Você sabe? Quer correr esse risco?<br />Esse argumento de que façamos o que fizermos agora, só começa a ter consequências após 2050, parece-me duvidoso. Mesmo que fosse verdade, certamente após 2050 as consequências serão mais graves se não começarmos a inverter as coisas. Aliás, temos constatado que as previsões têm sido optimistas quando comparadas com o que ocorrido, e não o contrário.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-12121442874012805602010-09-04T23:02:50.685+00:002010-09-04T23:02:50.685+00:00> «Também não vão aniquilar a humanidade»
>
...> «Também não vão aniquilar a humanidade»<br />><br />> Mesmo que isso seja verdade, o que não é líquido, a questão é se teremos condições para viver num mundo com um mínimo de estabilidade e civilização. Porque a Humanidade até pode continuar a existir, depois de guerras ou catástrofes que reduzam significativamente a sua dimensão.<br /><br />Caro José, Este tipo de intervenções catastrofistas não ajuda à credibilização do debate climático. A humanidade está exposta a climas que vão desde o Árctico ao deserto do Sahara. Com a ajuda da tecnologia, soubemos adaptarmos-nos a condições climáticas extremas e não se prevê que o clima do planeta evolua no sentido de deixar de ter climas análogos com os actuais. O que variará é a distribuição destes climas e o aparecimento pontual de climas mais extremos. Portanto, a humanidade não está em perigo pelas alterações do clima, o que não quer dizer que o modo de vida de centenas de milhões de pessoas não seja afectada, em muitos casos para pior. O exagero apenas serve para dar argumentos a quem não se revê com a sua posição.Miguel B. Araujohttps://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-2886836948088397842010-09-04T22:54:35.339+00:002010-09-04T22:54:35.339+00:00»Quanto ao asteróide continuo sem perceber. Se o p...»Quanto ao asteróide continuo sem perceber. Se o planeta estiver na rota de um grande asteróide que atingirá o planeta em 20 anos, só há uma solução satisfatória: destruir o asteróide.»<br /><br />Pois, e isso provavelmente exigiria a mobilização de recursos técnicos e económicos de todos os países do mundo. Ninguém se lembraria de vir com argumentos: ah mas isso vai diminuir o PIB, etc!<br /><br /> «Também não vão aniquilar a humanidade»<br /><br />Mesmo que isso seja verdade, o que não é líquido, a questão é se teremos condições para viver num mundo com um mínimo de estabilidade e civilização. Porque a Humanidade até pode continuar a existir, depois de guerras ou catástrofes que reduzam significativamente a sua dimensão.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-62353041841017448782010-09-04T22:54:29.376+00:002010-09-04T22:54:29.376+00:00Caro José,
O que Monbiot disse foi isto:
They ki...Caro José,<br /><br />O que Monbiot disse foi isto:<br /><br />They killed 96 people that night. There were two that got away and they killed them the next day. They killed them because they were desperate and they were desperate because of droughts. And that drought almost certainly was a result of climate change.<br /><br />A última frase, como referi acima, não era necessária pois nem ele nem ninguém pode relacionar um evento isolado com um padrão que só faz sentido quando interpretado à luz de várias décadas. É um acto de demagogia mas a verdade é que neste debate houve vários de parte a parte pelo que nem sequer é uma crítica a Monbiot que de resto tem grandes qualidades de comunicação e de clarividência. Mas é uma constatação que serve para matizar o contexto em que este debate decorreu.Miguel B. Araujohttps://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-6258575060000131182010-09-04T22:46:49.638+00:002010-09-04T22:46:49.638+00:00Quanto ao asteróide continuo sem perceber. Se o pl...Quanto ao asteróide continuo sem perceber. Se o planeta estiver na rota de um grande asteróide que atingirá o planeta em 20 anos, só há uma solução satisfatória: destruir o asteróide.<br /><br />As alterações climáticas não vão destruir o planeta. Também não vão aniquilar a humanidade. Muito menos serão a causa única da crise sobre a biodiversidade.<br /><br />Com as alterações climáticas haverá uns que ganham e uns que perdem e os que mais perdem serão, provavelmente, os que mais perdem hoje. Portanto estamos no campo do debate ético, do debate económico e do debate ambiental mas não estamos perante uma catástrofe como a que ilustra com o seu exemplo.<br /><br />Ora não estando nós perante o cenário da destruição irremediável do planeta é normal que existam diferentes perspectivas sobre como gerir a crise. Também é normal que as soluções sejam matizadas de acordo com o contexto ideológico de cada um. Tudo isto é normal e desejável e pessoalmente gostaria de assistir e participar em debates racionais sem que se recorra sistematicamente à demagogia fácil e ao ataque "ad hominen", como o que foi feito a Lomborg por ocasião do seu primeiro livro e que prejudica principalmente quem o profere.Miguel B. Araujohttps://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-51323085385538743762010-09-04T22:42:56.084+00:002010-09-04T22:42:56.084+00:00Tenha paciência, você acusou-me de preguiça e de n...Tenha paciência, você acusou-me de preguiça e de não exercitar os neurónios. Os links servem para mostrar que não estou a inventar. <br /><br />«Por exemplo, o próprio Monbiot cai na tentação da demagogia quando atribui o assassínio em massa das pessoas de uma aldeia no Quénia às alterações climáticas. O raciocínio seria mais defensável se tivesse apenas dito que este episódio ilustrativo de tensões sociais exacerbadas por factores ambientais como as secas prolongadas.»<br />Ele não disse isso exactamente. Ele não fez essa atribuição directa, mas esse exemplo, serviu para ilustrar algo que tenderá a ocorrer com frequência no futuro com o agravamento das alterações climáticas.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-34871966037961207632010-09-04T22:33:46.113+00:002010-09-04T22:33:46.113+00:00Caro José,
Continua o churrilho de links. Se quer...Caro José,<br /><br />Continua o churrilho de links. Se quer conversar o melhor será digerir os links e assumir os argumentos como seus pois não terei tempo de seguir todos os links que me irá apresentar em resposta à minha prosa. Aliás, nem se se percebe muito bem o que quer enviando tantos links pois neles encontramos informações que apoiam as suas leituras assim como informações que não apoiam. Por exemplo, resolvi seguir um deles. O vídeo do youtube que apresenta o "munk debate". Nas suas palavras este é um exemplo de Lomborg no seu pior, demagogo e impreciso. Mas que encontrei eu? Encontrei um debate polarizado em que todas as partes recorreram da demagogia, da imprecisão e de muita retórica para fazer valer os seus pontos de vista. Por exemplo, o próprio Monbiot cai na tentação da demagogia quando atribui o assassínio em massa das pessoas de uma aldeia no Quénia às alterações climáticas. O raciocínio seria mais defensável se tivesse apenas dito que este episódio ilustrativo de tensões sociais exacerbadas por factores ambientais como as secas prolongadas. E depois poderia acrescentar que as projecções para esta região são de maior aridez pelo que as tensões terão tendência a aumentar. Mas atribuir o assassinato em massa que presenciou às alterações climáticas é demagógico pois deliberadamente omite que esta região é recorrentemente afectada por secas, que a instabilidade social é endémica, etc. Está a lançar um "sound bite", impreciso com o fito único de convencer o povo incauto. Todos os participantes do debate usaram este tipo de simplificações e imprecisões.<br /><br />Por outro lado o próprio ângulo em que o debate se desenrola é patético. Aqui contrapunham-se os que alegadamente defendem que temos que mitigar as alterações climáticas e os que dizem que é mais eficiente adaptarmos-nos a elas. É um debate inútil mas vale a pena recordar o contexto histórico em que se desenvolve: grande parte do movimento ambiental "mainstream" negou-se, durante anos, discutir a urgência de se tomarem medidas de adaptação climática contrapondo estas à urgência da mitigação. Esta era a tese central, a tese veiculada por líderes como Al Gore e uma tese entretanto substituída (no último relatório do IPCC) pela tese de que temos de fazer ambas as coisas.<br /><br />Ora a posição táctica deste movimento não era defensável. Não era defensável do ponto de vista técnico porque as alterações climáticas, de acordo com as projecções, ocorrerão com ou sem mitigação das emissões de CO2-eq. Na realidade, até 2050 os cenários e as projecções decorrentes são bastante concordantes e independentes das medidas que se tomarem agora. A diferença começa a registar-se depois de 2050. Portanto, assumindo as projecções como certas, é óbvio que é necessário avançar com medidas de adaptação e que a mitigação ajudará a reduzir custos futuros de adaptação.<br /><br />As posições de Lomborg têm sido a de contrapor o exagero desta posição com o exagero de outra: não mitigar, adaptar já para resolver os problemas actuais e com isso minimizar a exposição das populações aos problemas do futuro. É uma posição extrema que omite o facto dos custos serem imensamente superiores no futuro se não se mitigar já. Omite também o facto de haverem cenários futuros que só são mitigáveis sem aumentos de temperatura extremos, como é o caso da manutenção de comunidades insulares. No entanto é uma posição que teve o mérito de ajudar a recentrar o debate e trazer o discurso da adaptação para o mainstream". Hoje, todas as pessoas que partem para este debate reconhecendo a existência de alterações climáticas com origem humana reconhecem a necessidade de mitigar (mesmo Lomborg) e adaptar, sendo a discussão centrada nas prioridades.Miguel B. Araujohttps://www.blogger.com/profile/17672368828263969473noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-49194356674623236442010-09-04T21:41:22.792+00:002010-09-04T21:41:22.792+00:00com título, dizia : Sceptical Questions and Sustai...com título, dizia : <a href="http://www.winkas.dk/wkwebshop/varedetaljer.asp?shopid=851152&funique=163&kat=3&hkat=1" rel="nofollow">Sceptical Questions and Sustainable Answers</a>José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-11370775962296558672010-09-04T21:39:57.625+00:002010-09-04T21:39:57.625+00:00O Miguel disse num dos primeiros comentários que f...O Miguel disse num dos primeiros comentários que fez, que<br /><br />«As críticas no livro foram amplamente documentadas com exemplos mas estes nunca foram rebatidos.»<br /><br />Parece que não é exacto:<br /><br />Foi escrito um livro inteiro sobre o assunto: primeiro com o título "The Cost of the future" <a href="http://www.lomborg-errors.dk/lomborgstory9.htm" rel="nofollow">«Fremtidens Pris»</a>, depois com o título em inglês <a href="http://www.winkas.dk/wkwebshop/varedetaljer.asp?shopid=851152&funique=163&kat=3&hkat=1" rel="nofollow">download aqui</a>José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-66624684206243551422010-09-04T18:56:32.242+00:002010-09-04T18:56:32.242+00:00e alguns deles estimam concentrações de CO2 até fi...e alguns deles estimam concentrações de CO2 até final do século que ultrapassam as 1000 ppm. E, como é público, revisões científicas mais recentes atribuem uma maior probabilidade a cenários bem mais graves do que aqueles em que Lomborg se baseia.<br /><br />Ora, o Miguel aceitará que ainda que haja uma probabilidade de 10% ou até menos de virmos a ter 1000 ppm até final do século isto seja motivo suficente para começarmos a alterar o estado actual das coisas. E penso que concordará que um cenário destes é, no mínimo, potencialmente cataclísmico?! Parece-me que o que não é realista é continuarmos como estamos e portanto, seria mais útil que pessoas como Lomborg deixassem a desinformção e fossem mais sérios, porque só uma opinião pública informada pode permitir essa mudança.<br /><br />O que Lomborg faz nos seus discursos é traduzir todo em dinheiro, como se o dinheiro, a riqueza fosse algo sem relação com o mundo natural ( o que Herman Daly designa por Fallacy of misplaced concreteness). Ele tem a pretensão de saber quem são os "Top economists". <br />«But the costs are phenomenal. Economists tell us the costs of doing that, to keep to the two degrees centigrade limit that many nations have signed on to, will cost, by the end of the century, some 40 trillion dollars a year. That is forty trillion dollars. The net benefit will be to avoid climate damages of about three trillion dollars. We are buying a cure that’s much more costly than the ailment.»<br /><br /><br /><br />Pois há muitos outros que ele não refere, e que são especialistas em "ecological economics" que ele, muito convenientemente ignora: <a href="http://futureatrisk.blogspot.com/2009/01/beyond-growth-para-alm-do-crescimento.html" rel="nofollow">Herman Daly</a>, Frank Ackerman (<a href="http://ase.tufts.edu/gdae/publications/other_books/can_we_afford_future.htm" rel="nofollow">Can We Afford the Future? <br />The Economics of a Warming World"</a> , etc. E a forma como desvaloriza o Stern Review, que não é obra de uma única pessoa, como ele quer fazer crer. E podia também citar o <a href="http://www.mckinsey.com/mgi/publications/Carbon_Productivity/index.asp" rel="nofollow">relatório da Mckenzie:<br />«The macroeconomic costs of this carbon revolution are likely to be manageable, being in the order of 0.6–1.4 percent of global GDP by 2030. To put this figure in perspective, if one were to view this spending as a form of insurance against potential damage due to climate change, it might be relevant to compare it to global spending on insurance, which was 3.3 percent of GDP in 2005»</a> <br /><br />No debate, o Lomborg tem esta preciosidade:<br />«Actually, global warming in that particular area means that there will be less water stress, not more. Why? Because there will be more water vapor in the atmosphere»<br /><br />Para uma pessoa que exige rigor, está muito bem....José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-38017013393261689202010-09-04T18:56:13.033+00:002010-09-04T18:56:13.033+00:00Sobre o asteróide, parece que não quer entender o ...Sobre o asteróide, parece que não quer entender o paralelo.<br />Eu explico.<br />Bjorn Lomborg, de forma sistemática, diz que, embora o problema das alterações climáticas seja sério, há prioridades mais importantes, como enfrentar a fome, a SIDA, doenças infecciosas como a malária, saneamento básico, falta de água, etc. Revela-se muito preocupado com o destino do Terceiro Mundo! Diz então que dispomos de poucos recursos e que as escolhas que temos a fazer são entre gastar o pouco que gastamos em ajuda ao desenvolvimento e o que ainda não gastamos em medidas para enfrentar as alterações climáticas. Acontece que Lomborg cita o IPCC, mas, sem o dizer, refere-se sempre aos cenários mais optimistas e tira conclusões como <br /><br />«How much will cutting carbon emissions help them? It’s going to get warmer and warmer. There are going to be more and more problems for them. But George is going to save them by about 0.1 degrees towards the end of the century. It’s a very, very inefficient way to help them. » <br /><br /> Não explica onde vai buscar estes 0.1 graus até ao fim do século.<br />ou:<br />«If you take those 50 billion dollars, you’re essentially going to make it impossible for us to save four and a half million kids from dying. Yet if you spend it the most effective way on climate change, you can postpone global warming by the end of the century by six hours. » Ena, que precisão!!!<br /><br />Acontece que no Relatório do IPCC (AR4 - 2007), este traçou vários <a href="http://www.ipcc.ch/ipccreports/tar/wg2/index.php?idp=152#tab39" rel="nofollow">cenários de emissões</a>José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7453210.post-62884973054438719722010-09-04T18:31:16.712+00:002010-09-04T18:31:16.712+00:00Caro Miguel Araújo
O Miguel está no direito de ol...Caro Miguel Araújo<br /><br />O Miguel está no direito de olhar as coisas na perspectiva que entender, naturalmente. <br /><br />No último debate que indiquei, com um dos tais links, quem é profuso em "sound bites" é Bjorn Lomborg em pessoa. Aqui não se trata de de uma fonte secundária porque é o próprio a falar. <br />É curioso que ele é apresentado, aliás como em muitas outras ocasiões, como "Climate Change Expert". <br /><br />Você diz que os cientistas cometem falhas, às vezes exageram, etc. Isso parece-me normal, e Lomborg poderia ter-se limitado a isso.<br /><br />Acaso o Miguel, quando leu o livro, foi verificar a credibilidade da maioria das afirmações do próprio Lomborg?<br />Porque desculpe que lhe diga você também não é especialista em todos os tópicos tocados por ele. Nesse aspecto poderia ter sido iludido por ele como qualquer outra pessoa.<br />Aliás uma das <a href="http://ase.tufts.edu/gdae/Pubs/rp/AckermanNationLomborgReview.PDF" rel="nofollow"> fontes secundárias que citei (Frank Ackerman)</a> ele próprio diz que foi abusivamente citado por Lomborg porque tirou conclusões à pressa.<br /><br />Lomborg não critica apenas fazedores de opinião, critica cientistas e organizações prestigiadas como o World Watch Institute que tem equipas de investigadores, e não propriamente "fazedores de opinião"; claro que, como toda a gente, podem enganar-se. <br /><br />Em todo o caso, e o exemplo do debate que indiquei, entre outros, é mais do que clara a falta de seriedade de Bjorn Lomborg no debate.<br /><br />(cont.)José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.com