Tem razão, temos semrpe tendência para escrever para os leitores habituais. O melhor mesmo é usar definições standard, este é da wikipedia e é boa e simples: "A produtividade primária pode ser definida em ecologia como o rendimento da conversão da energia radiante em substâncias orgânicas. Isto é, a produção primária designa a quantidade de matéria orgânica que é produzida pelos organismos autotróficos a partir da energia solar (organismos fotossintéticos) ou da energia química (quimiossintéticos)." Na prática, para o efeito da discussão dos fogos, dá uma ideia bastante aproximada de onde cresce mais o mato (ou se acumula mais combustível naturalmente). Deve ter-se cuidado com leituras imediatas, porque a zona azul no Sul da Península são as marismas do Guadalquivir, se não em engano (não ardem muito, são uma zona húimida) e mais para leste grande parte da área de maior produtividade é a Huerta de Valência, fortemente agrícola e que também arde pouco. henrique pereira dos santos
Tem razão. obrigado pela correcção. A fonte? esqueço-me sempre dessas perguntas. Vou editar outra imagem que tenho (não me lembrava) e depois vou outra vez procurar na net de onde tirei isto e já respondo, se encontrar logo. Se não encontrar rapidamente vou fazer o jantar e depois vejo isso com mais calma. henrique pereira dos santos
Anónimo, Lembro-me de ter tirado a imagem de uma publicação científica e andei a ver se a encontrava (lembro-me que não era uma coisa óbvia o título). Confesso que já perdi tempo demais com isto e não vou procurar mais, reconheço a minha falaha por não ter registado a fonte, mas eu garanto que era uma fonte credível. henrique pereira dos santos
Não vejo mesmo em que é que este mapa nos ajuda a compreender os fogos.
Em Espanha, metade dos fogos florestais, segundo já ouvi dizer, ocorre na Galiza - uma região que talvez tenha baixa produtividade primária, mas tem eucaliptais que nunca mais acabam.
Este mapa da produtividade também me parece fazer pouco caso do fator água. Para haver vegetação não basta haver sol, é preciso também que haja água. Parece-me que este mapa da produtividade primária só toma em conta o fator sol (e fotossíntese), não toma em conta as enormes limitações ao recurso água nas sonas Sul e Leste da península.
Luís, Penso que estás a ler o mapa na escala inversa. A maior produtividade está nas cores frias. Portanto a produtividade na Galiza é alta (como é em Portugal, por isso Portugal sempre teve uma densidade populacional muito mais alta que Espanha, sobretudo descontando as cidades) e nas zonas que referes de falta de água é muito baixa. henrique pereira dos santos
Luis, Penso que estás a fazer uma leitura equivocada do mapa, induzida por uma escala de cores errada. No mapa, cores frias são valores elevados de produtividade (p.e., a Galiza) e cores quentes são produtividades baixas. A escala de cores é má pois no gradiente de cor fria a quente a mente humana associa valores altos ao quente e valores baixos ao frio. Foi exactamente o que fizeste apesar do Henrique ter clarificado o significado das cores no texto e legenda.
Na realidade o erro é de quem produziu o mapa que visivelmente percebe pouco de técnicas de elaboração de mapas.
Espaço de informação e reflexão sobre ambiente e sociedade. Este blogue tem uma gestão partilhada com a lista portuguesa de ambiente (também chamada ambio), no entanto, as contribuições para cada um dos espaços são autónomas pelo que podem divergir na importância e destaque dados aos temas ambientais abordados. Os únicos lemas a seguir serão reflexão, originalidade e (deseja-se) qualidade. Com este espaço espera-se potenciar a escrita de ensaio e aprofundamento de temas ambientais em língua Portuguesa.
9 comentários:
podia explicar esse conceito?
Tem razão, temos semrpe tendência para escrever para os leitores habituais.
O melhor mesmo é usar definições standard, este é da wikipedia e é boa e simples:
"A produtividade primária pode ser definida em ecologia como o rendimento da conversão da energia radiante em substâncias orgânicas. Isto é, a produção primária designa a quantidade de matéria orgânica que é produzida pelos organismos autotróficos a partir da energia solar (organismos fotossintéticos) ou da energia química (quimiossintéticos)."
Na prática, para o efeito da discussão dos fogos, dá uma ideia bastante aproximada de onde cresce mais o mato (ou se acumula mais combustível naturalmente). Deve ter-se cuidado com leituras imediatas, porque a zona azul no Sul da Península são as marismas do Guadalquivir, se não em engano (não ardem muito, são uma zona húimida) e mais para leste grande parte da área de maior produtividade é a Huerta de Valência, fortemente agrícola e que também arde pouco.
henrique pereira dos santos
A ponta sul não é o Guadalquivir que se situa mais ou menos entre a ponta sul e o Algarve mas a região de Tarifa.
já agora, qual a fonte? o que mede o mapa exactamente?
Tem razão. obrigado pela correcção.
A fonte?
esqueço-me sempre dessas perguntas.
Vou editar outra imagem que tenho (não me lembrava) e depois vou outra vez procurar na net de onde tirei isto e já respondo, se encontrar logo. Se não encontrar rapidamente vou fazer o jantar e depois vejo isso com mais calma.
henrique pereira dos santos
Anónimo,
Lembro-me de ter tirado a imagem de uma publicação científica e andei a ver se a encontrava (lembro-me que não era uma coisa óbvia o título).
Confesso que já perdi tempo demais com isto e não vou procurar mais, reconheço a minha falaha por não ter registado a fonte, mas eu garanto que era uma fonte credível.
henrique pereira dos santos
Não vejo mesmo em que é que este mapa nos ajuda a compreender os fogos.
Em Espanha, metade dos fogos florestais, segundo já ouvi dizer, ocorre na Galiza - uma região que talvez tenha baixa produtividade primária, mas tem eucaliptais que nunca mais acabam.
Este mapa da produtividade também me parece fazer pouco caso do fator água. Para haver vegetação não basta haver sol, é preciso também que haja água. Parece-me que este mapa da produtividade primária só toma em conta o fator sol (e fotossíntese), não toma em conta as enormes limitações ao recurso água nas sonas Sul e Leste da península.
Luís,
Penso que estás a ler o mapa na escala inversa. A maior produtividade está nas cores frias. Portanto a produtividade na Galiza é alta (como é em Portugal, por isso Portugal sempre teve uma densidade populacional muito mais alta que Espanha, sobretudo descontando as cidades) e nas zonas que referes de falta de água é muito baixa.
henrique pereira dos santos
Luis, Penso que estás a fazer uma leitura equivocada do mapa, induzida por uma escala de cores errada. No mapa, cores frias são valores elevados de produtividade (p.e., a Galiza) e cores quentes são produtividades baixas. A escala de cores é má pois no gradiente de cor fria a quente a mente humana associa valores altos ao quente e valores baixos ao frio. Foi exactamente o que fizeste apesar do Henrique ter clarificado o significado das cores no texto e legenda.
Na realidade o erro é de quem produziu o mapa que visivelmente percebe pouco de técnicas de elaboração de mapas.
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