terça-feira, outubro 03, 2006
Jornal “O Público” cada vez mais pobre
Perante o "deserto" informativo Português o jornal "O Público" representa um pequeno oásis. Não que se destaque por um jornalismo de investigação ou de análise, independente, exemplar mas em terra de cegos quem tem olho é rei.
Como leitor habitual deste jornal assisti, há um par de anos, com lástima, ao desaparecimento da secção de "ambiente" que existia neste jornal. A dita secção foi fundida na secção "sociedade" o que representou uma óbvia redução do peso do ambiente nas notícias do jornal Português que melhor currículo tinha e (ainda) tem na área do ambiente.
Agora foi a vez de "O Público" decidir acabar com a secção "ciência", não sendo óbvio se esta decisão representa o fagocitamento da "ciência" na "sociedade” ou se, pura e simplesmente, decidiram não perder tempo e dinheiro com notícias científicas.
Num País que não se caracteriza propriamente pela sua cultura científica mas onde a ciência e tecnologia, por decisão política, se encontra na moda, esta decisão é de difícil compreensão.
Mas a guerra das audiências e dos "clicks" fala mais alto. As televisões e os jornais vendem o que o público quer comprar e o público acaba por comprar o que se lhe vende. E assim se vai nivelando por baixo o que os meios de comunicação social transmitem aos Portugueses.
Resta-nos, pois, a resignação de podermos continuar a receber informação de qualidade, sobre ciência, através dos canais informativos de expressão inglesa.
Triste sina a deste povo.
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7 comentários:
Subscrevo o lamento. Mas não vamos cruzar os braços. Não é por acaso que estamos por cá, não querendo substituir nem jornalistas nem jornais. Octávio Lima (ondas3.blogs.sapo.pt)
Jornal "Público", e não "O Público"!
A dita secção de ciência servia, coo demasiada frequência, apenas para auto-publicidade de diversos cientistas de nacionalidade portuguesa, mas a trabalhar no estrangeiro, ou então de grupos científicos nacionais. Não havia, basicamente, qualquer investigação por detrás dela. Era apenas uma caixa de ressonância do marketing científico.
Ora, para isso, mais vale publicidade paga. Se diversos cientistas de nacionalidade portuguesa, ou grupos científicos portugueses, querem fazer publicidade no PÚBLICO, pois bem: paguem-na, tal como os restantes anunciantes.
Luís Lavoura
Este comentário do Luís é obviamente um disparate. Nem vale a pena argumentar. Basta copiar e colar os "headlines" da secção de ciência de hoje:
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E o jornalismo sentado que traduz artigos da Nature e Science que o Público pratica vai para muito tempo???!!!
Sempre é melhor uma tradução simples que nada. Grão a grão...
...não é tanto as traduções que chateiam...é mais o jornalismo sentado!!!
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