Clicar para ver melhor. Gráfico muito interessante para discutir tendências de biodiversidade em Portugal.
Para mim é surpreendente o crescimento relativo da população portuguesa, tanto mais que até esta altura a urbanização ainda incipiente não chega para explicar o que se vê.
As crises entre as duas guerras mundiais, incluindo a grande depressão de 1929 e depois a segunda guerra mundial em que Portugal se manteve neutro, fecharam a porta tradicional do reequilíbrio populacional de Portugal: a emigração. Bem pelo contrário, o forte refluxo da migração das primeiras décadas do século vinte provocado pela crise económica entre guerras, traz de volta milhares de pessoas, não atraídas pela prosperidade portuguesa mas à procura de ao menos ter uma talisca de terra que as alimentasse depois do fracasso da sua experiência migradora.
O resultado é um campo cheio de gente com fome e uma pressão sobre os recursos naturais sem paralelo na história (por isso sorrio sempre que me falam no aumento da pressão humana sobre o território para explicar modernas tendências populacionais de espécies selvagens).
henrique pereira dos santos
quinta-feira, julho 15, 2010
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5 comentários:
Impressionante, de facto.
Outro factor importante para explicar o teu gráfico é a nossa tardia revolução demográfica, partilhada com Espanha, como se pode constatar pelo declive das rectas portuguesa e espanhola, finda a Guerra Civil Espanhola [1936-1939].
Carlos,
Tenho alguma dúvida sobre o que dizes porque esse declive é razovelmente partilhada também com a Itália (outro país que, tal como Portugal, desencadeou uma campanha do trigo nos anos trinta) e a Suíça.
henrique pereira dos santos
E qual a fonte?
Este é do relatório do censo de 1950 e outro do relatório do censo de 1960 (relatório que deveria ser de leitura obrigatória no ensino secundário, que os relatórios posteriores são muito piores).
henrique pereira dos santos
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