segunda-feira, setembro 21, 2009

Política ambiental das opções agrícolas do Governo


O Público chamou-me a atenção para a publicação pelo INE de indicadores agro-ambientais.
Fui ver.
Retirei (a olho, tive de o refazer com número aproximados) de lá este gráfico onde os efeitos da alteração da PAC de 2003 é bem visível no súbito aumento da percentagem de área agrícola com apoio de medidas agro-ambientais (e mais lentamente no crescimento da percentagem da Superfície Agrícola Útil dedicada à agricultura biológica) mas onde é também visível a titânica luta da tecno-estrutura do Ministério da Agricultura (neste aspecto com forte apoio do actual ministro) em procurar diminuir os apoios em agro-ambientais (evidentemente para os ter disponíveis para o que acham mais estratégico, isto é, para brincar à manipulação de mercados com base no que o Estado acha que é o bem geral).
Por isso sempre me espantou que depois do feroz ataque que algumas ONGs fizeram às propostas do Plano Sectorial que foram a discussão pública houvesse um tão profundo silêncio às alterações depois resultantes das imposições prevalecentes em Conselho de Ministros, nomeadamente a evidente sub-alternização da Rede Natura na definição do financiamento do mundo rural.
Mistérios.
henrique pereira dos santos

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