A propósito do interessante post do Pedro Barata sobre o nuclear e a percepção do risco, gostaria de acrescentar que existem dois outros factores muito importante que contribuem para que a energia nuclear jamais possa ser comparável com uma qualquer outra «fonte» de risco.
Para além dos aspectos apontados pelo Pedro Barata, a radiação representa um perigo invisível. É esta sua invisibilidade - e ausência de outras características que possam ser perceptíveis pelos nossos sentidos - que a tornam «especial». Em abono da verdade, muitas outras substâncias têm este tipo de características.
No entanto, o risco associado ao nuclear é porventura o único que, a uma escala humana, jamais pode ser remediado na sua totalidade. É este carácter de quase irreversibilidade que coloca o nuclear num patamar de perigosidade que não é comparável com outros «objectos de risco». O nuclear não é 100% seguro e em caso de acidente, os efeitos do nuclear serão sempre muito piores e irreversíveis à escala humana.
Aliás, isto remete para a questão do risco (probabilidade) e das consequências de um acidente. Todos sabem que a probabilidade de um acidente de avião é muitíssimo menor comparativamente à de um acidente de carro. Mas se porventura estivermos dentro de um avião que perdeu os motores a 10 mil metros de altitude, a anterior probabilidade deixa de «funcionar»; e passa a funcionar outra probabilidade: a de sair vivo quando se é vítima de um acidente. E neste caso, parece evidente que o risco de morrer é superior no caso do avião que fica sem motores a 10 mil metros...
P.S. Gostava de saudar o Viriato Soromenho-Marques pela sua entrada na Ambio, que vai assim ficar (ainda) mais interessante...
Para além dos aspectos apontados pelo Pedro Barata, a radiação representa um perigo invisível. É esta sua invisibilidade - e ausência de outras características que possam ser perceptíveis pelos nossos sentidos - que a tornam «especial». Em abono da verdade, muitas outras substâncias têm este tipo de características.
No entanto, o risco associado ao nuclear é porventura o único que, a uma escala humana, jamais pode ser remediado na sua totalidade. É este carácter de quase irreversibilidade que coloca o nuclear num patamar de perigosidade que não é comparável com outros «objectos de risco». O nuclear não é 100% seguro e em caso de acidente, os efeitos do nuclear serão sempre muito piores e irreversíveis à escala humana.
Aliás, isto remete para a questão do risco (probabilidade) e das consequências de um acidente. Todos sabem que a probabilidade de um acidente de avião é muitíssimo menor comparativamente à de um acidente de carro. Mas se porventura estivermos dentro de um avião que perdeu os motores a 10 mil metros de altitude, a anterior probabilidade deixa de «funcionar»; e passa a funcionar outra probabilidade: a de sair vivo quando se é vítima de um acidente. E neste caso, parece evidente que o risco de morrer é superior no caso do avião que fica sem motores a 10 mil metros...
P.S. Gostava de saudar o Viriato Soromenho-Marques pela sua entrada na Ambio, que vai assim ficar (ainda) mais interessante...
1 comentário:
Como é óbvio, este pessoal do pro-nuclear, usa abusivamente a estatistica, não é caso raro, todos os dias o vemos. Agora, não deveriamos voltar a discutir o nuclear, porque um vigarista de bolsos cheios, tenta burlar-nos, de forma a conseguir "despachar" os reatores nucleares franceses obsoletos! Acho que Chernobyl continua visivel...ou pelo menos deveria!
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