segunda-feira, novembro 03, 2008

Tratado da árvore


Passe a publicidade a este livro, que é um livro de filosofia feito por um filósofo e não um livro técnico de arboricultura, achei que valia a pena uma citação, sem que seja uma subscrição do seu conteúdo mas apenas a consideração de que é um ponto de vista interessante:

"Quando se conhece certos poemas quase bíblicos de La Légende des siècles ou de La Fin de Satan, acerca do cedro que voa para junto de João, em Patmos, ou acerca da árvore da cruz, compreende-se o desafio metafísico lançado por (Vitor) Hugo a partir dessa árvore da liberdade cujas raízes vão beber ao Antigo Testamento e também à Revolução (francesa), e cujos rebentos anunciam o socialismo e a humanidade feliz porque reconciliada. Trata-se de uma simbologia que supera, e muito, a que hoje em dia é revelada pela árvore dos partidários da ecologia. Parece-nos que a árvore dos Verdes desceu do lugar de símbolo e passou a ocupar o de ícone ou "logo", termo horrível usado pelos novos campeoões do conceito, os publicitários. Essa perda simbólica está associada, como demonstraremos, a uma recrudescência de interesse pelas árvores como "pulmões verdes" do planeta e como elementos estéticos essenciais da paisagem".

henrique pereira dos santos, citando Roger Dumas do tratado da árvore, Assírio e Alvim

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