quinta-feira, maio 13, 2010

Quinta-feira da espiga


Esta fotografia veio daqui
Mais um ano sem que o movimento ambientalista (maioritariamente urbano) acorde para a importância de explorar as ligações ancestrais das pessoas comuns com o campo.
Dentro de dias, no dia 22, dia internacional da biodiversidade, há uma excelente e meritória iniciativa em que se pede que as pessoas vão ao campo e registem das suas observações de biodiversidade.
Não poderíamos ter aproveitado esta quinta feira da espiga como ensaio geral? É que hoje haverá milhares de pessoas, sobretudo no Ribatejo, Estremadura e Alentejo, a ir ao campo apanhar uma espiga e meia dúzia de flores.
Talvez para o ano que vem nos lembremos a tempo da quinta feira de Ascenção como um bom dia para observações de biodiversidade.
Talvez para o ano consigamos fazer uma lista de voluntários que se disponibilizem para nesse dia acompanhar um qualquer dos milhares de grupos, muitos escolares, juntando o pic-nic tradicional e o registo de observações.
E esta veio daqui e é de 1963
henrique pereira dos santos

3 comentários:

aeloy disse...

Junto tirado da Wiki, sendo que o artigo me parece correctissimo, informação etno-religiosa...

O Dia da espiga ou Quinta-feira da espiga é celebrado no dia da Quinta-feira da Ascensão com um passeio matinal, em que se colhe espigas de vários cereais, flores campestres e raminhos de oliveira para formar um ramo, a que se chama de espiga. Segundo a tradição o ramo deve ser colocado por detrás da porta de entrada, e só deve ser substituído por um novo no dia da espiga do ano seguinte.

As várias plantas que compõem a espiga têm um valor simbólico profano e um valor religioso. Crê-se que esta celebração tenha origem nas antigas tradições pagãs e esteja ligada à tradição dos Maios e das Maias.

O dia da espiga era também o "dia da hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios.

A simbologia por detrás das plantas que formam o ramo de espiga:

* Espiga – pão;
* Malmequer – ouro e prata;
* Papoila – amor e vida;
* Oliveira – azeite e paz;
* Videira – vinho e alegria e
* Alecrim – saúde e força.

António Eloy

F. Leal disse...

esqueceu-se de falar dos algarvios,em Loulé esse dia até é feriado municipal.
sou de Olhão e fui à espiga,com os meus filhos e recordo-lhes sempre das nossas ligação à terra,embora seja um homem do MAR.
SAUDAÇÕES PELO VOSSO BLOG.

Henrique Pereira dos Santos disse...

tem razão. hesitei em relação aos algarvios e resolvi não pôr para não dizer asneiras. Assim está resolvido para a próxima.
obrigado
henrique pereira dos santos