Santo Agostinho escreveu que «a esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A indignação ensina-nos a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las».
Esta frase utilizei-a como epígrafe no livro sobre os incêndios e, em certa medida, tem norteado a minha vida como cidadão. Por vezes, a indignação é confundida com insensibilidade; e a coragem com fundamentalismo. No entanto, o dito fundamentalismo é, na esmagadora maioria das vezes, a acusação fácil feita por quem aceita as coisas como estão ou até lhe interessa que assim estejam. E a insensibilidade é outra acusação fácil feita por quem, com a desculpa do luto e do respeito pelos mortos, quer colocar uma pedra sobre o essencial: como foi possível que esta situação tenha acontecido; o que deve ser feito para que não volte a repetir-se. Acusarem-me de insensibilidade e leviandade perante a morte é, por isso, algo que me custa, devido a uma dolorosa experiência pessoal há cerca de seis anos.
Além disso, nas últimas semanas tenho reparado num inusitado ataque ao que aqui tenho escrito no Ambio. Deve ser «contágio» dos novos tempos... Mesmo que isso não me afecte particularmente, sinto-me de certo modo constrangido a fazer as abordagens que, de costume, fazia no Estrago da Nação, onde escrevi durante mais de dois anos. Fechei-o e pouco depois aceitei o convite do Miguel Araújo para integrar o Ambio.
Julgo ser sensato para todos que os artigos mais opinativos - e menos de reflexão - sejam repostos no seu local adequado. Por isso, sem que isto signifique um abandono da minha presença e participação aqui no Ambio, irei reabrir o Estrago da Nação.
Esta frase utilizei-a como epígrafe no livro sobre os incêndios e, em certa medida, tem norteado a minha vida como cidadão. Por vezes, a indignação é confundida com insensibilidade; e a coragem com fundamentalismo. No entanto, o dito fundamentalismo é, na esmagadora maioria das vezes, a acusação fácil feita por quem aceita as coisas como estão ou até lhe interessa que assim estejam. E a insensibilidade é outra acusação fácil feita por quem, com a desculpa do luto e do respeito pelos mortos, quer colocar uma pedra sobre o essencial: como foi possível que esta situação tenha acontecido; o que deve ser feito para que não volte a repetir-se. Acusarem-me de insensibilidade e leviandade perante a morte é, por isso, algo que me custa, devido a uma dolorosa experiência pessoal há cerca de seis anos.
Além disso, nas últimas semanas tenho reparado num inusitado ataque ao que aqui tenho escrito no Ambio. Deve ser «contágio» dos novos tempos... Mesmo que isso não me afecte particularmente, sinto-me de certo modo constrangido a fazer as abordagens que, de costume, fazia no Estrago da Nação, onde escrevi durante mais de dois anos. Fechei-o e pouco depois aceitei o convite do Miguel Araújo para integrar o Ambio.
Julgo ser sensato para todos que os artigos mais opinativos - e menos de reflexão - sejam repostos no seu local adequado. Por isso, sem que isto signifique um abandono da minha presença e participação aqui no Ambio, irei reabrir o Estrago da Nação.
1 comentário:
BOA!
Enviar um comentário