sexta-feira, dezembro 03, 2010

O fado da desgraçadinha

Nos comentários a este post lá aparece alguém a chamar a atenção para o facto de ter havido uma diminuição de 18 alcateias para 12/ 13 no Alvão, sugerindo que isso invalida a minha afirmação de que o lobo é uma espécie em expansão no Norte de Portugal.
Em matéria se conservação há sempre este fado da desgraçadinha: nunca há boas notícias, só desastres anunciados.
E depois fala-se nos parques eólicos, nas estradas e nos fogos como explicando esta diminuição, que se considera uma desgraça.
Independentemente do desaparecimento destas alcateias ter uma importância menor na dinâmica de recuperação da espécie, estas explicações são, para mim, muito extravagantes.
A ideia de que os incêndios são um factor de ameaça para o lobo não tem a menor sustentação empírica: parte de uma associação de ideias lógica, mas falsa. Os incêndios degradam os habitats de reprodução, portanto são um factor de ameaça para o lobo. O erro está em considerar que os incêndios degradam o habitat, o que está por provar. Aliás o normal é considerar-se que o fogo é um motor de alterações da paisagem mas os fogos que hoje temos não são nenhum motor, são antes uma consequência das alterações da paisagem.
Dos eólicos ainda falta algum tempo para termos informação fiável, mas o estranho é considerar-se como um importante factor de ameaça um factor que actua há muito poucos anos, quando a dinâmica populacional lhe é muito anterior.
Das estradas diz-se sempre uma data de coisas, mas fica por explicar como havendo um aumento generalizado de estradas em Portugal e no resto da Europa, só ali no Alvão é que são um problema sério.
O meu ponto de vista é simples de enunciar e difícil de demonstrar: eólicos, estradas, barragens não passam de uns arranhões na paisagem e na dinâmica populacionais dos grandes mamíferos oportunistas e flexiveis como o lobo.
Os factores condicionantes da dinâmica do lobo estão em coisas mais triviais: no almoço (o nosso e o dele).
henrique pereira dos santos

10 comentários:

Jaime Pinto disse...

Concordo. Toda a bicharada, incluindo o bicho homem, desde que não a matem e tenha que comer, sobrevive e reproduz-se. Aprendi este conceito com um Mestre da natureza.

Anónimo disse...

Se uma diminuição de 18 para 12 não é motivo de atenção e preocupação, então que será?

Usar o exemplo dos lobos que vieram de Itália para a Catalunha para desvalorizar a situação no Alvão parece-me curioso e caricato.

As alterações da paisagem devem ser sempre acompanhadas e não desvalorizadas por princípio só porque são recentes. Sendo um lobo uma espécie oportunista, como muito bem referiu, mas mesmo assim registou esta regressão, então deve-se prestar (ainda mais) atenção.

O que disse em relação às estradas não é verdade. Existem diversos trabalhos que demonstram a existência de um threshold de densidade rodoviárias a partir do qual a mortalidade por atropelamento se torna demasiado elevada para que o lobo persista. O mesmo se aplica a muitos outros mamíferos.

De qualquer forma gostava de saber em que é que se baseia para afirmar que o lobo estão em expansão? O último censo revela um pequeno aumento em relação ao ano 2000. Depois de 2005, data do ultimo censo, foi documentada a regressão do lobo na serra de arga, a situação a sul do douro continua preocupante e há dados que documentam a regressão no alvão-marão.

Só vejo que possa ter razão no que diz, se nas outras áreas que não referi (Montesinho e Geres), esteja a haver um fenómeno de expansão comparável ao nascimento dos 101 dálmatas e ninguém ter dado por isso.

Henrique Pereira dos Santos disse...

Caro Anónimo,
Tente raciocinar fora do quadro interpretativo que tem.
O primeiro exercício que acho que vale a pena é fazer-se a si próprio a pergunta: por que razão a diminuição de um terço das alcateias do Alvão é preocupante? Não responda com generalidades do tipo é óbvio ou evidente que uma redução de um terço de uma população é preocupante, procure responder com objectividade e de forma concreta à pergunta.
Depois de fazer esse exercício, que com certeza o levará a ter hesitações na resposta e a provavelmente concluir que não sabe responder em concreto (como eu também não sei), provavelmente terá de dsicutir a questão de forma mais abrangente.
Em primeiro lugar estranhará essa diminuição de um terço ali, ao arrepio de grande parte do que se sabe noutros sítios e possivelmente terá alguma cautela em assumir que o que se observa é verdadeiramente o que se verifica (uma cautela muito saudável em matéria de conservação).
Depois tenderá a pensar que variações populacionais são o pão nosso de cada dia na natureza. Mais ainda variações locais. E não estranhará que numa altura em que há uma série de perturbações e alterações concentradas num local haja flutuaçõesde população. E que se assim for, muito provavelmente haverá alguam resiliência que as trará de volta.
E poderia continuar a explicar-lhe que há muitas maneiras de olhar para os mesmos dados.
Quanto às estradas, eu até conheço muito bem alguns desses estudos. São inferências estatísticas que relacionam densidade de estradas com presença ausência disto ou daquilo. Ora como uma inferência estatística é só uma inferência estatística, não é uma demonstração de causa efeito, e como associadas à densidade de estradas há muitos outros factores algumas das conclusões desses estudos são manifestamente ousadas.
E volto a dizer: há um aumento brutal da densidade de estradas no Sul da Europa. Ao mesmo tempo há uma recuperação de lobo. Como explicar?
Em que é que me baseio para dizer que o lobo está em expansão? Exactamente nos mesmos critérios que as pessos que estudam o lobo usaram para dizer que o lobo estava em regressão até aos anos 80, embora no sentido inverso: mais avistamentos, mais referências, maiores ninhadas e por ai fora.
E acima de tudo, num critério infalível: na ginástica argumentativa no esforço cautelar que as pessoas que estudam o lobo usam para dizer que a população está estável e manter a espécie com o estatuto de conservação de em perigo (em Espanha, exactamente a mesma população, é considerada vulnerável).
henrique pereira dos santos

Henrique Pereira dos Santos disse...

Um último comentário,
Eu não desvalorizo as alterações de paisagem, bem pelo contrário, é por as valorizar que concluo que o que dizem sobre as ameaças ao lobo não pode estar certo.
Ora o que eu digo é que alterações de paisagem verdadeiramente significativas são as que decorrem da recuperação brutal dos sistemas naturais em consequência do abandono agrícola, que se prejudicam muitas espécies (como o coelho e a águia real, por exemplo) benficiam largamente as populações de ungulados, isto é, a base trófica do lobo.
O que digo é que face à dimensão e profundidade destas alterações de paisagem, eólicos, estradas e barragens são pouco mais que arranhões (embora arranhões importantes para algumas espécies e populações, como por exemplo as que dependem da intergridade dos rios).
Não é por serem recentes que desvalorizo estas alterações (são tão recentes como as consequências do abandono), é por terem uma pequena dimensão e por afectarem apenas superficialmente a paisagem.
henrique pereira dos santos

Anónimo disse...

Em primeiro lugar o lobo não é uma espécie de roedor e por isso não é propenso nem a explosões populacionais, nem a regressões bruscas devido a pequenas variações do habitat. Logo quando se observam alterações desta magnitude é preciso abrir os olhos. Existe um princípio importante para a várias domínios que é o princípio da precaução, que quanto a mim deve governar os esforços de conservação.

E isto serve tanto para nos levar a prestar atenção a estas situações e procurar explicações para as mesmas, como para refrear ímpetos histéricos de anúncio de iminente extinção.

A inferência estatística é uma das ferramentas base da ciência moderna. Pode-se discutir a forma como a mesma é feita, mas não que quando bem feita é uma ferramenta poderosa. Eu li os estudos de que falo e não fiquei com dúvidas sobre a metodologia.

Às estradas associam-se vários outros factores de perturbação. Mas verificam-se em todo lado e sempre que se constrói uma estrada, por isso não percebo a sua dúvida.

Sim, aumentou a densidade da rede viária a nível nacional. Mas esse aumento não teve, nem de perto nem de longe, essa magnitude na área de distribuição do lobo, que se encontra restrito a zonas montanhosas de difícil acesso. Quantas estradas se fizeram em montesinho e no gerês? Na sierra da culebra? Nas astúrias? Na cantábria?

Portanto baseia-se em dados empíricos para concluir sobre a expansão. Mas depois refere: "...alguma cautela em assumir que o que se observa é verdadeiramente o que se verifica (uma cautela muito saudável em matéria de conservação)...". Em que é que ficamos?

Quanto ao estatuto de conservação, está de acordo com o critério da UICN. Em Portugal a área de distribuição regrediu mais de 70% enquanto que em Espanhou regrediu 50%. Em ambos os casos, os factores de ameaça não desapareceram (alguns mudaram mas no essencial continuam a existir). Imagino que discorde deste critério mas eu sinceramente não vejo nada de errado aqui. Só colocaria isto em causa se, por qualquer evento cósmico, Portugal e Espanha fizessem e aplicassem um plano de conservação para a população de lobo a norte do Douro, que fizesse face a todas as questões relevantes à sua conservação.

Henrique Pereira dos Santos disse...

Caro anónimo,
Eu bem lhe peço para pensar fora do esquema mental a que está habituado, mas está difícil.
Quem falou em explosões populacionais ou regressões bruscas com pequenas variações de habitat? Por que razão descarta a hipótese de deslocação, ou de fragilização temporária de alcateias com captação de indivíudos pelas alcateias vizinhas, só para lhe dar exemplos alternativos de explicações para o descrito (que, volto a frisar, não é necessariamente a realidade. Imaginemos que o censo de 2002 tem um erro por excesso de, digamos, duas alcateias. Imaginemos que a monitorização posterior tem um erro por defeito de uma alcateia. A diminuição deixa de ser de 18 para 12 ou treze, para ser de 16 para treze ou catorze. É essa variação no limite de distribuição de uma espécie um drama?).
Volto a dizer que a inferência estatística é sou uma inferência estatística. Não disse que não era uma poderosa ferramenta de trabalho. Mas tem de se manter no que é: uma inferênciaestatística que não pode ser confundida com uma demonstração de causa efeito.
Eu falei na densificação de estradas em toda a Europa do Sul, não apenas em Portugal. Quer um excelente exemplo? Enquanto a população de lince estava a diminuir abruptamente tudo emais um par de botas foi atribuído às estradas. Hoje que está estável ou em ligeiro aumento, as estradas que existiam mantêm-se. A maior parte dos estudos sobre estradas e conservação laboram com preconceitos sobre os factores de modelação da paisagem.
Quanto ao estatuto de ameaça devemos ter lido manuais diferentes para a aplicação dos critérios da UICN.
Começando pelo óbvio: os critérios da UICN não reconhecem fronteiras políticas, são para populações, pelo que o estatuto de ameaça da mesma população (e população ibérica de lobo é só uma, no máximo com sub-populações) não deveria ser diferente em função critérios administrativos, como é o caso das fronteiras.
Ainda assim, os critérios admitem uma adaptação dos critérios globais a unidades administrativas, mas não com base no critério que citou (verificar aqui, na página 12, no esquema conceptual http://www.icn.pt/destaques/destaques_anexos/anexos_L_Ver/regionalguidelinesEn.pdf).
De qualquer maneira não é esse o critério usado no livro vermelho, como pode verificar aqui (http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/2C88D853-490D-41E6-A6DF-46C74C858D2D/3151/LVVP_Mamíferos_Canislupus.pdf).
O critério usado é o da população global com menos de 250 indivíduos e o mínimo que se pode dizer é que é uma utilização totalmente abusiva do critério que é definido para populações isoladas e não para a situaçãodo lobo em Portugal.
Como vê não se trata de eu não concordar com critérios, trata-se dos responsáveis por cada espécie ou grupo manipularem os critérios da UICN em função das suas convicções do que é a melhor política de conservação.
Por último porque é uma questão de boa fé. Dizer que não se fizeram estrada no Gerês para discutir as populações no Noroeste ou é um lapso ou é uma desonestidade.
henrique pereira dos santos

Henrique Pereira dos Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

O censo do lobo identifica a localização e número de indivíduos de cada alcateia. Como critérios são usadas a densidade de indícios de presença e a localização de locais de criação. Como sabe os lobos são fortemente territoriais, pelo que se se encontrar um local de criação (como foi encontrado no caso das alcateias do Alvão), a probabilidade de sub ou sobrestimar a sua abundância é muito reduzida.

O cenário que coloca de transferência de indivíduos de umas alcateias para as outras é no mínimo pouco plausível. A estrutura das alcateias tem no topo 1 casal alfa e nos patamares abaixo da hierarquia estão adultos jovens (geralmente filhos do casal alfa). Por vezes são acolhidos lobos sem relação de parentesco, quase sempre fêmeas jovens. O machos jovens ou formam uma alcateia nova ou "destronam" o macho dominante de um alcateia.

A frequência com que isto acontece é largamente desconhecida mas os dados que existem sugerem que não é frequente ao ponto de poder utilizado como explicação para uma variação de 30% numa população.

Resumindo, tem o Henrique tantas bases científicas sólidas para achar que se trata de uma flutuação populacional sem grande significado, como eu para suspeitar que haja aqui factores preocupantes em acção. Como a minha perspectiva sobre conservação não se inspira na postura da banda do Titanic, prefiro olhar para estes indícios de forma séria. A situação do lobo não fantástica como pode parecer a quem leia o que escreve, continuam a ser caçados à margem da lei, há poucas presas naturais e tem havido uma diminuição do número de cabeças de gado (presa principal no Alvão). Quanto a mim, são razões mais que suficientes para motivar preocupação.

Quanto à inferência estatística, não vale a pena estarmos a falar em generalidades. É assunto que se discute em concreto e não em abstracto. Se quiser discuti-la, apresente um estudo em concreto e falamos sobre ele.

Sabe qual é a distribuição do lobo no sul da Europa?:

(1)Norte da Peninsula Iberica, sobretudo nas regiões montanhosas,

(2) Região centro de Itália, em regiões montanhosas,

(3) Balcãs, sobretudo em regiões montanhosas

(4) Grécia, regiões montanhosas

Falei em Portugal e Espanha porque o que acontece por aqui é o mesmo que acontece nos outros países em termos de estradas. Não é a minha opinião, é um facto. Se o lobo tivesse alimento em abundância, a sua taxa de reprodução seria certamente suficiente para cobrir a mortalidade causada por uma densidade de estradas mais ou menos elevada. Mas não tem e aí é que está o problema. Se você estiver com baixa imunidade e apanhar uma constipação comum, o mais provável é ter de ir parar ao hospital. Mas se estiver de boa saúde o mais certo é não ter problemas.

Quanto aos critérios, o censo do lobo faz uma estimativa com um intervalo de confiança de 95% e coloca a população de lobo entre os 200 e os 400 indivíduos (isto vem do facto de cada alcateia oscilar entre os 2 e os 6 indivíduos). Isto quer dizer que o valor real estará algures dentro deste intervalo (em qualquer sítio) com uma certeza de 95%. Não me choca que se assuma o pior cenário mas atribuir o estatuto de conservação.

Podemos andar aqui à volta deste assunto o que quisermos, a debater efectivos e fronteiras geográficas. Mas sem haver um plano ibérico efectivo e aplicado no terreno de gestão, prefiro que os "lobos portugueses" sejam tratados em função dos "seus" efectivos. E Espanha aposto que acha o mesmo.

PS: Deixemos o lince em paz, porque o problema dele é fome e não hipocrisia.

Henrique Pereira dos Santos disse...

Anónimo,
1) O que diz sobre a probabilidade de subestimar ou sobreestimar alcateias tem o problema de não ser coerente com a realidade: o censo apresenta os dados distinguindo alcateias confirmadas e alcateias prováveis (ou seja, integra, e bem, incerteza na informação), o trabalho do Gonçalo Costa refere 12 a 13 alcateias (ou seja, integra, e bem, incerteza na informação).
2) O que diz sobre as alcateias é um modelo para populações estáveis. O que diz muito pouco sobre o que acontece quando há desestruturação da alcateia.
3) Não percebo onde vai buscar a sua afirmação de que há uma diminuição de 30% da população. O que sabemos é que no pior cenário há uma diminuição de 30% nas alcateias. Sobre a população sabemos nada, porque o desaparecimento de uma alcateia, tanto quanto sei (reconhecidamente pouco), não significa o desaparecimento de todos os seus membros mas simplesmente uma desestruturação social do grupo.
4) Exactamente, temos os dois bases científicas eminentemente frágeis. A diferença está que o anónimo assume probabilidades e hipóteses como certezas e assumo-as como dúvidas. A razão pela qual o assunto não me parece tão importante como ao anónimo é porque eu assumo como a principal driving force da dinâmica populacional a disponibilidade alimentar e o anónimo, como o mainstream académico sobre o assunto, assume factores diversos que vão variando ao longo do tempo, como os incêndios (um erro manifesto), os eólicos, as estradas, as pedreiras, a caça, a atitude das populações e mais um monte de coisas incoerentes que pode ir encontrando na literatura sobre o assunto ao longo do tempo.
5) Quanto à distribuição do lobo no Sul da Europa não percebi onde quer chegar. Quer dizer que é mais fácil haver lobos nos cornos da fonte fria que na praça dos aliados? Estamos de acordo mas não percebo o que isso contribui para a discussão. A questão é saber, nessas montanhas, que sempre foi onde se encontraram mais lobos, o que explica as flututações populacionais? Por exemplo, nos anos 70 e 80 havia nessas regiões muito menos lobos que hoje. Hoje há mais, mas também há mais estradas. Logo, não deve ser por causa das estradas que se verifica um diminuição pontual numa determinada área. Mas já fico satisfeito que finalmente reconheça que eu tinha razão quando disse que o problema principal é o almoço (o nosso e o do lobo).
6)Quanto aos critérios da UICN tenho dificuldade em explicar de forma mais simples o que já disse. Eu não discuti a afirmação de que a população de lobo tem menos de 250 indivíduos (é evidentemente pouco rigoroso concluir que uma população tem menos de 250 quando está num intervalo entre 200 e 400, sendo que um intervalo que vai do simples para o dobro teria muito que se lhe diga, mas não foi isso que contestei). O que disse é que esse critério só se aplica a populações isoladas (ou seja, aos mais de 2500 lobos ibéricos). E que a aplicação dos critérios da UICN levaria a aplicar à população de 2500 indivíduos o critério para populações isoladas (o que significa classificar o lobo como vulnerável pelo critério do número de indivíduos) e depois usar os critérios de adaptação regional, que neste caso conduziriam à classificação como quase ameaçado (uma sub-população que recebe indivíduos da população global cujo o fluxo não se estima que venha a diminuir). Não se trata da minha opinião, trata-se da aplicação dos critérios da UICN tal como descritos nas suas guidelines, pelo que o lobo em Portugal deveria estar classificado como quase ameaçado.
henrique pereira dos santos

Alice Lobo disse...

wildlife comeback in Europe
“For some it may be hard to believe, but the last 30-40 years has been an era of significant wildlife comeback in Europe. According to WWF’s 2010 “Living Planet Report”, the period 1970 to 2007 saw an average increase of animal populations of 43% in Europe. Better “environmental protection” is claimed to be a major contributing factor, but recent changes in land use with abandonment of farmland, reduced hunting pressure, and higher productivity of many ecosystems due to more nutritional input from human activities probably also played an important role.”

“Por exemplo, nos anos 70 e 80 havia nessas regiões muito menos lobos que hoje. Hoje há mais, mas também há mais estradas. Logo, não deve ser por causa das estradas que se verifica um diminuição pontual numa determinada área”

As estradas, eólicas etc. são aranhões” talvez se a diminuição populacional e os refúgios do lobo estão em desertificação humana.(zonas protegidas) isso em 2007/2010. Pessoalmente não acredito que em 2020 a realidade seja esta, outras variantes politicas e económicas em Portugal e Espanha vão dar razão ao comentário do sr.Anonimo.