domingo, agosto 01, 2010

Vêem-se cada vez menos, não é?


Ao regressar de um jogo de ténis com um rapaz de 15 anos, apontei para uma águia que sobrevoava a estrada por onde passamos de carro. "Vêem-se cada vez menos, não é?" pergunta-me o rapaz. Ele anda no liceu, tem boas notas, é esperto, não muito dado a coisas lá da natureza e tal, portanto igual a milhares de outros. "Não - respondi-lhe - antes pelo contrário." Ficou o rapaz surpreendido.

E pensei para os meus botões: eis mais um exemplo da fatura que se paga pela informação\educação tendencionalmente negativa em relação ao estado das coisas da natureza e biodiversidade. Um exemplo que se junta a tantos outros, incluindo a observação espantosa da professora de ensino básico do meu filho mais novo que "ensinou" aos miúdos que o sobreiro é uma espécie em vias de extinção.

Henk Feith

3 comentários:

Anónimo disse...

Como eu o compreendo! As minhas, na escola, andam a ser submetidas a uma lavagem cerebral com a história do aquecimento global... Isto chega ao ponto de há uns dias, a folhear um livro sobre astronomia de um tal Ivo qualquer coisa, dei por mim a ler a espantosa afirmação que o CO2 é gás mais importante para o «efeito de estufa» da Terra... só já cá falta o criacionismo e a inquisição.

José M. Sousa disse...

Em termos de forçamento radiativo o CO2[ver figura na pág. 136] é de facto o gás com efeito de estufa mais importante.

Man disse...

Moro há 25 anos na zona ribeirinha de uma pequena cidade e, gosto de observar as águias que costumam vir até ao rio em frente da minha casa. Realmente tenho verificado uma diminuição acentuada no seu número. A visita das águias era um acontecimento comum e, agora raramente aparecem.
Pode ser um fenómeno local, mas, também tenho reparado que, quando viajo de carro pelo interior do Alentejo, vejo cada vez menos, já quase que fazemos uma festa quando avistamos uma. Antigamente nos mesmos trajectos, era raro não avistarmos nenhuma.

Mas, posso ser eu que ando com azar de há uns anos para cá.