A avaliação ambiental estratégica do Plano Estratégico de Transportes sintetiza o documento muito melhor do que conseguiria, embora envolvendo a análise em 150 páginas de maravilhosos punhos de renda que eu nunca conseguiria bordar:
"O objecto de estudo pode ser considerado um pouco contraditório em algumas das suas componentes, uma vez que os princípios, a visão, os eixos que se assumem como orientadores não parecem ser consubstanciados num plano que equacione uma discussão alargada do sistema de transportes que se quer e que contribua decisivamente para o desenvolvimento humano e bem-estar, que é concomitantemente o factor em avaliação e o objectivo da política de forma mais geral.
Nesse âmbito, a recomendação mais importante neste domínio é a de que o PET abra uma discussão, não só dos diferentes objectivos das diversas modalidades de transporte, mas acima de tudo abra a possibilidade de se desenvolver uma visão holística e estratégica do
sector. Na ausência desta discussão, o PET não pode constituir-se como um documento que legitimize opções isoladas para cada uma das modalidades, como parece fazer..."
sector. Na ausência desta discussão, o PET não pode constituir-se como um documento que legitimize opções isoladas para cada uma das modalidades, como parece fazer..."
É impressão minha ou alguém está a dizer que o que foi feito não serve para nada e deveria começar de novo e que os recursos envolvidos correspondem ao que tipicamente caracteriza o mau uso do dinheiro dos contribuintes?
Se está, só posso subscrever. Há muito tempo que não via um documento estratégico oficial tão escandalosamente mau e inútil.
henrique pereira dos santos
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