No Domingo passado, a SIC noticiou as rotas de três tartarugas recuperadas pelo ZooMarine e libertadas no início de Outubro. Os animais, marcados com emissores, nadam agora Oceano Atlântico dentro ou ao longo da costa atlântica marroquina. Seguiram o seu caminho percorrendo, na totalidade, algo mais de 2000 quilómetros.
Desde 2002 que o ZooMarine tem um contrato com o ICNB, sendo responsável pela recuperação de mamíferos e repteis marinhos em Portugal, desenvolvendo assim um trabalho em prol da promoção ambiental e de serviço à comunidade que nunca o Estado teve capacidade de executar. Dá enorme relevo à educação/promoção ambiental que, na minha opinião, deve ser a principal vertente destas estruturas, mas que, por exemplo nos centros do Estado tem sido continuadamente desprezada, entendendo-se a recuperação de animais como um importante braço armado da conservação da natureza. Salvo casos muito particulares, um enorme equívoco.
Eis pois, para desconcerto de alguns, uma bela demonstração de como uma empresa privada que tem obviamente fins lucrativos, pode prestar um excelente serviço na área ambiental, em contra ponto à incapacidade do Estado, obeso de tantas competências legais nesta e noutras áreas, mas indolente no seu cumprimento.
Gonçalo Rosa
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