Acabei de ver este artigo.
É certo que me diverti e achei que os autores eram uns pândegos porque só mesmo pessoas de fina ironia pegam num não assunto, o estudam estatísticamente, interpretam ideologicamente com base em testemunhos literários de séculos passados, encontram uns significados estatísticos sem qualquer significado na vida real porque se limitam a eliminar tudo o que pudesse levantar questões às suas conclusões, retiram uma conclusão geral que é contraditada por conclusões parciais e publicam numa revista científica.
Na verdade o que me interessou não foi o conteúdo de um artigo que mostra que as pessoas com QI mais elevado aos 10 anos são as que dizem que são vegetarianas mas comem galinha e peixe e conclui que os vegetarianos são estatisticamente mais inteligentes que os outros, mesmo que os que são verdadeiramente vegetarianos apareçam como estatisticamente ligados a valores mais baixos do QI.
O que me interessou foi tentar perceber que modelos de publicações científicas e que critérios de revisão pré publicação são usados para ser possível publicar como científico um artigo destes.
Mas depois fui dormir o sono dos justos.
Terá a ciência que se publica assim tanta importância que valha a pena reclamar o reforço do ensino da da filosofia, da epistemologia e da ética nas escolas científicas?
Acho que não. Pelo menos em Portugal a filosofia tem vindo a ser proscrita do nosso sistema de ensino, e devemos confiar no Ministério da Educação que com certeza sabe o que anda a fazer.
Como se tem visto por estes dias.
henrique pereira dos santos
É certo que me diverti e achei que os autores eram uns pândegos porque só mesmo pessoas de fina ironia pegam num não assunto, o estudam estatísticamente, interpretam ideologicamente com base em testemunhos literários de séculos passados, encontram uns significados estatísticos sem qualquer significado na vida real porque se limitam a eliminar tudo o que pudesse levantar questões às suas conclusões, retiram uma conclusão geral que é contraditada por conclusões parciais e publicam numa revista científica.
Na verdade o que me interessou não foi o conteúdo de um artigo que mostra que as pessoas com QI mais elevado aos 10 anos são as que dizem que são vegetarianas mas comem galinha e peixe e conclui que os vegetarianos são estatisticamente mais inteligentes que os outros, mesmo que os que são verdadeiramente vegetarianos apareçam como estatisticamente ligados a valores mais baixos do QI.
O que me interessou foi tentar perceber que modelos de publicações científicas e que critérios de revisão pré publicação são usados para ser possível publicar como científico um artigo destes.
Mas depois fui dormir o sono dos justos.
Terá a ciência que se publica assim tanta importância que valha a pena reclamar o reforço do ensino da da filosofia, da epistemologia e da ética nas escolas científicas?
Acho que não. Pelo menos em Portugal a filosofia tem vindo a ser proscrita do nosso sistema de ensino, e devemos confiar no Ministério da Educação que com certeza sabe o que anda a fazer.
Como se tem visto por estes dias.
henrique pereira dos santos
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