Tenho estado a verificar os fogos dos últimos dias.
As condições meteorológicas são as que toda a gente sente: um calor de ananazes, uma humidade relativamente baixa e ventos fracos (não vou falar dos rumos, que já ninguém consegue ouvir-me fazer notar que não está vento Leste).
O temperatura acima de trinta graus em muitos locais (quarenta perto de Santarém), a Humidade abaixo dos trinta também em muitos locais seriam de molde a ter o país com uma forte incidência de incêndios.
E tem havido fogos. Bastantes. Mas que são extintos normalmente em relativamente curtos períodos de tempo (raramente têm passado da meia dúzia de horas).
O que parece demonstrar que não são as temperaturas altas que fazem a diferença para os dias terríveis em que tudo parece irromper em chamas. Há no entanto que ter em atenção a chuva do meio de Junho que terá permitido à vegetação ter agora um grau de humidade eventualmente mais alto que o habitual para esta altura do ano. A ser verdade, esta humidade na vegetação claramente dificulta a progressaõ do fogo.
A nossa estrutura de combate a incêndios, o planeamento, etc., é igual ao de outros dias e aparentemente está a funcionar.
Observações de leigo, é certo. Mas verificável por qualquer pessoa. No blog irei continuando estas observações pontuais, acompanhadas das minhas explicações. Talvez assim se possa contribuir para uma discussão mais concreta dos fundamentos dos fogos, escapando das armadilhas da memória (que tem configurado a percepção pública) e da estatística (que mal organizada pode distorcer completamente a percepção técnica da questão).
henrique pereira dos santos
sexta-feira, julho 14, 2006
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