quinta-feira, julho 22, 2010

Devem os mosquitos ser eliminados?



Interessante artigo na revista Nature

(...)
There are 3,500 named species of mosquito, of which only a couple of hundred bite or bother humans. They live on almost every continent and habitat, and serve important functions in numerous ecosystems. "Mosquitoes have been on Earth for more than 100 million years," says Murphy, "and they have co-evolved with so many species along the way." Wiping out a species of mosquito could leave a predator without prey, or a plant without a pollinator. And exploring a world without mosquitoes is more than an exercise in imagination: intense efforts are under way to develop methods that might rid the world of the most pernicious, disease-carrying species. (...)



7 comentários:

aeloy disse...

não sei. serão seres sencientes?
Curioso artigo e curioso que se possa, sem grandes dúvidas, concluir que sim, com um mas num dos casos.
Sei ter lido algures que os insectos tem uma grande capacidade evolutiva e de adptação por isso não estou certo que seja possível acabar com estes.
e coitadinhos dos ratinhos sugados até ao tutano. serão eles sencientes?
Em qualquer dos casos animalistas libertem as bestas.
E, agora a sério, a malária é a doença que mata mais a nível mundial e que provoca maiores danos nos sistemas imunitários, por isso este é um tema de grande importância em todos os seus interfaces.
António Eloy

Zé Luís disse...

Só por curiosidade, mas existe algum suporte científico para a afirmação de que a malária é a doença que mais mata a nível mundial?

Lowlander disse...

Ze Luis:
ja ouviu falar da OMS?

Caro Miguel:
mais interessante e um estudo de que tomei conhecimento atraves da BBC da tentativa de criar mosquitos GM resistentes aos patogenos que transmitem. Uma especie de "vacinacao genetica" da especie vector desses patogenos.
Os principais problemas que de momento eles tem e que paralelamente a introducao da resistencia nos mosquitos e necessario tambem introduzir uma qualquer outra variacao genetica, correlacionada de forma o mais perfeita possivel com a resistencia ao patogeno que de tambem uma vantagem competitiva ao mosquito mutante para que este se possa propagar de forma adequada pela populacao de mosquitos.
E uma solucao que ainda vai demorar algum tempo mas sem duvida bem mais elegante e provavelmente "mais facil" no longo prazo ja que trabalha a favor de mecanismos biologicos relativamente bem conhecidos (a evolucao das especies) e nao contra eles como e o caso da simples obliteracao de uma especie.

Seja como for, esta sera uma area de investigacao que tera de se desenvolver no futuro proximo porque as alteracoes climaticas estao ai, e estao para ficar, os artropodes sao a especie animal provavelmente com a maior capacidade de adaptacao e mobilidade no planeta, se o habitat deles se mover, eles tem a capacidade de se mover com ele. E em epidemiologia ha um dado empirico muito estavel que e o de que, no caso de doencas trasmitidas por vectores artropodes, uma vez que o vector se consiga instalar numa nova regiao geografica, a doenca segue-o pouco tempo depois.

Lowlander disse...

errata:

Os artropodes nao sao obviamente uma especie animals mas uma Ordem do reino animal

Zé Luís disse...

Caro Lowlander

Por já ter ouvido falar da OMS (vagamente) e por consultar periodicamente algumas das suas publicações é que pergunto.
É que o World Health Report de 2004, apresenta dados de 2002 em que a malária é a 9ª causa de morte (http://www.who.int/features/qa/18/en/index.html) e o Global Burden of Disease, com dados de 2004, coloca a malária como 14ª causa de morte (http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/2004_report_update/en/index.html).

Com a minha pergunta (que reconheço foge um pouco ao assunto central do post) apenas procurava saber se existe algum estudo mais recente que apresente um aumento da incidência da doença (que independentemente da posição no ranking continua a ser um flagelo e a matar milhão e meio de pessoas anualmente).

aeloy disse...

Números... os da OMS de facto são oficialmente de cerca de 900.000 em 2008.
Só que a esses há que acrescentar (o que nunca é contabilizado...) as mortes indirectas e como a mortalidade infantil é enorme esta não é muitas vezes contabilizada...
Corrigiria para melhor enquadramento "é das dooenças que mais mata".
AEloy

Paulo Rosario Dias disse...

a discussão é interessante mas para objectivos outros que não o do título.
A recente ideia de implantar mosquitos geneticamente modificados incapazes de transportar malária para substituir populações de mosquitos actuais tem acolhimento.

Mas qualquer relatório da ONU continuará a sugerir o caminho da salubridade com a eliminação de habitats de reprodução (águas paradas, esgotos a céu aberto, etc).
Experiências demonstram ser a acção mais eficaz visando a redução da malária (e também da cólera e outras menores).

Sobretudo nas regiões menos desenvolvidas, ao aumentarmos a potabilidade da água e a salubridade, diminui-se a contaminação, os mosquitos e mais contaminação (acção sem perigos imprevistos).