Tenho escrito abundantemente sobre o fecho das escolas primárias e a viabilidade do mundo rural.
Reconhecendo sempre que não é a escola que mantém as pessoas mas sim o emprego, tenho repetidamente dito que sem escolas primárias que permitam uma vida de qualidade para os miúdos dificilmente alguém se dispõe a criar o seu próprio emprego em zonas mais ou menos isoladas.
Sobre isso pode ler-se por exemplo este post (e respectivas ligações) ou este (acho que um dos melhores posts que escrevi, sobretudo se lido com este que escrevi depois).
Conheci a escola móvel, agora extinta, quando procurava dar consistência ao programa Escola na Natureza (RIP) e tive pelo menos uma reunião com pessoas responsáveis pela escola móvel. Desde o primeiro momento fiquei rendido à ideia de uma escola para os filhos dos profissionais itinerantes, que tinham aulas e etc., através de meios electrónicos e períodos definidos em que os alunos se juntavam nas escolas.
Tenho pena que tenha acabado. Porque é cara, dizem.
E uma das razões por que tenho pena é porque sempre achei que era um dos modelos possíveis de escolarização das crianças dos territórios de povoamento esparso, em alternativa à loucura normal que se instalou com a criação de mega agrupamentos para onde as crianças são arrebanhadas às primeiras horas da manhã e de onde são retiradas ao fim do dia, como se faz às vacas nos pastos.
henrique pereira dos santos
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