sábado, maio 12, 2012

Pé n'a Terra


No ano passado a plataforma Biodiversity4all aproveitou o dia da terra para lançar uma iniciativa de visitas com registo de biodiversidade.
As visitas vão desde iniciativas comerciais (pré-existentes ou não), até passeios de amigos (pré-programados ou especificamente desenhados para este efeito).
Este ano a iniciativa repete-se no dia da Biodiversidade, ou melhor, desde 17 de Maio (quinta feira da espiga ou da Ascenção) até 27 de Maio, o Domingo seguinte ao dia da Biodiversidade.
Já estão no site da plataforma os calendários com as iniciativas já registadas. Mas ainda se vai muito a tempo de registar novas iniciativas (aliás, há várias iniciativas programadas que ainda não estão registadas).
Com cem mil registos no primeiro ano, com quase 130 mil neste momento e com um objectivo de 250 mil observações até ao fim do ano, estão largamente ultrapassadas as minhas esperanças iniciais, primeiro de 10 000 observações ao fim de cinco anos, depois das 25 mil observações ao fim de cinco anos de que falava em Dezembro de 2010.
Agora tenho falado em meio milhão de observações em cinco anos, que corresponde a manter-se o ritmo de 100 mil observações anuais.
O Pé na Terra é apenas uma das várias iniciativas com que se pretende fazer do registo democrático e acessível da biodiversidade uma coisa normal e vulgar de que todos beneficiamos.
Bem sei que em muita gente que poderia dar um bom e qualificado contributo para isto perduram fantasmas de registos de ursos pardos em Almeirim, por exemplo. Perduram esses fantasmas porque se demitiram de procurar analisar os mecanismos que a plataforma tem para lidar com esta possibilidade.
Por mim, em vez de andar atrás de fantasmas, vou participar, com o Francisco Barros, numa iniciativa meia comercial que celebra a quinta feira da espiga e a fecundidade da natureza pródiga que nos alimenta, através de um conceito que pode ser visto neste video.
Venham mais cinco, levar por diante mais iniciativas, ou para se juntar às iniciativas existentes, levando mais gente ao contacto com a natureza, ao hábito da identificação, à rotina do registo.
Sempre é mais útil que ficarmos escondidos por baixo dos lençóis com medo de fantasmas.
henrique pereira dos santos

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