sábado, outubro 10, 2009

uma (muito pequena) história de pardais

Pardal-de-Cabo Verde (Passer iagoensis), a alimentar-se de restos de arroz de peixe
Santa Luzia, Cabo Verde


Este Pardal-de-Cabo Verde, era um dos 50 ou 60 que permanentemente nos rodeavam enquanto almoçávamos na ilha de Santa Luzia. É uma pequena ave, endémica do arquipélago, mas que aqui parece depender fortemente das dádivas dos pescadores que, regularmente, desembarcam e pernoitam na ilha. Arroz cozido ou cru, pão, biscoitos, água, sumos e até restos do peixe grelhado que sobra das nossas refeições é rapidamente devorado por este bando de sobreviventes.

Pelo respeito e carinho com que todos os pescadores os alimentam, pela visível falta de alimento que as poucas plantas oferecem ou, provavelmente, pelos dois motivos, não aparentam ter medo de nós, humanos. Em poucos minutos, visitam os nossos pratos e pousam-nos nas pernas, esperando por algo que lhes encha o estômago.

Gonçalo Rosa

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