terça-feira, agosto 08, 2006

Os fogos, a Galiza e a opinião publicada (no Público)

Num comentário a este post eu transcrevo o início da notícia de hoje do Público sobre os fogos na Galiza.

No nono comentário ao post anterior Paulo Fernandes é absolutamente claro sobre o que realmente se passa.

O que é estúpido é perceber que dois ou três tolinhos aqui sentados nos seus computadores tenham previsto o que se está a passar com alguns dias de antecedância e mesmo assim os senhores dos jornais achem bem publicar a primeira estupidez de que se lembram os responsáveis para atirar areia aos olhos de todos, numa lógica populista que em muitas outras áreas da sociedade é completamente inadmissível.

Mas pelos vistos, aqui nos fogos basta alguém reduzir tudo a uma nova teoria da conspiração para ter o povo (e os jornalistas) a bater palmas porque já pode dirigir a sua raiva e os seus medos contra eles (sejam eles quem forem).

henrique pereira dos santos

2 comentários:

Henrique Pereira dos Santos disse...

Do público de hoje (8 de agosto de 2006):

Tropa vigia floresta da Galiza para travar incêndios

Ontem à tarde, só estavam circunscritos cerca de um terço dos mais de 90 fogos que deflagraram nesse dia

Nuno Ribeiro, Madrid

Eectivos militares espanhóis e agentes do serviço de protecção da natureza da Guardia Civil vigiam desde hoje as florestas da Galiza, pasto das chamas nos últimos dias.
A medida foi tomada numa reunião de emergência da comissão inter-ministerial da luta contra os fogos florestais do Governo espanhol, celebrada na manhã de ontem no Palácio da Moncloa, sede do executivo, como forma de travar a vaga de fogos postos que afecta as terras galegas e que já provocou três mortos.
"A maioria dos incêndios deste fim-de-semana foram provocados e respondem a uma nova tipologia", revelou, ontem, Alfredo Suaréz Canal, conselheiro do Meio Rural da Xunta, o Governo regional da Galiza. "Os sinistros começam de noite, em zonas densamente arborizadas, e a propagação das chamas é orientada para atingir zonas povoadas com o objectivo de provocar avultados prejuízos", explicou Suaréz Canal.
Este membro do Executivo galego não qauntificou a área queimada, apenas afirmando "que são muitos milhares de hectares", mas admitiu o falhanço dos meios de prevenção. "O dispositivo não foi totalmente suficiente", reconheceu.

Etc., Etc., Etc..
Que o senhor Suaréz Canal diga isto, enfim, mas que os jornais repitam como se tivese algum sentido, por favor!

henrique pereira dos santos

aeloy disse...

Excelente esta troca de argumentário, que reputo mto estimulante e que lamentávelmente não "sai nos jornais", onde se continuam a publicar, cada vez mais inanidades.
Este ano todavia constato que o piromano tontinho está menos presente! Sou dos que não "lo cre". As explicações aqui dadas parecem muito mais lógicas (o vento, a falta de humidade, o desordenamento rural, e também a falta de competencia para combater fogos rurais) e todas diversamente articuladas constituem uma boa base de partida.
Infelizmente continuam a tirar o tontinho da algideira...