quarta-feira, dezembro 14, 2011

Expansão agrícola e sustentabilidade

Vale a pena ler o artigo que acaba de sair na revista PNAS e cujo acesso é gratuíto:

Global food demand is increasing rapidly, as are the environmental impacts of agricultural expansion. Here, we project global demand for crop production in 2050 and evaluate the environmental impacts of alternative ways that this demand might be met. We find that per capita demand for crops, when measured as caloric or protein content of all crops combined, has been a similarly increasing function of per capita real income since 1960. This relationship forecasts a 100–110% increase in global crop demand from 2005 to 2050. Quantitative assessments show that the environmental impacts of meeting this demand depend on how global agriculture expands. If current trends of greater agricultural intensification in richer nations and greater land clearing (extensification) in poorer nations were to continue, ∼1 billion ha of land would be cleared globally by 2050, with CO2-C equivalent greenhouse gas emissions reaching ∼3 Gt y−1 and N use ∼250 Mt y−1 by then. In contrast, if 2050 crop demand was met by moderate intensification focused on existing croplands of underyielding nations, adaptation and transfer of high-yielding technologies to these croplands, and global technological improvements, our analyses forecast land clearing of only ∼0.2 billion ha, greenhouse gas emissions of ∼1 Gt y−1, and global N use of ∼225 Mt y−1. Efficient management practices could substantially lower nitrogen use. Attainment of high yields on existing croplands of underyielding nations is of great importance if global crop demand is to be met with minimal environmental impacts.                 

2 comentários:

Nuno disse...

É um problema dietético e metodológico, mais do que populacional.

A começar por menos e melhor carne, reformar transportes para eliminar pressão dos bio-combustíveis e procurar formas de produção alimentar em várias escalas tendo por objectivo a minimização de impactos, começando pela incorporação do seu desempenho ambiental nos preços.

Luís Lavoura disse...

Isto é muito bonito de dizer mas, temo, bem mais difícil de fazer.

As terras menos produtivas em países pobres não podem ser intensificadas usando tecnologias de países ricos, dado que os climas e tipos de solos são distintos. Terras tropicais não podem ser usadas para as mesmas culturas que terras em climas temperados.

É preciso portanto muita pesquisa científica aplicada à agricultura tropical, a qual pesquisa demora a fazer (um dos países mais avançados nesse ramo é o Brasil).