segunda-feira, junho 22, 2009

«Portugal disposto a aceitar caça costeira à baleia»

Alguém se lembra se isto (ver abaixo) faz parte do programa deste Governo? Se não, com que base surge esta posição, sobretudo agora que os baleeiros se reconverteram em 'whale watchers'?

Portugal admite o regresso de alguma caça à baleia a nível internacional, em troca de mais medidas de conservação para os grandes cetáceos. Aproximar as posições pró e contra a caça à baleia é a postura que o país está a manter na reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI), que começou hoje no Funchal, Madeira. [notícia integral]

26 comentários:

Gonçalo Rosa disse...

Gostaria de entender, objectivamente, que cedências de parte a parte estão em causa. Mas não creio que seja essencial que uma postura negocial do Governo nesta questão (como, aliás, em muitas outras) tenha que estar no programa de governo.

Gonçalo Rosa

L.G. disse...

Reparo agora que o dito programa é amplo qb para permitir uma posição deste tipo. Mas não deixo de acreditar que é uma postura que não reflecte o pensar actual da maioria dos portugueses.

(http://www.portugal.gov.pt/pt/GC17/Governo/ProgramaGoverno/Pages/programa_p017.aspx)

Unknown disse...
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Unknown disse...
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Unknown disse...

Luis,

Em cada ponto específico o programa de governo, não tem que reflectir o "pensar actual da maioria dos portugueses". Se assim fosse, seria certamente muito difícil, por exemplo, aumentar a carga fiscal, fechar determinados hospitais ou escolas e tomar muitas outras medidas impopulares.

De qualquer jeito, acabo de ouvir o Ministro do Ambiente a defender a possibilidade de caçar baleias na Madeira (será que ouvi bem???) a troco de medidas de conservação. O que é algo distinto do que veio no Público... De facto, surpreendente. Veremos o que vem na imprensa das próximas horas para tentar perceber quem diz o quê...

Gonçalo Rosa

Carlos Pires disse...

Esquecendo o esquecido problema dos direitos dos animais, só uma dúvida: permitir a caça e "mais medidas de conservação para os grandes cetáceos" não serão duas coisas contraditórias? A caça não anulará os efeitos das medidas de conservação?

Gonçalo Rosa disse...

Caro Carlos,
Independentemente da caça anular ou não eventuais efeitos das medidas de conservação, creio que não é aceitável o princípio de que tudo, rigorosamente tudo, seja "vendável". Se há medidas de conservação essenciais para algumas espécies de mamíferos marinhos, que os estados e a comunidade internacional procurem fontes de financiamento distintas das agora noticiadas.
Com as devidas diferenças, isto é o princípio de que se pode fazer tudo o que se quer, independentemente do impacte ambiental e da ética, desde que paguemos estudos/medidas de conservação previamente acordados.
E isso parece-me inaceitável.
Gonçalo Rosa

Henrique Pereira dos Santos disse...

A caça é um instrumento de conservação.
henrique pereira dos santos

Gonçalo Rosa disse...

Henrique,
Deduzo pois que seja para si aceitável o princípio de que se pode caçar qualquer espécie (desde que a população em questão o comporte), desde que em troca se obtenha um pacote de medidas com "saldo positivo" para a conservação daquela população. É isso, Henrique?
Gonçalo Rosa

Anónimo disse...

Surpreendente... ou talvez não.

Bom li esta notícia e fiquei estupefacto. Porquê esta posição? A que propósito? Com que fundamento?

Pareceu-me realmente despropositada e deslocada.

Não é só por não termos interesse próprio nacional na referida caça (se fosse a pesca ao bacalhau haveria propósito). Mas não é só por isso pois não deverão(iam) ser apenas os interesses próprios a moverem-nos.

Também não é só por aparecer numa contra-corrente, atirando-nos para uma posição menos confortável em termos de opinião pública nacional e internacional. De facto também não deve ser o aconchego das posições confortáveis a mover-nos.

Mas uma posição tão inopinada, tão ao arrepio do sentir das gentes... cria estupfacção, dificuldade de compreensão. O que se almeja? Haverá algo escondido?

Depois lê-se a notícia e, apesar de não se entrever o objectivo, apercebe-se talvez a postura.

1º a moratória «tem sido um sucesso» (é o início bem ao estilo do protesto de 'não há ninguém que goste/defenda mais o ambiente/natureza do que eu', já toda a gente sabe que antecede uma qualquer boçalidade ambiental);

mas... (aí vem)

2º «existem momentos em que é necessário ser flexível, porque a inflexibilidade por vezes conduz à intolerância» (pois, mas por vezes temos mesmo que ser intolerantes. A intolerância não é negativa tout court. Ninguém considerará que se deve ser tolerante com crimes, ambientais ou outros, por exemplo. E na sua prevenção e dissuasão deve-se ser inflexível);

o que conduz ao

3º nesta CBI há «posições muito extremadas». (o que pelos vistos continua a assustar as almas nacionais. Isto de se defender uma posição de modo extremo caíu em desuso depois de Aljubarrota);

4º estas tais posições extremadas gerarão «um impasse» (isto não costuma assustar a alma nacional) e «Portugal veio dizer que está disponível, no que for considerado necessário, para ajudar a ultrapassar a situação». (Pasmamos de novo, quase que dá vontade de responder 'enxerguem-se'.)

bom, depois continua o Sr. Ministro com a lenga-lenga das meias tintas de como o «impasse não é benéfico para nenhuma parte» (a custo seguro a pergunta demagógica de se alguém perguntou a opinião da sobrinha-neta da Moby Dick). De como «Nem a preservação das baleias ganha, nem um recurso que é extraordinariamente interessante para muitos países, designadamente países em vias de desenvolvimento, consegue ser desenvolvido como devia.»

!?

Ouvi bem Senhor Ministro? países em vias de desenvolvimento? O quê o Japão!? A Noruega!? A Islândia!? A Dinamarca!?

Terei andado assim tão arredado das notícias económicas? Será que a crise financeira se tornou num cataclismo Bíblico. Um Armagedão apocalíptico?

(e Portugal cá está para repor os eixos do Mundo? O senhor Ministro parece andar a ler muito o Quinto Império e a seguir as profecias do Bandarra).

É um pândego. Mas esta anedota contada pelo senhor Ministro esconde o desenlace da frase. Desenvolver os recursos. É que a caça é exploração (pode ser ou não sustentável, isso é outro assunto).

Mas não será tão surpresa como isso esta posição. É a posição de quem acha que se pode dar o ouro a guardar ao bandido (já estou a ver respostas que se vão agarrar ao colorido da expressão popular em vez de discutir o cerne). É a posição de quem flexibiliza as coimas das contra-ordenações ambientais. É a posição de quem se propõe conservar os ecossistemas com os PIN. É a posição de quem considera que qualquer projecto é aceitável, por mais impactes negativos que tenha, basta para isso pagar para um fundo de conservação.

Nisso temos experiência e estamos dispostos a pô-la ao serviço da ordem mundial, divulgou urbi et Orbae o Senhor Ministro do Ambiente.

Rasputine.

PSO facto de se estar em fim de mandato terá alguma influência? É que é nesta altura que se negoceiam melhor as ZPE, os SIC, os montados etc etc. Pelos vistos este Senhor Ministro resolveu negociar as Baleias...

aeloy disse...

No meu blog coloquei:
http://signos.blogspot.com/search/label/Baleias
sobre este tema.
Não há preto e branco, mas miriades de posições e cada uma é um caso.
A moratória não tem funcionado, ao contrário da noticia, por a Noruega pelas razões que refiro não ser parte da CBI, e estar portanto fora de sanções. E a não haver uma lógica com a apresentada o Japão e outros sairão da CBI e então deixará de haver regulação.
Cada caso é um caso e à algumas baleias que neste momrento se tornarão demasiadas (penso que as baleias anãs).
A economia e a sustenbilidade devem ir no sentido do equilibrio.
E ver os pontos nevralgicos de cada situação.
António Eloy

J.S. Teixeira disse...

PS e PSD lideram a tabela de particos com mais casos de corrupção autárquica. Veja o artigo no blogue O Flamingo.

Henrique Pereira dos Santos disse...

Gonçalo,
Genericamente sim, qualquer espécie pode ser caçada até razões sólidas em contrário.
Cabe a quem queira proibir explicar essas razões.
A caça é, de maneira geral, mais interessante como instrumento de conservação que a não caça.
henrique pereira dos santos

Anónimo disse...

Vergonha de país.
Vergonha de governantes.

Anónimo disse...

"A caça é, de maneira geral, mais interessante como instrumento de conservação que a não caça."

Em terra talvez seja verdade, mas no mar? O mar não dá para gerir como se fosse uma pequena coutada.

Gonçalo Rosa disse...

Henrique,

Estritamente do ponto de vista da conservação da natureza e se excluirmos desta a sensibilização ambiental, concorco contigo. Mas, há outros aspectos que não devem ser descurados. Éticos, civilizacionais e, como já referi, de sensibilização ambiental.

Basicamente e não sendo um conhecedor do dossier, acho aceitável negociar com os países que querem abater baleias. É preferível um acordo que deixar que cada um faça o que entenda fazer fora do quadro da CBI.

O que mais me chocou foi o que ouvi na primeira vez que a SIC Notícias colocou a notícia no ar. O que se depreendia era a venda de uma quota em águas madeirenses a troco de umas massas para medidas de conservação. E isso seria, em meu entender, substancialmente diferente.

Gonçalo Rosa

Miguel B. Araujo disse...

Caros,

A caça à baleia, mais do que um problema ético, é um problema de sobre-exploração. Era-o quando todos as caçavam e continua a ser quando a Noruega e Japão o continuam a fazer. A verdade é que mesmo que a Noruega deixasse de caçar baleias, com a taxa de extração baleeira do Japão, é provável que continuássemos com uma situação de sobre-exploração.

Não conheço os detalhes da proposta Portuguesa mas é óbvio que tem de ser o Governo a explicar como é que aumentando o número de países que caçam baleias (regressando a uma situação que parecia estar ultrapassada) se está a contribuir para a sua conservação.

Henrique Pereira dos Santos disse...

A questão da caça, como de tudo o resto, é que quando valorizo economicamente um recurso atraio sobre ele atenção e lkiberto recursos, enquanto quando imponho restrições administrativas desvalorizo-o ou valorizo-o apenas no mercado negro, com benefícios sociais e de conservação marginais.
henrique pereira dos santos

Miguel B. Araujo disse...

Henrique,

O problema da caça às baleias não provém de caça ilegal por parte dos países que abdicaram de caçar estes animais mas sim da caça legal por parte dos países que optaram por continuar a caçá-los.

A baleia não é um animal que se possa caçar facilmente, de forma massiva e forma furtiva pois requer embarcações e equipamento que se forem ilegais são facilmente detectados.

Creio que neste caso a tua argumentação, sendo genericamente correcta, cai um pouco ao lado da questão concreta que está em discussão.

Carlos Pires disse...

Miguel Araújo:

"mais do que um problema ético" - não sei como define ética, mas, seja lá como for, o que pode ser "mais" do que a ética?
Os interesses comerciais do Japão e de mais meia dúzia de países?

O problema principal é que, apesar do Miguel não dizer que a ética está abaixo dos interesses comerciais do Japão, não está a incluir na equação os interesses dos animais não humanos – no caso as baleias.

A ideia de que os animais têm direitos e merecem consideração ética não é pacífica e há questões a que nem os mais empedernidos defensores dos direitos dos animais conseguem dar uma resposta plausível – por exemplo: o que fazer com as baratas e com as pragas de gafanhotos, ou o que fazer aos coelhos selvagens em zonas onde os predadores naturais desapareceram?
[Se não houver um controle qualquer da população de coelhos – por exemplo através da caça ou do abate selectivo – não serão apenas os interesses humanos que serão prejudicados mas os próprios interesses (sem aspas) dos coelhos, que ao fim de algum tempo serão tão numerosos que consumirão todos os recursos alimentares e destruirão não só o seu habitat como quase todo o ecossistema.]

No entanto, as baleias têm um cérebro bastante desenvolvido e por isso uma considerável capacidade para sentir dor (que animais cerebralmente menos desenvolvidos – como o coelho - também têm).
Provocar-lhes dor espetando-lhes um arpão não será eticamente errado?

As baleias têm também comportamentos individuais e sociais bastante elaborados (alguns deles devem-se claramente à aprendizagem), o que é coerente com o seu grande desenvolvimento cerebral – terão elas algum tipo de consciência?

Não sei (embora ache possível que sim) e por isso não vou afirmar peremptoriamente que a sua caça e morte lhes vai provocar – como sucede com a morte de seres – prejuízos maiores (como a perda de experiências futuras) que a dor.

Seja como for, o facto incontestável de as baleias sentirem dor (aliado ao facto de existirem milhares de alternativas alimentares e económicas e ao facto de a inexistência de caça não provocar no caso delas um problema de excesso populacional, que caso contrário poderiam justificar uma solução do estilo “o mal menor”) chega para considerar eticamente errada a sua morte.

O problema é apenas a sobreexploração? Vamos imaginar que se reduz muito a caça à baleia. Isso reduzirá as dores sentidas por uma das baleias que for caçada? Não parece provável, pois não?

Imagine que chegavam uns extraterrestres à terra, muito mais desenvolvidos que nós – digamos que um pouco mais desenvolvidos em relação a nós que nós em relação às baleias. Imagine que eles achavam a carne de ser humano suculenta ou então que faziam uns objectos muito úteis com os nossos ossos.
Mas como eram seres muitos responsáveis limitavam ao máximo a caça aos seres humanos – nada de sobreexploração!
Isso diminuiria a discordância do Miguel se descobrisse que andavam atrás de si?

Dito por outras palavras: ponha-se no lugar de uma baleia! (Isso não é possível relativamente a muitos dos seus interesses (Internet, mundo animal, etc.) mas é possível relativamente ao interesse relevante neste caso: não sentir dor!

Cumprimentos!

Miguel B. Araujo disse...

Caro Carlos,

Como diz a discussão ética não é fácil e o que digo é que não é necessária pois o que está em causa é sobre-exploração, ou seja, a possibilidade de várias espécies serem extinta devido à má gestão das suas populações. Um resultado que poucas pessoas, mesmo os que consomem baleias, desejam.

Se o objectivo do Carlos for acentuar diferenças entre os defensores das baleias, o caminho que pretende seguir, dos direitos dos animais, é meio caminho andado para lá chegar.

Pessoalmente prefiro não ir por aí pois depois de mais de 10 anos a falar do tema com gente que não sabe ler linhas e entre-linhas cheguei à conclusão que é uma perda de tempo.

Mas como é óbvio o mundo é livre e cada um fala do que quer e longe de mim a intenção de coartar a sua inspiração.

Gonçalo Rosa disse...

O tema é suficientemente complexo não sendo reductível a uma mera questão de conservação da natureza, como se vê pela opinião de algumas pessoas deste forum e, como estou em crer, se confirmaria se a discussão fosse mais alargada.

Há, no entanto, um problema incontornável. Há paises que querem caçar baleias e que efectivamente as caçam e outros que não querem e que, idealmente, desejam que os primeiros não as matem. E a questão que se poe é qual é a melhor maneira de resolver este conflito de interesses? Na minha opinião, a única porta é haver cedências de parte a parte. Caso contrário, ficam uns de bem com as suas convicções conservacionistas e éticas e outros caçando baleias sem grandes regras nem contrapartidas algumas que possam minimizar o impacte das suas actividades. E esta é seguramente a pior solução para as baleias.

Gonçalo Rosa

Miguel B. Araujo disse...

Gonçalo,

Não creio que estejas a equacionar o problema de forma certeira. Cedências já houve por parte de muitos países que deixaram de caçar baleias mas que efectivamente tinham interesses nesta actividade, como é o caso de Portugal. Outros, não cederam e continuam a caçar.

Portanto as cedências futuras, a existir, deveriam vir dos países que que não deram qualquer passo para abolir (ou reduzidr - já seria um passo em frente) a caça à baleia.

Não vejo muito bem que cedências possam fazer os restantes países que não caçam baleia a não ser continuar a tolerar que os seus amigos noruegueses e japoneses continuem a fazer o que lhes dá na real gana.

Gonçalo Rosa disse...

Miguel,

Desconheço o historial de quem cedeu, quando e o quê e o meu conhecimento biológico sobre mamíferos marinhos é muito baixo. Mas entre métodos, efectivos, espécies, áreas geográficas e contrapartidas, haverá seguramente algo a discutir. E não estou a ver cenário pior que um afastamento deste países da CBI.

E quando afirmas que "Cedências já houve por parte de muitos países que deixaram de caçar baleias mas que efectivamente tinham interesses nesta actividade, como é o caso de Portugal" parece-me manifestamente excessivo o uso que dás à expressão cedência. Se houver cedências, seguramente será porque terão de haver. Ninguém cede politicamente senão o tiver que fazer.

Japoneses, noruegueses e demais seguramente sentirão algo semelhante de países que não aceitam os seus interesses. E, se me permites, não se trata de tolerância, que é sentimento vertical (de cima, para baixo), mas de aceitação (que também é distinto de concordância) de pontos de vista e interesses distintos. Sem isso pouco valerão tentativas de negociar o que quer que seja.

Uma última e “simples” pergunta... e então o que propões?

1 abraço,

Gonçalo

Carlos Pires disse...

Miguel Araújo:

depois de ler a sua resposta (nomeadamente esta parte:
"Pessoalmente prefiro não ir por aí pois depois de mais de 10 anos a falar do tema com gente que não sabe ler linhas e entre-linhas cheguei à conclusão que é uma perda de tempo.

Mas como é óbvio o mundo é livre e cada um fala do que quer e longe de mim a intenção de coartar a sua inspiração")

só posso pedir desculpa por tê-lo interpelado. Juro que não queria aborrecê-lo nem incomodá-lo.

Desculpe! Certamente por displicência minha, não sabia que tinha passado 10 anos a... Fez bem em alicerçar a sua resposta no seu percurso pessoal! Bolas! Você anda há 10 anos a... e estes estúpidos, como eu, vêem com estas conversas parvas... É claro que você não recebe lições de ninguém! Desculpe!

Desculpe também ter falado em Ética. Fez bem em responder-me falando de "inspiração" - que é algo que se fala a propósito da poesia e de outras coisas menos racionais. Realmente, falar de Ética quando se fala de animais não humanos é um pouco poético... Realmente, desculpe!

Seja como for, deixe-me dar-lhe os parabéns pela excelente abordagem que tem na "Reflexão sobre Ambiente e Sociedade"!

Anónimo disse...

lol...

como se pode ver nestes comentários, os egos são tramados..
e é por isso que o japão, noruega e afins não admitem deixar de caçar baleias por pressões internacionais.