Esta história que Carla Castelo conta aqui não valeria um fósforo não fosse o seu valor simbólico.
O que está em causa não é exactamente o valor do que se gasta a mais, o que está em causa é o que a atitude do Conselho de Administração da Assembleia da República reflecte: pura e simplesmente está-se nas tintas para a sustentabilidade, para o dinheiro dos contribuintes e para a inteligência dos cidadãos (veja-se, na página para onde o link remete, as duas páginas que constituem o suposto estudo).
Quando questionei a Assembleia sobre a pessoa a quem dirigir-me na terça-feira, 28 de Fevereiro, às seis da tarde, para ir entregar um jarro com as respectivas instruções de uso para resolver o gravíssimo problema financeiro que causa à assembleia o uso de água da torneira, a resposta foi ao nível do resto: "Respondendo ao seu e-mail, cumpre nos informar que não se afigura útil receber os jarros que pretende entregar, pelo que não será indicada qualquer pessoa para os efeitos que solicita. A aquisição deste tipo de recipientes, bem como as regras para a sua utilização, são matéria da exclusiva competência dos órgãos próprios da Assembleia da República.
Com os melhores cumprimentos," É esta arrogância que não posso aceitar. Eu não posso permitir que os meus representantes me tratem desta forma.
Aceito sem problema que os meus representantes se estejam nas tintas para a sustentabilidade, é uma opção política como outra qualquer e cá estaremos nas eleições para resolver essas coisas.
Mas esta arrogância é o símbolo da distância que vai das elites políticas às pessoas comuns.
E é por isso que no dia 28, às seis da tarde, lá vou entregar um jarrinho à Assembleia.
Quem quiser fazer-me companhia que apareça cinco minutos mais cedo. Será coisa rápida, não vamos para lá fazer uma manifestação ou um comício.
Eu vou apenas dizer que sei que é porque os representados não dizem claramente o que pensam que os representantes nem sequer percebem a figura ridícula que estão a fazer.
henrique pereira dos santos
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