Por questões paralelas a este post, há uma mão cheia de meses andei enfiado no INE a consultar as Estatísticas Agrícolas. Com os dados conseguidos acabei por construir o gráfico que se segue, que representa a área de cereal de sequeiro em Portugal Continental (apenas trigo, aveia e cevada) desde 1918 até 2007.
Evolução da área de alguns cereais de sequeiro (trigo, aveia e cevada)
em Portugal Continental entre 1918 e 2007 (fonte: INE)
em Portugal Continental entre 1918 e 2007 (fonte: INE)
Nos anos de ouro da Campanha do Trigo, mais de 13% da área de Portugal Continental era semeada com aqueles três cereais. Desde a década de 1950 que a área semeada tem caído, sendo hoje pouco mais que 10% da então existente. Naquelas terras crescem agora pastos servindo para o pouco gado que ainda se alimenta nos nossos campos, florestações de interesse económico muito questionável se retirarmos os subsídios pagos por Bruxelas e , em muitos casos, extensas manchas de mato.
O mundo rural português mudou radicalmente e, também ao nível da conservação, há enormes impactes. Negativos e positivos.
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