Leio no público on-line este título de uma notícia que diz que um posto de transformação está inundado.
Tinha lido de manhã num blog de uma das minhas filhas, que quando chove na Ilha de Moçambique pára tudo, por exemplo a internet, mas também as pessoas.
Ao menos lá há justificações razoáveis:
"as pessoas deixam de funcionar. Não se sai de casa. É um desespero, muitas vezes, dado que temos um calendario a cumprir. Chove, ninguém aparece.
Um destes dias decidi perguntar ao Sekeneke o porquê disto acontecer. “É que molhamos a roupa. Só temos esta, e depois como é?”."
Um destes dias decidi perguntar ao Sekeneke o porquê disto acontecer. “É que molhamos a roupa. Só temos esta, e depois como é?”."
E nós, que justificações teremos para que uns pingos de água alaguem o Marquês de Pombal, como há tempos, ou em alaguem a marginal de Gaia, ou fechem escolas e agora que cortem a electricidade na Avenida da Liberdade, para não falar do coitado do Pacheco Pereira que passa a vida a queixar-se, bem, que na Marmeleira está sempre a faltar a luz de cada vez que chove.
Raio de país, raios de Presidente de Câmara, raios de empresas de serviço público.
Não podem deixar-se de grandes acções dirigidas ao futuro e fazer bem o que nos resolve o quotidiano presente?
henrique pereira dos santos
3 comentários:
Uma questão à parte, só à terceira leitura da segunda frase percebi que o "pára tudo" escrito como "para tudo" será já de acordo com a nova ortografia?
A meu ver, complica e atrasa a leitura. E creio que essa modificação foi já considerada um lapso, estou correcto?
Re resto, parabéns pelo Blog
Marcos
Era estupidez mesmo. Já corrigi.
henrique pereira dos santos
Parabéns pelo último parágrafo!
Interrogação pertinente. Acontece-me o mesmo que a Pacheco Pereira. A mim e a mais umas quantas almas que espalhadas por montes à volta daquele onde resido, no Conselho de Alenquer, a 50 km de Lisboa, se vêem privadas de energia eléctrica, sempre que os elementos naturais decidem evidenciar-se um pouco mais.
A mim pouca diferença me faz, porque sou um tipo dado a coisas bucólicas e até sinto um certo prazer em ler à luz de vela, sem o ruído de fundo do televisor, ou de qualquer outro electrodoméstico.
O outro lado da questão é esse mesmo Que o Henrique anota: pagamos por um serviço, a uma empresa que regista milhões de lucro em cada ano, para que esse serviço não nos seja fornecido.
É no mínimo incoerente.
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