segunda-feira, agosto 05, 2013
Zandinga ataca de novo
A manter-se a previsão, a partir da tarde de quinta feira, dia 8 de Agosto, vamos ter problemas com fogos. Já temos, mas estou a falar de problemas mais sérios.
henrique pereira dos santos
2 comentários:
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“The sad truth is that most evil is done by people who never make up their minds to be good or evil.”
ResponderEliminarHANNAH ARENDT in Eichmann in Jerusalem:
Dois textos de Pedro Lains para os tristes contabilistas-paisagistas não morrerem na maior estupidez, e não passarem a vida a apagarem fogos que eles próprios acendem, sem sequer terem consciência disso!!!
(na verdade, a estupidez deles é tanta que não percebem que muitos fogos são a consequência da sua própria política social e económica)
Mais: a cegueira revela-se na recusa de ver o ascendente e o domínio dos interesses da finança sobre a política e a sociedade, ao contrário dos observadores e de quem conhece e estuda a realidade:
«Sócrates mentiu bastante, mas o pior de Sócrates não é a política financeira nem económica. O pior do anterior executivo é mesmo a política e a promiscuidade entre os interesses públicos e privados. Problema que muitos governos do PSD também têm.»
Pedro Lains
«A política de austeridade extrema, levada a cabo nos últimos dois anos, foi da exclusiva responsabilidade do actual Governo, que aliás já prometeu continuá-la. A recente crise política mostrou, entre outras coisas, que esse extremismo era evitável, tendo representado uma pura opção governativa. O Governo teve a apoiá-lo pessoas com interesses políticos ou de negócios, mas também muitas pessoas que verdadeiramente acreditaram na ideia de que o país devia ser punido e redimido e que não havia alternativa. Pessoas bem-intencionadas que acreditaram numa explicação aparentemente plausível. Afinal, se se comparar uma economia nacional com uma economia doméstica, era aquilo que devia ser feito. Mas não era, e agora todos já sabem porquê: a austeridade extrema não funciona porque a poupança de uns é o rendimento de outros. Essa parte está resolvida, para quem quiser. Mas há uma segunda parte que ainda não está, e que se torna mais importante no momento em que o Governo se prepara para abdicar de mais de 300 milhões de euros por ano de receitas, para entregar às grandes empresas, a título de uma mudança no IRC. Trata-se da ideia de que é positivo para a economia e para o bem-estar das pessoas tirar aos menos abonados para dar aos mais abonados. Segundo essa ideia, essas transferências dão maior capacidade de investimento aos donos e gestores das maiores empresas. Os manuais de economia dos anos 1980 tinham quase sempre uma página que dizia isso e muitos acreditaram nela. Mas isso não se verificará. O Governo passou os últimos dois anos a fazer concessões a grandes empresas e bancos, mas o investimento colapsou à mesma. Com a baixa do IRC, as empresas vão aumentar os seus lucros, distribuir mais dividendos ou pura e simplesmente tapar buracos, e apenas investirão uma parte do dinheiro que encaixarem a mais. Um dos principais problemas da actual crise, em Portugal e noutras partes, não é não haver dinheiro suficiente para investir: é não haver consumidores com dinheiro suficiente para comprar.»
Pedro Lains
Pedro Lains (Lisboa, 1959) is research professor at the Instituto de Ciências Sociais of the University of Lisbon, visiting professor at Católica Lisbon School of Business and Economics, and member of the Instituto Laureano Figuerola of the Universidad Carlos III (Madrid).. He has a B.A. in Economics (Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, 1983), a PhD in History (European University Institute, Florence, 1992); and Agregação in Economics (FE, UNL, 2001).
He was visiting professor at Universidade Nova de Lisboa, Universidad Carlos III de Madrid, Brown University, and Universidade de Évora; and president of the Portuguese Economic and Social History Association, director of Imprensa de Ciências Sociais, editor of Análise Social, and secretary-general of the European Historical Economics Society.
Atenção à próxima semana, pode ser explosiva... Embora não haja temperaturas extremas, teremos vários dias de corrente de leste e a vegetação já aguentou o que tinha a aguentar.
ResponderEliminarhttp://www.meteopt.com/forum/meteorologia-geral/meteorologia-associada-aos-incendios-florestais-por-distrito-7249.html