sexta-feira, fevereiro 16, 2007

O preço da energia (mais uma vez)

O ministério da Economia resolveu intervir mais uma vez no sentido de baixar o preço da electricidade.
Já quando o Governo resolveu intervir para limitar o aumento proposto pela ERSE coloquei um post a dizer que era uma medida que incompreensivelmente passava sem os protesto do movimento ambientalista, o que eu estranhava.
Francisco Ferreira (que sabe muito mais do assunto que eu) num comentário disse que se tratava apenas de uma questão de mercearia, sem grande relevância.
Talvez, talvez, seja só mercearia e o governo se tenha limitado a transferir fluxos financeiros do produtor para o consumidor.
Mas uma coisa é certa, e ainda hoje Ricardo Garcia o dizia no Público, o preço é um elemento central no momento de decidir usar mais ou menos energia.
Para mim, muito mais que na apresentação dos baixos salários dos portugueses como vantagem competitiva para os empreendedores estrangeiros, é na gestão energética que me parece mais evidente que a política económica deste governo é tacanha e sacrificando o futuro à necessidade desesperada de ter mais umas décimas de crescimento para apresentar nas próximas eleições.
É uma política sem grandeza, sem visão de futuro, sem sombra de compreensão do mundo que está a chegar.
henrique pereira dos santos

1 comentário:

Anónimo disse...

"o preço é um elemento central no momento de decidir usar mais ou menos energia"

Pois, mas o problema é que muitos líderes ambientalistas não acreditam nisso.

Muitos líderes ambientalistas não acreditam nas leis do mercado, e julgam que as pessoas usam a energia independentemente do seu preço.

Não sei se é o caso do Francisco Ferreira, mas é o caso do João Joanaz de Melo, que em em tempos me informou que o consumo de carburantes era inelástico, ou seja, que não diminuiria mesmo que o seu preço aumentasse.

Uma coisa que faz muita falta a muitos líderes ambientalistas, e a muitos ambientalistas em geral, é acreditarem mais na economia de mercado e nas leis do mercado, e menos no poder do Estado.

Luís Lavoura