terça-feira, abril 25, 2006

Gabriela 'Pato Bravo' Seara, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa

Esta notícia, publicada hoje no Público, deveria dar polícia. A sem-vergonhice e o desplante como se fazem «jogadas» de especulação imobiliária por parte de uma autarquia é pior do que o «pato-bravismo» dos anos 70 e 80. É o vale-tudo...

Gabriela Seara, vereadora do Urbanismo da Câmara de Lisboa, vai levar à reunião do executivo de hoje uma proposta de alteração de classificação de uma parcela de terreno, vendida no ano passado pela Direcção-Geral do Património a uma imobiliária de capitais públicos e que durante anos o Estado tentou vender em hasta pública sem resultado porque os terrenos não eram urbanizáveis.
O terreno em causa, situada na freguesia de Santa Maria dos Olivais, fica limitada a norte pela Estrada da Circunvalação, a sul pela Avenida Alfredo Bensaúde, a nascente pela Rua Conselheiro Teles de Vasconcelos e a Este pelo Instituto Geográfico do Excército e Laboratório Nacional, e nunca conseguiu comprador por estar classificada no Plano Director Municipal (PDM) como "Área de Usos Especiais".
Embora a câmara se tenha oposto durante muitos anos à mudança de uso da propriedade, Gabriela Seara propõe agora que o PDM passe a classificá-la como "Área de Estruturação Urbanística Habitacional". Para defender esta alteração, a vereadora explica na proposta que a o terreno "constitui um espaço urbano com ocupações e usos a alterar, encontrando-se envolvida por vias estruturantes, equipamentos, espaços verdes e constitui um espaço a infra-estruturar para ocupação com uso predominantemente habitacional".

4 comentários:

Anónimo disse...

...

Anónimo disse...

O que se passará, por exemplo, em Alcântara?

Anónimo disse...

O que se passará, por exemplo, em Alcântara?

Pedro Bingre do Amaral disse...

Estes jogos de palavras usados para contornar as leis e os planos são, além de desonestos em si mesmos, verdadeiras ofensas à inteligência dos cidadãos. Estão a passar um verdadeiro atestado de estupidez aos lisboetas, crendo que um pouco de pirotecnia verbal chega para lhes ocultar a violação substancial dos compromissos anteriores.