Na minha teimosia para tentar demonstrar o efeito potenciador do vento Leste nos outros factores todos que influenciam os fogos venho trazer um boneco que decorre dos posts anteriores recentes.
Este ano aprendi que há condições de vento Leste que desconhecia: em depressões situadas muito próximas do Algarve, a Sul, o vento Leste pode trazer chuva e etc.. Desconhecia estas condições e registo quer a minha ignorância quer esta importante limitação ao que tenho dito sobre o assunto.
Mas na sexta feira dia 10 ilustrada nesta gráfico estavam condições mais ou menos clássicas de vento Leste e apesar de ter chovido dois dias antes e de ser apenas um dia (no Sábado mantinha-se o vento Leste, mas o tal carregado de humidade) o seu efeito no número de fogos é imediato.
Três ou quatro dias de estabilidade destas condições e rapidamente estaríamos perto dos duzentos fogos diários (uso o número de fogos por ser informação acessível e on-line com menos de vinte e quatro horas de desfasamento mas reconheço as enormes debilidades deste dado estatístico e a sua falta de verificação. Pedro Almeida Vieira no seu livro fala em cerca de 25% dos fogos registados com menos de 1 metro quadrado).
henrique pereira dos santos
Essa dos ventos de leste já cheira mal. Qauqleur dia a ASEA mete o Ambio atrás das grades.
ResponderEliminarConcordo plenamente... Já ninguém tem paciência para esta discussão, que mais parece uma obsessão do HPS...
ResponderEliminarEm tempos fui leitor assíduo deste blog, sempre recheado de temas diversos relacionados com o ambiente, enriquecido por intervenções bem estruturadas e fundamentadas. Tudo isto mudou, infelizmente...
Porque não mudar o nome do blog para pirofilia.blogspot.com? Fica a sugestão...
Meus caros anónimos,
ResponderEliminarPercebo os vossos pontos de vista mas permitam-me que vos diga que essa obsessão, como lhe chamam, já hoje influencia decisões que podem poupar vida, infra-estruturas e outros bens públicos e privados.
Alargar a consciência social sobre um indicador simples e útil parece-me uma boa razão para se continuar a falar do assunto.
Também gostaria de maior diversidade no blog mas o facto é que os meus co-bloggers não têm tido disponibilidade para mais.
É verdade que a discussão do fogo tem tido um papel excessivo mas convenhamos que também que é um elemento central de modelação da paisagem em Portugal, consumindo recursos crescentes que nos fazem falta para outras políticas públicas, razão mais que suficiente para perdermos tempo a discutir a melhor forma de o gerir com o mínimo de custos sociais.
Tirando as questões ligadas ao animalismo (e um outro artigo sobre o movimento ambientalista) a verdade é que tem sido o fogo a motivar a maior parte de comentários dos leitores do blog.
Repare-se que num artigo mais extenso como o que escrevi sobre a biodiversidade e nós, ou os vários sobre os negócios e a biodiversidade a reacção é quase inexistente.
henrique pereira dos santos
A próximidade de dias de chuva talvez não se reflita no numero de ignições mas reflectir-se-á no numero de fogos de grande dimensão?? Ou seja, o que nos interessa mais, saber que parametros condicionam o numero de ignições ou saber que parametros condicionam o numero de fogos de grande dimensão que como o Henrique tem referido são responsáveis pela maior fatia de área ardida anualmente?
ResponderEliminarTiago,
ResponderEliminarOs meus comentários deste tipo apenas pretendem reforçar a demonstração de que as condições deste rumo de vento potenciam todos os outros factores potenciais de risco de fogo.
Claro que o problema são os 12 dias em que arde 80% da área anual.
Mas se quando isso acontece, como em 2003, acharmos que é porque desarticulação do dispositivo (que também é mas existiria todo o ano), é por falta de preparação dos bombeiros (que também é mas existiria todo o ano), é por ausência de gestão florestal (que também é mas existiria todo o ano), é por incúria dos proprietários (que também é mas existiria todo o ano), etc., por aí fora, nunca mais nos focaremos no que realmente conta: a gestão de combustível em 5 a 6 milhões de hectares, mais de metade dos quais sem rentabilidade agrícola e florestal.
henrique pereira dos santos
«Repare-se que num artigo mais extenso como o que escrevi sobre a biodiversidade e nós, ou os vários sobre os negócios e a biodiversidade a reacção é quase inexistente.» diz Henrique Perreira Santos.
ResponderEliminar...
Não é bem assim, que bem me lembre a discussão e debate sobre negócios e biodiversidade esteve animada, mas foi abatida à vista pelos bloguistas.
Talvez lhe dissesse mais ao coração que o mau do vento leste...
Caro anónimo,
ResponderEliminarO artigo que referi tem um comentário.
Penso que agora se refere a um outro que tem 38 comentários e pesno que o abate à vista da discussão que refere dirá respeito ao facto de terem sido suspensos durante algum tempo os comentários anónimos.
Mas daí para cá já se escreveu várias vezes sem que haja qualquer debate.
Penso que as pessoas que na altura comentaram e que basicamente acusaram todos os que deles discordavam de mafiosos, ficaram sem argumentos face ao desenvolvimento da iniciativa.
Mas verdadeiramente não estava em causa qualquer debate, estava em causa um ataque pessoal que primeiro me visava a mim e depois ao Miguel Araújo.
O que é muito pouco como motivação.
henrique pereira dos santos