sábado, dezembro 19, 2009

Mitos Climáticos


Chamaram-me a atenção para uma interpelação que me teria sido feita aqui, no blog Mitos Climáticos.
Directo ao assunto, o que me é pedido tem pelo menos uma resposta aqui (é possível que procurando mais tempo encontrasse mais referências mas não vale a pena).
Quanto ao resto, confesso que tenho pouca paciência para o proselitismo e portanto raramente vou ao Mitos Climáticos, entre outras razões porque pior que o proselitismo em si mesmo é o proselitismo que foge do confronto de opinões e não admite contraditório como acontce no Mitos Climáticos (esta frase é uma boa ilustração: "Quanto ao facto de o MC não admitir comentários, trata-se de uma opção que, de forma alguma, pode ser criticada.").
Há no entanto um aspecto concreto em que Rui Moura tem razão: "Finalmente, a asserção de HPS de que “Usá-lo [a Rui Moura, autor do MC] como referência no debate não eleva o debate” constitui uma afirmação de mau gosto". É verdade, e devo desculpas por esta frase a Rui Moura.
Um comentário ao enorme enquadramento para tão pequena interpelação:
Rui Moura trunca o enquadramento da minha referência ao peer review para me acusar de obsessão com o peer review, como se fosse proibido ter opinião, acrescenta Rui Moura por outras palavras. Para quem ler o contexto, rapidamente percebe que se tratava de uma resposta a quem tinha usado Rui Moura como climatologista e caução científica. Ora uma opinão pode estar certa ou errada mas para ser ciência tem de seguir determinados critérios. Daí a minha referência. Seria aliás ridículo que eu, que nunca publiquei nada com peer review, tivesse alguma obsessão e usasse esse tipo de argumentos para desvalorizar a opinião, enquanto opinião. Evidentemente ninguém usa a minha opinião como caução científica e fazem muito bem. Onde fazem mal é achar que o que escreve Rui Moura no Mitos Climáticos é ciência. Não que seja melhor ou pior que a ciência, não que seja mais certo ou errado que a ciência, mas não é ciência.
henrique pereira dos santos

41 comentários:

RioDoiro disse...

"e não admite contraditório como acontce no Mitos Climáticos"

Então, este artigo, o que é?

RioDoiro disse...

Quem não admitiu contraditório, durante muitos anos, foi o gang do IPCC.

Tanto o gang como o Ambio estão agora perante um trilema. Os mails tornam impossível manter a putrefacção da "ciência" e do peer reviwing fora da luz do sol, a realidade desmente a ficção aquecimentista, não é fácil encontrar-se verdelhada que tenha descolado das teses catastrofistas.

Claro que se pose continuar a insistir no erro, mas a malta está avisada.

RioDoiro disse...

http://fiel-inimigo.blogspot.com/2009/12/o-cacador-de-nazis.html

Ponto Verde disse...

Saudações ao ambio por mais um ano de luta ambiental. Votos de um Natal Sustentável e de um Ano Novo mais Verde.

São os votos do blogue a-sul

Anónimo disse...

Henrique, você é bastante caridoso em relação ao Eng Moura. Este senhor que acusa tudo e todos de fraude, que vai à televisão e se deixa apresentar como climatologista, que distorce e simplifica a ciência climática para melhor passar uma opinião baseada em meias verdades ou mentiras absolutas, que é incapaz de sair da meia dúzia de ideias feitas que tem para sequer entender as perguntas que lhe colocam, etc, obviamente não eleva o nível do debate. Em abono da verdade, é surpreendente que lhe dêm tanto direito de antena mas mesmo assim ele, enfronhado na sua paranoia senil, queixa-se de que ostracisam a opinião dos negacionistas. Este senhor nem entende a diferença entre ciência e opinião e sistematicamente confunde e distorce factos para vender o seu peixe. Obviamente que para ele nada disto importa pois dada a idade avançada as consequências das alterações climáticas não o afectarão. Nem viverá tempo suficiente para ter de ser confrontado com todos os disparatas que tem vindo a dizer nos últimos anos.

Anónimo disse...

Henrique, você é bastante caridoso
Eu sou da mesma opinião. Realmente não se percebe em que eleva o debate a constante referência a Mitos, Watts, Audits e Junks em contraponto a investigações científicas. Umas bocas, uma compilações seleccionadas e umas atoardas nuns blogues não têm o mesmo valor. E tem-se observado regularmente (sempre), que quando se pede o link para a substância das coisas, fora desses blogues de propaganda, a discussão acaba logo, ou passa para o pessoal disparatado.

Rui Moura trunca o enquadramento
Esta é que ninguém esperava!
Ainda há pouco anunciava em letras garrafais "Última hora: Phil Jones suspenso", um problema de tradução. Se é assim para um facto tão simples o objectivo, para o resto tem alguma credibilidade? E continuamos à espera que desmascare essa fraude que é a revista Nature e tudo o que não diz o que ele quer. -- JRF

José M. Sousa disse...

Perfeitamente de acordo com os dois últimos comentários!

Henrique Pereira dos Santos disse...

Caro Range o Dente,
Fui agora ao blog mitos climáticos e não vi lá publicado este texto. O facto de eu o publicar aqui não demonstra que o Mito Climáticos admite o contraditório, demonstrar sim que existe liberdade de expressão, coisa que felizmente não depende da vontade de blogs proselitistas como o mitos climáticos.
Um esclarecimento aos restantes: dizer que tomar Rui Moura como referência não eleva o debate é objectivamente uma frase de mau gosto e é por esse mau gosto que peço deculpa.
Se a frase é verdadeira ou não é uma questão independente do mau gosto e essa questão eu não discuti nem vou discutir.
henrique pereira dos santos

Gonçalo Rosa disse...

Henrique,
De bom gosto, o seu último comentário!
Mas estranho a sensibilidade de Rui Moura que não raras vezes é muito menos do que cordial para com os outros.
Gonçalo Rosa

Anónimo disse...

dizer que tomar Rui Moura como referência não eleva o debate é objectivamente uma frase de mau gosto
A verdade tem o mau hábito de saber mal. Frequentemente.
Concordo que manter esse tipo de verdades alheadas da discussão permita manter uma objectividade desejável de todas as partes. Mas não existe, nem se espera esse tipo de cortesia do outro lado. E o que o "autor do MC" julga que é cortesia, na verdade não é bem. Como a "recomendação no MC" (do Ambio) imediatamente antes de um tal Ecotretas e outros que tais. A lista de cortesias do "autor do MC" é longa e variada: "mentiroso-mor", "fanáticos do clima", "pseudo-cientistas", "intoxicante", "negócio", "presunçosos", "arrogantes", "guru", "evangelista", "loucura"... Só ia no início, mas já chega.
E depois insiste naquilo que só posso classificar como desonestidade intelectual. Não confunde clima com meteorologia, mas só quando lhe convém, fazendo exactamente o que critica nos outros (jornalistas, não cientistas ou pseudo-cientistas como ele chama). Cada vez que neva em qualquer lado lá vem post (agora deve ter aprendido a fazer copy/paste com o "insurgente" AAA). Mas os jornalistas se anunciarem uma era glacial em 1975, já são dignos de nota, citação e "recomendação no MC". Não há pachorra para o discurso do "autor do MC". E essa também é uma verdade. Se lhe é conveniente, pouco me interessa. -- JRF

RioDoiro disse...

HPS:

"admite o contraditório"

Se não admitisse o contraditório não lhe respondia. Se responde, responde a quem o contradiz e isso é admitir o contraditório.

Ou o HPS pretende também definir o que é contraditório?

Henrique Pereira dos Santos disse...

Range o dente,
Responder-me a mim é admitir o contraditório? Essa é boa.
O que está em causa não é a possibilidade de me contradizer mas sim a possibilidade de contradizer os posts do mitos climáticos no seu espaço.
Veja a diferença para este blog, onde o Miguel publicou não só os comentários de Delgado Domingos como publicou como post a sua posição.
Isso é admitir o contraditório.
E isso o mitos climáticos não faz.
É aliás só por isso que mantém, em algum público, alguma credibilidade. Isso e a pose de cientista climático. Mesmo publicando posts de meteorologia a fingir que são sobre clima.
henrique pereira dos santos

RioDoiro disse...

HPS:

"Responder-me a mim é admitir o contraditório?"

Claro. A não ser que estejam de acordo.

Quanto contraditório é dirimido em publicações diferentes, com e/ou sem transcrição? Incontável.

Se não admitisse não ligava peva à sua prosa.

Anónimo disse...

Responder-me a mim é admitir o contraditório? Essa é boa.
Hehe. É um nunca acabar. -- JRF

Jorge Oliveira disse...

A elevação dos comentadores que campeam neste e noutros blogs, a dar total razão ao autor do Mitos Climáticos quando não abre o seu blog a comentários, fica bem patente nesta frase de um anónimo :

“(...) dada a idade avançada as consequências das alterações climáticas não o afectarão. Nem viverá tempo suficiente para ter de ser confrontado com todos os disparatas que tem vindo a dizer nos últimos anos.”

É gente desta, com argumentos miseráveis como este, gente que não respeita a idade e que chega ao ponto de implicitamente desejar a morte a quem não tem a mesma opinião, que o Henrique Pereira dos Santos acolhe com satisfação na sua democrática caixa de comentários !?

Sim, claro, o HPS não tem culpa, nem controla as fúrias dos comentadores. Mas podia aproveitar a oportunidade para lhes recordar que, de acordo com a teoria do global warming, as alterações climáticas podem ser muito perigosas para as pessoas de idade, não só para o Rui Moura, mas também para o paizinho e para o avôzinho de quem aqui lavra comentários de tão baixo nível.

Anónimo disse...

Jorge Oliveira, E por acaso não é verdade que dada a idade avançada RM não será confrontado com o que diz? Isto é um simples facto quer goste ou não. De resto, se RM estivesse minimamente seguro do que diz abria o blogue aos comentários e dava-se ao trabalho de responder a quem por lá comentasse. É o cumulo que uma pessoa como esta critique o processo de peer review pois não só não sujeita o que escreve a per review, como os verdadeiros climatólogos que tanto critica, como não permite que os seus desideratos sejam comentados no local onde os escreve, como, ainda por cima, pela idade avançada, nem se lhe permitirá que a história lhe abra os olhos à força. É a negação total e absoluta do contraditório!!! E se reparar na entrevista na SIC notícias perceberá que nem sequer entende as perguntas que se lhe faz pois está tão obsecado com as suas meia dúzias de verdades absolutas que se alheia da realidade envolvente. Por mim que continue assim pois o espectáculo que dá fala por si.

Anónimo disse...

É interessante que o Jorge Oliveira só detecte a elevação para um lado. Se um Range o Dente de fino nick e finíssimo trato chamar "gang" ao IPCC, putrefacção da "ciência" (sic), ficção aquecimentista, verdalhada... já não lhe causa qualquer estranheza. Isto para não sair desta caixa.
Quem quer ter um blogue de temas actuais e polémicos tem de moderar os comentários e criar regras. Este Range o Dente por exemplo, para comentar no meu blogue tinha de se comportar como uma pessoa civilizada. E de notar que ainda não lhe li um único argumento, um único link para um artigo científico que sustente a sua tese e os seus modos.
Vai-se discutir "aquecimento global", ou um assunto remotamente complexo que seja, com alguém que consegue dizer que o "autor do MC" admite contraditório porque o HPS lhe respondeu aqui? Eu não. Vivo noutro planeta. Tanto pode ser a Terra, como Zorg. Tanto me dá. Só tenho a certeza que é outro.
Mas já que fala de elevação, "gente desta" e de argumentos miseráveis onde se enquadra isto?
chega ao ponto de implicitamente desejar a morte a quem não tem a mesma opinião
Na elevação, na "gente desta" ou nos argumentos miseráveis? -- JRF

Anónimo disse...

Stay cool guys ...

It's a climategate Christmas

Henrique Pereira dos Santos disse...

Caro Jorge Oliveira,
Está enganado, não acolho com satisfação (onde foi buscar essa ideia?) comentários como o que cita e estou de acordo consigo quanto à falta de elegância desse comentário, tal como não tenho nenhuma satisfação em ter aqui a maioria dos comentários de range o dente, não por não condordar com o seu conteúdo, mas por falta de conteúdo e por excesso de forma.
Mais, todo este assunto começa por um comentário meu que exactamente critica o tom e a crítica pessoal a Rui Moura num comentário anterior, como se faz de vez em quando neste blog.
Só que o que procuramos é uma pedagogia que mantenha os comentários fora das bocas e dos ataques a pessoas concretas (o que não é o mesmo que criticar, mesmo fortemente, o que fazem ou dizem pessoas concretas), procurando uma discussão de argumentos racional e civilizada.
Coisa que blogs proselitistas como o mitos climáticos (que não admite comentários) ou o inenarrável Insurgente (que sonsamente barra os comentadores que critiquem consistentemente a linha geral do blog) não fazem.
Aqui promove-se a discussão racional. Nesses celebram-se missas.
henrique pereira dos santos

Jorge Oliveira disse...

A finura de argumentação do Anónimo continua :

“(...) não é verdade que dada a idade avançada RM não será confrontado com o que diz?”

Nem sequer se detem a pensar que nenhum dos profetas do global warming, que fazem previsões catastróficas para o ano 2100, estará cá para ser confrontado com o que diz.

E mais :

“(...) se RM estivesse minimamente seguro do que diz abria o blogue aos comentários e dava-se ao trabalho de responder a quem por lá comentasse.

É verdade que, contrariamente ao Mitos Climáticos, há muitos blogs do campo dos cépticos que estão abertos a comentários. Por exemplo, o blog “Watts Up With That”, de Anthony Watts, aqui referido por um Anónimo, que suponho ser o mesmo, da seguinte forma:

“Realmente não se percebe em que eleva o debate a constante referência a Mitos, Watts, Audits e Junks em contraponto a investigações científicas.”

Por sinal o blog de Anthony Watts ganhou o prémio de melhor blog científico do ano 2008. Se as referências a Anthony Watts em nada elevam o debate, de facto o debate com interlocutores que dizem coisas destas é capaz de não sair do chão.

Não deixa de ser curioso que apenas os crentes do global warming se esfalfem a exigir a abertura dos blogs dos cépticos a comentários. Em sentido oposto, qual é o céptico que se preocupa que o blog de um crente não permita comentários? Pfff...

Mas se o global warming é uma teoria tão sólida, que tal um confronto desta teoria com a realidade de hoje, sem ser necessário esperar pelo ano 2100?

Algum dos exímios defensores do global warming que aqui vem debitar a sua sapiência, doutorados e catedráticos incluídos, sabe explicar a relação entre o dióxido de carbono de origem antropogénica e a presente vaga de frio? Se preferem uma onda de calor, também pode ser. Eu, e certamente muitos outros críticos da teoria, ficamos à espera. Convenientemente sentados.

RioDoiro disse...

A propósito de lápis azul (via o blog de mais um malandro que não gosta de "contraditório"):

http://ecotretas.blogspot.com/2009/12/censura-no-wikipedia.html

.

Henrique Pereira dos Santos disse...

Jorge Oliveira,
Das duas uma: oui nã sabe a diferença entre climatologia e clima, e sendo assim é de facto difícil um mínimo de racionalidade no debate por falta de conhecimentos mínimos da sua parte, ou sabe, e o último parágrafo do seu comentário é pura desonestidade, o que é um problema ainda mais difícil de resolver que o da ignorância.
henrique pereira dos santos

Jorge Oliveira disse...

Caro Henrique Pereira dos Santos

Só agora dei conta que me dirigiu um outro comentário. Assim, começo por lhe dizer que não tenho nenhum gosto em inclui-lo nas críticas aos comentadores que escrevem no seu blog.

Ainda tenho um exemplar da Revista Ingenium, que contem uma entrevista consigo e que me parece reflectir as opiniões de uma pessoa geralmente lúcida. Sei que o Rui Moura também tem a mesma opinião a seu respeito e daí a supresa e o desconforto que ele sentiu quando leu as observações que em má hora lhe dirigiu.

Tal como no caso do Rui Moura, a minha formação de base é a engenharia electrotécnica, um ramo académico que, como sabe, se suporta em Ciências fundamentais e que proporciona o saudável costume de não aceitarmos com facilidade construções teóricas com fraca consistência. Para mim, para o Rui Moura e para muitos outros críticos, é o caso da teoria do global warming.

É claro que seria preferível manter o debate num nível racional e civilizado, como diz. Mas acha que é possível num blog onde entra toda a espécie de arruaceiros e coxos da cabeça? O Anthony Watts, que anteriormente referi, não hesita em eliminar os comentários deste género de pessoas.

Eu acredito que o HPS não fique satisfeito por acolher esse tipo de comentadores, mas a verdade é que eles vêm aqui apenas para destilar veneno e com isso estragar o ambiente. Por isso, acho preferível não abrir o blog a comentários. Quem quiser que faça o seu próprio blog.

Repare que o Rui Moura mantem no Mitos Climáticos uma ligação para o Ambio, mesmo após o pesar que as suas palavras lhe causaram, o que significa que de forma alguma pretende ocultar ou dificultar o acesso às críticas que aqui lhe queiram dirigir.

Jorge Oliveira disse...

Caro HPS : E agora reparei num último comentário seu, que, para mim, coloca um ponto final na nossa troca de opiniões. A lucidez que anteriomente lhe atribui foi um equívoco meu.

Henrique Pereira dos Santos disse...

Penso que é mais ou menos óbvio que onde escrevi climatologia deveria estar meteorologia.
henrique

Anónimo disse...

O Jorge Oliveira supõe que o anónimo é o mesmo porque a sagacidade é uma das características recorrentes dos negacionistas. Eu assino, embora não utilize conta do Blogger. E fico sentido que nem o estilo de escrita consiga diferenciar.

Em sentido oposto, qual é o céptico que se preocupa que o blog de um crente não permita comentários?
Esses preferem rejubilar com e-mails alheios. E prefiro "negacionista". O Céptico em ciência é outra coisa.

o blog de Anthony Watts ganhou o prémio de melhor blog científico do ano 2008
Uma votação popular requer uma certa mobilização. Ninguém pode acusar os negacionistas de andarem inactivos. Foi uma grande vitória para a meteorologia reformada.

Mas gostaria de voltar ao tema da elevação, segundo Jorge Oliveira sobre os tais interlocutores com quem quer ter uma conversa racional: "profetas", "crentes", "arruaceiros" e "coxos de cabeça".

Ou então o "autor do MC", por ele mesmo, sobre Sobre Filipe Duarte Santos e realmente nem necessita de caixinha de comentários: "profeta", "alarmista", "foro da astrologia" (astrólogo?), "aquecimentista", "mentiroso", "warmer", "futurólogo", "fantasista", "falta de conhecimentos" (ignorante?), "comediante "científico"", "intrujão", "sessão de magia" (mágico?), "terrorismo climático" (terrorista?), "charlatão" (nacional em oposição a Al Gore, internacional e não cientista), "inenarrável", "sr." (é professor catedrático, é o mesmo que chamar o Sr. Silva na Madeira), "lamentável representante de Portugal no IPCC".
E ainda se queixa que o alvo de toda esta cortesia não participa nos debates.

Mas, estou enganado. Elevação é isto como o HPS também observou: a relação entre o dióxido de carbono de origem antropogénica e a presente vaga de frio. -- JRF

Anónimo disse...

O HPS talvez queira dizer que não devemos extrapolar fenómenos meteorológicos locais para explicar variações climáticas globais.

No entanto os "missionários do apocalipse climático" não perdem a oportunidade para aproveitarem fenómenos localizados como os dias mais quentes de verão, as secas, as cheias, os ciclones, tufões, degelo localizado no árctico e antárctico (quando a massa total de gelo está a aumentar), etc., como exemplos para fazerem as pessoas acreditarem no aquecimento global (mesmo que nos últimos 10 anos ela não tenha subido).

Pergunto: a vaga de frio que neste momento se sente e que está a bater records de há muitos anos será ela um fenómeno meteorológico localizado? Não sou climatologista nem meteorologista, mas o que me é dado conhecer (e sentir) é que esta vaga de frio não está a acontecer somente na Europa mas em todo o hemisfério Norte.

Por que raio o famigerado CO2 antropogénico não serve de tampão a este atrevimento da natureza em nos oferecer temperaturas baixas extremas, mesmo antes do inverno começar (e com esse atrevimento estragar as médias anuais do aquecimento)?

Declaração de interesses:
Não sou crente em teorias conjecturadas pelo homem porque a ciência não é matéria em que se acredite ou deixe de acreditar - ciência é ou não é.
Quanto à minha Fé, reservo-a inteiramente para o plano espiritual.

José M. Sousa disse...

«quando a massa total de gelo está a aumentar»

Gostaria de chamar a atenção do último comentador anónimo para o seguinte:
The Arctic sea ice September minimum extent reached new record lows in 2002 (15.3 percent below the 1979-2000 average), 2005 (20.9 percent below), and 2007 (39.2 percent below). In 2007, Arctic sea ice broke all previous records by early August—a month before the end of melt season (see Arctic Sea Ice Shatters All Previous Record Lows). In 2008, the September minimum was 4.67 million square kilometers (1.80 million square miles), the second lowest in the satellite record. In 2009, the September minimum was 5.36 million square kilometers (2.07 million square miles), the third-lowest in the satellite record (see Arctic Sea Ice Extent Remains Low; 2009 Sees Third-Lowest Mark).


Extensive dynamic thinning on the margins of the Greenland and Antarctic ice sheets


Lasers from space show thinning of Greenland and Antarctic ice sheets

sobre as temperaturas globais:

NASA reports hottest November on record, 2009 poised to be second hottest year, Hansen predicts better than 50% chance 2010 will set new record

Base de dados temperaturas globais GISS/NASA

José M. Sousa disse...

Já agora, posso dizer que a temperatura na minha terra natal, a Madeira, a 300 m de altitude está muito acima do que seria normal para esta época do ano. Não retiro nenhuma conclusão disto, mas é só para relativizar tanto comentário sobre o frio no Continente ou no Hemisfério Norte, como referiu um comentador. De notar que a Madeira também se situa no Hemisfério Norte!

Anónimo disse...

Aprecio que concorde com o que eu disse.
Em 2008 a área de gelo foi superior à de 2007 e em 2009 foi superior à de 2008.
Não era suposto continuar a diminuir com o "aquecimento brutal" do planeta?

Quanto à temperatura agradeço que arranje provas em como desde 1999 (para não incluir o ano excepcional de 1998, o que a colocaria a descer) a temperatura média tem estado a subir.

Tudo isto apesar dos teores de CO2 não terem parado de subir...

José M. Sousa disse...

Caro anónimo

O clima é um sistema dinâmico e não-linear o que significa que está sujeito a um conjunto de factores que não implicam uma relação linear entre o CO2 e as temperaturas ao longo dos anos.

Em relação às temperaturas desde 1998 (ou 1999), sugiro
What is the average temperature of the Earth now?
Figure 2. (a) Annual surface temperature anomaly relative to 1951-1980 mean, based on surface air measurements at meteorological stations and ship and satellite measurements of sea surface temperature. (b) Global map of surface temperature anomalies for 2007. (Source: NASA)
The analyses made by leading climate centers rank the year 2007 amongst the ten warmest years on record. According to the Met Office Hadley Centre in the UK, the global mean surface temperature in 2007 was 0.40°C (0.72°F) above the 1961–1990 annual average (14°C/57.2°F) and hence marks the seventh warmest year on record. According to the National Climatic Data Center of the National Oceanic and Atmospheric Administration, the global mean surface temperature anomaly was 0.55°C (0.99°F) above the twentieth century average (1901–2000) of 13.9°C (56.9°F), which ranks 2007 the fifth warmest year in its record. The unusual warmth in 2007 is noteworthy because it occurs at a time when solar irradiance is at a minimum and the equatorial Pacific Ocean is in the cool phase of its natural El Niño-La Niña cycle.

RioDoiro disse...

JMS:

"não implicam uma relação linear entre o CO2 e as temperaturas"

Então o CO2 não é o factor determinante? Aquele à volta do qual tudo girava?

Afinal é apenas um factor menor?

RioDoiro disse...

E já agora sobre o volume de gelo? Tem dados de volume e de temperatura (calor total)?

Anónimo disse...

A confirmar-se que são os 10 anos mais quentes relativamente à média de 50-80), também se confirma que nestes 10 anos a temperatura não subiu (e o coitado do CO2 que não parou de subir).

A menos que Pearson tenha idealizado as correlações lineares somente para serem aplicadas quando as temperaturas sobem, as temperaturas nos últimos 10 anos não subiram!

José M. Sousa disse...

carbon dioxide equivalents (CO2 eq)?

Gases de Efeito de Estufa

Is the Amount of Snow and Ice on the Earth Decreasing?

Sobre o volume do gelo

Novamente sobre as temperaturas, o que interessam são as médias móveis, mais do que as temperaturas de um determinado ano:

World Meteorological Organization and NOAA both report: 2000-2009 is the hottest decade on record

mais uma vez, é preciso ter em conta factores como este: Deep Solar Minimum

José M. Sousa disse...

In March 2008, thin first-year ice covered a record high 73% of the Arctic Basin. While this might seem like a recovery of the ice, the large extent masked an important aspect of sea ice health; thin ice is more prone to melting out during summer. So, the widespread thin ice of spring 2008 set the stage for extensive ice loss over the melt season.

Anónimo disse...

Caro JMS,

Depois desse enorme esforço em consultar as fontes habituais no contraditório, tranquiliza-me concordar comigo nos seguintes factos:

O CO2 não parou de subir nos últimos dez anos.

As temperaturas durante os últimos 10 anos pararam de subir.

Durante os últimos dois anos consecutivos, o árctico e o antárctico ganharam área de gelo, relativamente aos anos anteriores.

Bem sei que Derrida não era grande amante do discurso lógico, mas factos são factos e só eles nos permitem retirar conclusões seguras.

Desejo-lhe um Natal Feliz com neve.

Olympus Mons disse...

relatório publicado pelo US Weather Bureau. VEJAM O ANO! 1922!



“THE ARCTIC OCEAN IS WARMING UP, ICEBERGS ARE GROWING SCARCER AND IN SOME PLACES THE SEALS ARE FINDING THE WATER TOO HOT. REPORTS ALL POINT TO A RADICAL CHANGE IN CLIMATE CONDITIONS AND HITHERTO UNHEARD-OF TEMPERATURES IN THE ARCTIC ZONE. EXPEDITIONS REPORT THAT SCARCELY ANY ICE HAS BEEN MET WITH AS FAR NORTH AS 81 DEGREES 29 MINUTES. GREAT MASSES OF ICE HAVE BEEN REPLACED BY MORAINES OF EARTH AND STONES, WHILE AT MANY POINTS WELL KNOWN GLACIERS HAVE ENTIRELY DISAPPEARED.”
—US WEATHER BUREAU, 1922

Olympus Mons disse...

Escusado será dizer que após os anos 40 onde os submarinos atravessavam o árctico á superfície aquele recuperou totalmente para valores consentâneos com o degelo que sofre desde o fim da LIA.

José M. Sousa disse...

Range-o-Dente

«Então o CO2 não é o factor determinante? Aquele à volta do qual tudo girava?

Afinal é apenas um factor menor?»

Em primeiro lugar, os especialistas nunca afirmaram: «The first IPCC Assessment (IPCC, 1990) recognised the existence of a host of agents that can cause climate change including greenhouse gases, tropospheric aerosols, land-use change, solar irradiance and stratospheric aerosols from volcanic eruptions, and provided firm quantitative estimates of the well-mixed greenhouse gas forcing since pre-industrial times. »
que o CO2
[Nota, quando se fala de CO2, estamos a falar normalmente de CO2e(equivalente), ou seja, a conversão em termos de efeito de estufa do CO2 de outros gases com efeito de estufa: metano( cerca de 20 vezes o do CO2), óxido nitroso, etc.]

emitido pelas actividades humanas era o único "forcing"/forçamento do clima
Outra coisa bem diferente é a relação "ceteris paribus" entre CO2e o aumento das temperaturas, melhor dizendo, o efeito radiativo, a influência do CO2 na determinação do balanço energético da Terra, ou seja, da diferença entre a energia recebida do Sol e a reflectida pela Terra para o Espaço. Este efeito radiativo fora já detectado pelo Nobel da Química sueco Svante Arrhenius no séc. XIX

De facto, como se pode ver no quadro indicado acima, o forçamento do CO2 e de outros gases com efeito de estufa são os principais determinantes do forçamento radiativo total. No entanto, as coisas são mais complicadas, como o range-o-dente parece saber, mas não quer admitir.
Tal como também está assinalado no quadro, a radiação solar é/pode ser também um forçamento radiativo. Como o Range-o-Dente deve saber a actividade solar passa por ciclos e como já assinalei várias vezes indicando um site da NASA, nos últimos anos, atingiu-se um mínimo de irradiação solar de há mais de um século.

RioDoiro disse...

Caro J. M. Sousa.

Tenho que lhe apontar afirmações dos "especialistas portugueses" para não ir mais longe, acusando o CO2 de ser o culpado de tudo?

Eu percebo que re-escrever a história seja ara si fundamental. Mas para mim é fundamental que não seja re-escrita.

Ou então, o que estiveram a fazer aquele monte de idiotas em Copenhaga? A lutar contra os raios solares?