Caro anónimo, O projecto tem apoio holandês, como já teve suíço, mas é de origem portuguesa. O grande desafio da ATN é neste momento estabilizar a gestão da associação, o que significa estabilizar a entrada de recursos (ou melhor, aumentar e diversificar a origem dos recursos numa perspectiva de médio longo prazo), para o que está em curso uma campanha para o aumento do número de sócios. Não tenho falado dessa campanha e mais da ATN porque trabalho profissionalmente com a ATN e não quero usar o blog para a minha agenda pessoal. Ainda assim porei mais um ou outro video porque me parece que têm interesse. Depois de estabilizada a gestão nesta fase penso que a ATN não descarta a possibilidade de alargar o âmbito de actuação, mantendo o foco na compra de terrenos para a conservação. henrique pereira dos santos
Caro anónimo, O ICNB não autoriza ou deixa de autorizar eólicos, participa no seu processo de decisão. quem autoriza, quando existe AIA, é o membro do governo com tutela no assunto. De qualquer forma não me lembro de nenhuma aprovação sem reservas e sem cautelas. Qual é o interesse da minha posição sobre o assunto? Estou farto de dizer qual é: não estou convencido, porque li todos os relatórios de monitorização até ao ano passado, que os parques eólicos sejam um problema maior para as aves de rapina. Posso entender no caso concreto, que do ponto de vista da paisagem seriam de evitar, mas uma coisa é a minha opinião pessoal sobre as coisas, outra são os pareceres técnicos que emiti enquanto funcionário do Estado. Embora muita gente não o perceba, o mandato que a sociedade confere aos funcionários do Estado não é para aplicarem aos outros as suas opiniões mas para avaliar as propostas em função da lei. henrique pereira dos santos
Henrique, Não vejo qualquer problema que divulgues e promovas estas iniciativas no blogue. Iniciativas destas são mais que bem vindas e se um blogue como o ambio puder ajudar a divulgar, tanto melhor. Miguel
Talvez o Altíssimo lhe aceite o argumento da paisagem e mande cortar o vento. Do icn, caso a tradição se mantiver, hão-de ler os manuais e responder: não conta!
Não, não gostava de ver eólicas nas cumeadas adjacentes aos terrenos da ATN.
Mas o Henrique deveria provar do seu próprio doce veneno. Seria justo. Justíssimo.
Se o ICNB cumprir os manuais fico muito satisfeito, se fizer pareceres que reflectem as opinões dos técnicos, mesmo que sejam iguais à minha, fico muito pouco satisfeito. De qualquer maneira estes terrenos não são meus, são da ATN. E a ATN, querendo gerir os terrenos, comprou-os, não optou por fazer pressão para que o Estado interfira na gestão dos terrenos dos outros. É uma opção entre outras, como virtudes e limitações. De qualquer maneira a mim não me incomodariam por aí além eólicos nas cumeadas, mas acredito que à ATN sim. henrique pereira dos santos
Espaço de informação e reflexão sobre ambiente e sociedade. Este blogue tem uma gestão partilhada com a lista portuguesa de ambiente (também chamada ambio), no entanto, as contribuições para cada um dos espaços são autónomas pelo que podem divergir na importância e destaque dados aos temas ambientais abordados. Os únicos lemas a seguir serão reflexão, originalidade e (deseja-se) qualidade. Com este espaço espera-se potenciar a escrita de ensaio e aprofundamento de temas ambientais em língua Portuguesa.
8 comentários:
Excelente vídeo, com excelentes momentos.
Não sabia que o projecto tinha uma origem holandesa, mas espero que sirva de inspiração para outros locais do país.
Os meus parabéns à ATN e seu colaboradores!
Caro anónimo,
O projecto tem apoio holandês, como já teve suíço, mas é de origem portuguesa.
O grande desafio da ATN é neste momento estabilizar a gestão da associação, o que significa estabilizar a entrada de recursos (ou melhor, aumentar e diversificar a origem dos recursos numa perspectiva de médio longo prazo), para o que está em curso uma campanha para o aumento do número de sócios.
Não tenho falado dessa campanha e mais da ATN porque trabalho profissionalmente com a ATN e não quero usar o blog para a minha agenda pessoal.
Ainda assim porei mais um ou outro video porque me parece que têm interesse.
Depois de estabilizada a gestão nesta fase penso que a ATN não descarta a possibilidade de alargar o âmbito de actuação, mantendo o foco na compra de terrenos para a conservação.
henrique pereira dos santos
Muito interessante. Parabéns.
Veremos a posição do Henrique quando o ICN autorizar, sem reservas, a implementação de aerogeradores naquelas serranias.
Caro anónimo,
O ICNB não autoriza ou deixa de autorizar eólicos, participa no seu processo de decisão. quem autoriza, quando existe AIA, é o membro do governo com tutela no assunto.
De qualquer forma não me lembro de nenhuma aprovação sem reservas e sem cautelas.
Qual é o interesse da minha posição sobre o assunto? Estou farto de dizer qual é: não estou convencido, porque li todos os relatórios de monitorização até ao ano passado, que os parques eólicos sejam um problema maior para as aves de rapina.
Posso entender no caso concreto, que do ponto de vista da paisagem seriam de evitar, mas uma coisa é a minha opinião pessoal sobre as coisas, outra são os pareceres técnicos que emiti enquanto funcionário do Estado.
Embora muita gente não o perceba, o mandato que a sociedade confere aos funcionários do Estado não é para aplicarem aos outros as suas opiniões mas para avaliar as propostas em função da lei.
henrique pereira dos santos
Acho que a ATN fez a única coisa que alguém pode fazer para ter a certeza que lá não são colocadas eólicas: comprou os terrenos.
Até lá pode aparecer o Fernando Ruas c/ o seu capachinho, armado de pedras e um megafone a vocifrar contra os fundamentalistas do ambiente.
Henrique, Não vejo qualquer problema que divulgues e promovas estas iniciativas no blogue. Iniciativas destas são mais que bem vindas e se um blogue como o ambio puder ajudar a divulgar, tanto melhor. Miguel
Caro Henrique, quanto às eólicas na Faia Brava:
Talvez o Altíssimo lhe aceite o argumento da paisagem e mande cortar o vento. Do icn, caso a tradição se mantiver, hão-de ler os manuais e responder: não conta!
Não, não gostava de ver eólicas nas cumeadas adjacentes aos terrenos da ATN.
Mas o Henrique deveria provar do seu próprio doce veneno. Seria justo. Justíssimo.
Se o ICNB cumprir os manuais fico muito satisfeito, se fizer pareceres que reflectem as opinões dos técnicos, mesmo que sejam iguais à minha, fico muito pouco satisfeito.
De qualquer maneira estes terrenos não são meus, são da ATN.
E a ATN, querendo gerir os terrenos, comprou-os, não optou por fazer pressão para que o Estado interfira na gestão dos terrenos dos outros.
É uma opção entre outras, como virtudes e limitações.
De qualquer maneira a mim não me incomodariam por aí além eólicos nas cumeadas, mas acredito que à ATN sim.
henrique pereira dos santos
Enviar um comentário