Da wikipedia:
"André Roberto Delaunay Gonçalves Pereira (Lisboa, 26 de Julho de 1936) é um professor de Direito e advogado português.
Advogado desde 1959, estudou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em Ciências Jurídicas, em 1962, e chegou a Professor Catedrático, em 1970. Especialista em Direito Internacional Público, é co-autor (com Fausto de Quadros) do manual Curso de Direito Internacional Público, considerado obra fundamental dessa matéria. Leccionou também em universidades estrangeiras, nomeadamente na Universidade do Rio de Janeiro, Universidade Complutense de Madrid e na Universidade Columbia.
Foi o representante de Portugal na Comissão Jurídica da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 1959 a 1966, e também representante português no Grupo de Reflexão que preparou a reforma do Tratado de Maastricht, em 1995. Participou ainda em vários organismos internacionais, como a UNESCO e o FMI. Nunca tendo sido militante partidário, foi por diversas vezes convidado, antes e depois do 25 de Abril, para assumir funções governamentais. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros nos VII e VIII Governos, dirigidos por Francisco Pinto Balsemão.
Mantém-se como sócio da firma Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados (sucessora da Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados). É administrador (não-executivo) da Fundação Calouste Gulbenkian desde 2002, e de várias sociedades comerciais."
Advogado desde 1959, estudou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em Ciências Jurídicas, em 1962, e chegou a Professor Catedrático, em 1970. Especialista em Direito Internacional Público, é co-autor (com Fausto de Quadros) do manual Curso de Direito Internacional Público, considerado obra fundamental dessa matéria. Leccionou também em universidades estrangeiras, nomeadamente na Universidade do Rio de Janeiro, Universidade Complutense de Madrid e na Universidade Columbia.
Foi o representante de Portugal na Comissão Jurídica da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 1959 a 1966, e também representante português no Grupo de Reflexão que preparou a reforma do Tratado de Maastricht, em 1995. Participou ainda em vários organismos internacionais, como a UNESCO e o FMI. Nunca tendo sido militante partidário, foi por diversas vezes convidado, antes e depois do 25 de Abril, para assumir funções governamentais. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros nos VII e VIII Governos, dirigidos por Francisco Pinto Balsemão.
Mantém-se como sócio da firma Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados (sucessora da Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados). É administrador (não-executivo) da Fundação Calouste Gulbenkian desde 2002, e de várias sociedades comerciais."
Inegavelmente um membro da elite de Portugal, conhecido dos cidadãos comuns sobretudo por ter dito que o ordenado de Ministro não lhe chegava para pagar os charutos.
Pois este post resulta de um meio charuto atirado pela janela do carro que ia arrancar exactamente quando eu passava.
Como faço muitas vezes, procurei devolver o lixo à proveniência (resulta de maneira geral muito bem, sobretudo quando me faço desentendido e explico que qualquer coisa terá sido deixada cair inadvertidamente).
Pensando que o que me preocupava era o valor do charuto (sim, deveria valer mais que o dia de trabalho de mais de metade dos concidadãos), o dono não achou melhor que simplesmente fazer um gesto para que se eu quisesse ficasse com o meio charuto, enquanto o motorista arrancava com o carro.
É assim a nossa elite. Ainda tem dificuldade em perceber o direito dos outros em não quererem o seu lixo espalhado pela rua, mesmo que seja um lixo de luxo.
henrique pereira dos santos
6 comentários:
Muito bom (infelizmente).
IsabelPS
Hmmm... se virmos bem, o procedimento do sr Gonçalves Pereira nada tem de anómalo. Qualquer fumador português faz o mesmo antes de entrar no autocarro da Carris - deita para o chão o cigarro meio fumado. O sr Gonçalves Pereira, sendo um indivíduo educado, não deseja poluir o ambiente do seu automóvel e prejudicar a saúde do seu motorista, pelo que, consequentemente, deita fora para o chão o seu charuto, mesmo que apenas meio fumado, quando entra no carro. Nada de mais, limita-se a fazer o mesmo que qualquer português.
Resumo da história: é impossível educar os fumadores portugueses de que as beatas - sejam de cigarro ou de cachimbo - são uma forma de lixo como qualquer outra - como um papel de embrulhar um gelado ou um rebuçado, digamos - e que, tal como qualquer outra forma de lixo, não deve ser atirada para o chão. Para um fumador português, fume ele cachimbo ou cigarro, isso não é propriamente lixo - é uma coisa à parte, que pode e deve, legitimamente, ser lançada para o chão.
Luís,
Sendo verdade o que dizes, bastando para isso olhar para o chão à frente de qualquer café, é menos verdade que há uns anos, bastando para isso olhar para o esforço que muitos donos de café fazem para que os seus clientes tenham onde apagar o cigarro e o deitar fora.
O essencial do post é a estranheza de que isso ainda seja verdade para parte das elites bem educadas (que de facto penso que não deitariam para o chão o papel do rebuçado) e é por isso que o considero uma boa alegoria do País.
henrique pereira dos santos
Henrique, não tem estranheza nenhuma, eu penso que mesmo os ambientalistas fumadores são da firme opinião de que uma beata não é lixo. Mesmo eles deitam as beatas para o chão.
E repare: apagar um cigarro não é fácil, menos ainda um charuto. A solução passaria necessariamente por ter, em todos os lados, em toda a parte, placas metálicas nas quais as pessoas pudessem apagar os cigarros ou charutos antes de os lançar fora. O que não é fácil. Onde queria o Henrique que o sr Gonçalves Pereira fosse apagar o seu charuto antes de entrar no carro? No chassis do próprio carro?!
Vejamos: um charuto é feito de folhas de tabaco enroladas. É portanto biodegradável, e ràpidamente. Enquanto não desaparece incomoda, como outro lixo qualquer, e o Senhor Professor deveria meter a cara num tacho, de vergonha, sem dúvida; mas não é grave. Graves são as garrafas e os sacos de plástico, e as cotonetes, e as embalagens que não apodrecem, e o esferovite, e toda a parafernália de lixo indestrutível que os meus concidadãos acham normal deitar para o chão - o chão dos outros, que as casas deles estão irrepreensíveis.
A solução passa por uma medida idêntica àquela que está na lei da caça. Caçador que não recolha os cartuchos de caça vazios, incorre numa contra-ordenação punível com coima de € 249,40 a € 2.493,99 euros. O Sepna quando intercepta um caçador com caça morta no cinto e sem os respectivos cartuchos vazios, trata logo de ajudar os cofres do Estado a saírem da miséria. Pode ser que apareçam outros deputados da nação a considerarem que todos os cidadãos, e não só os caçadores, se devem comportar como pessoas civilizadas.
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