segunda-feira, julho 26, 2010

Nem preto, nem branco, nem antes pelo contrário

Durante toda esta semana fui hesitando em fazer um post sobre fogos, de tal maneira as previsões do vento eram confusas e voluveis.
De forma consistente apareciam indicações de vento Leste, mas ao mesmo tempo de falta de consistência em relação à clara situação de vento Leste típico.
De facto é isso que temos tido: um tempo quente, com "componentes" de vento Leste, mas sem a dureza da situação de típicas condições meteorológicas do vento Leste responsável pelos grandes fogos.
Esta situação provavelmente significa muito trabalho para os bombeiros, bastantes êxitos, alguma área ardida e alguns sustos. Mas estamos numa fronteira, pede have localmente uma situação que fuja de controlo e pode haver uma evolução meteorológica para situações mais típicas da lestada.
O número de fogos diários aumentou imediatamente (não deixo de assinalar que a fama de pirómanos doidos que os portugueses têm, e que ouvi ser tomada muito a sério por um investigador americano conceituado, das maiores autoridades mundiais em fogos, considerando-o essa característica cultural como um dos factores a resolver para gerir o fogo, ser uma característica cultural que se manifesta em função das condições meteorológicas, mas adiante que o post não é sobre isso), as notícias sobre fogos aumentaram e toda a gente de repente, apesar da enorme confiança num dispositivo de combate que resolveu o problema dos fogos nos últimos anos (so they say), foi a correr pôr uma velinhas a Fátima.
Esta situação, não tendo ainda a dramaticidade de um vento Leste puro e inequívoco tem um efeito de médio prazo bastante forte ao diminuir a humidade nos combustiveis e tornando tudo mais difícil se nos próximos tempos vier mesmo uma lestada.
Mas chega de pessimismo, um video fantástico que o Paulo Barros assinala na lista de discussão e que mesmo para quem, como eu, tem muitas reservas às lógicas de florestação que têm sido usadas em Portugal, é um bom exemplo de boa propaganda florestal (há quem ache que também será ambiental, e eu admito que sim).



henrique pereira dos santos

1 comentário:

Anónimo disse...

Se aumentar o desejo das meninas de procriar até pode contribuir para melhor o bom ambiente do norte frio e monótono.