Olá Miguel, Tenho dificuldade em responder ao inquérito orque não sei o que quer dizer esta frase (o que aliás é frequente quando fala o Luis Filipe Menezes). Dito assim, com esse grau de generalização a frase (cujo contexto desconheço) não faz o menor sentido. Basta pensar no peso da regulamentação no sector do ambiente para se perceber que o sector, enquanto tal, não pode ser privatizado. Mas há componentes significativas, como as águas ou os resíduos ou mesmo aspectos alargados da conservação, em que a discussão sobre a privatização faz sentido. Mas num país em que a Caixa Geral de Depósitos continua do Estado qual é o sentido de uma proposta com a abrangência que resulta da citação que fazes? henrique pereira dos santos
Imagino que lhe tenhas que dirigir a pergunta directamente. A pergunta que lhe foi dirigida foi: Que reformas para resolver os problemas económicos do País? A resposta, entre outras privatizações, foi a que está no "post". O que quer dizer em concreto é "anyone's guess".
Em todo o caso, uma coisa é a rentabilização de actividades relacionadas com a política de ambiente (p.e., turismo de natureza), em regime de concessão ou simplesmente sujeito a uma regulação do Estado, outra é a privatização da política de ambiente per se. Ou seja, assumir que o mercado é perfeito e que em matéria de recursos ambientais não é necessária qualquer regulação do Estado.
Quando Menezes, noutro contexto, diz que haveria que liberalizar a construção, removendo regras que dificultam a iniciativa privada nesta matéria, parece estar a dar um exemplo do que tem em mente. O seu colega do PP em Espanha, foi mais claro e propôs que, para resolver a crise imobiliária, liberalizaria o direito de construção no território. Ou seja, que abuliria o ordenamento do território permitindo a qualquer proprietário construir o que quiser onde quiser.
Nao sei se é por aí que Menezes quer ir mas é o que parece.
Tenho que concordar em que esta frase não quer dizer absolutamente nada, descontextualizada, como aliás deve ter sido bolsada da boca para fora por esse personagem, que nunca terá ocasião de lhe procurar dar entendimento. Claro que não há sector do ambiente o que há são multiplos interfaces com o que se designa como tal. E esses estão, são em inúmeras áreas e sectores. Claro que na lógica das políticas de sound bytes sem qualquer conteudo o Menezes e o Santana batem qualquer um. Infelizmente para nós todos que precisávamos de alternativas. CC António Eloy
Espaço de informação e reflexão sobre ambiente e sociedade. Este blogue tem uma gestão partilhada com a lista portuguesa de ambiente (também chamada ambio), no entanto, as contribuições para cada um dos espaços são autónomas pelo que podem divergir na importância e destaque dados aos temas ambientais abordados. Os únicos lemas a seguir serão reflexão, originalidade e (deseja-se) qualidade. Com este espaço espera-se potenciar a escrita de ensaio e aprofundamento de temas ambientais em língua Portuguesa.
5 comentários:
Olá Miguel,
Tenho dificuldade em responder ao inquérito orque não sei o que quer dizer esta frase (o que aliás é frequente quando fala o Luis Filipe Menezes).
Dito assim, com esse grau de generalização a frase (cujo contexto desconheço) não faz o menor sentido. Basta pensar no peso da regulamentação no sector do ambiente para se perceber que o sector, enquanto tal, não pode ser privatizado.
Mas há componentes significativas, como as águas ou os resíduos ou mesmo aspectos alargados da conservação, em que a discussão sobre a privatização faz sentido.
Mas num país em que a Caixa Geral de Depósitos continua do Estado qual é o sentido de uma proposta com a abrangência que resulta da citação que fazes?
henrique pereira dos santos
Olá Henrique,
Estava à espera que fizesses essa pergunta :)
Imagino que lhe tenhas que dirigir a pergunta directamente. A pergunta que lhe foi dirigida foi: Que reformas para resolver os problemas económicos do País? A resposta, entre outras privatizações, foi a que está no "post". O que quer dizer em concreto é "anyone's guess".
Em todo o caso, uma coisa é a rentabilização de actividades relacionadas com a política de ambiente (p.e., turismo de natureza), em regime de concessão ou simplesmente sujeito a uma regulação do Estado, outra é a privatização da política de ambiente per se. Ou seja, assumir que o mercado é perfeito e que em matéria de recursos ambientais não é necessária qualquer regulação do Estado.
Quando Menezes, noutro contexto, diz que haveria que liberalizar a construção, removendo regras que dificultam a iniciativa privada nesta matéria, parece estar a dar um exemplo do que tem em mente. O seu colega do PP em Espanha, foi mais claro e propôs que, para resolver a crise imobiliária, liberalizaria o direito de construção no território. Ou seja, que abuliria o ordenamento do território permitindo a qualquer proprietário construir o que quiser onde quiser.
Nao sei se é por aí que Menezes quer ir mas é o que parece.
Tenho que concordar em que esta frase não quer dizer absolutamente nada, descontextualizada, como aliás deve ter sido bolsada da boca para fora por esse personagem, que nunca terá ocasião de lhe procurar dar entendimento.
Claro que não há sector do ambiente o que há são multiplos interfaces com o que se designa como tal.
E esses estão, são em inúmeras áreas e sectores.
Claro que na lógica das políticas de sound bytes sem qualquer conteudo o Menezes e o Santana batem qualquer um.
Infelizmente para nós todos que precisávamos de alternativas.
CC
António Eloy
vindo de um autarca, qual é o espanto?
simplesmente patético... enfim... assim vamos nós!
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