Bem, o texto do Público remata de forma fantástica!!! É interessante saber que as várias corporação humanitárias sediadas na ONU estão em sintonia e fazem lobby umas pelas outras. Quanto ao relatório e às respectivas conclusões, a minha leitura é outra. O que este relatório indica é que o mundo está cada vez mais de acordo com o paradigma pelo qual se tem tentado standardiza-lo. Se isso é ou não uma melhoria, é uma interpretação meramente ideológica de quem defende a bondade do tal paradigma. O facto é que pela bitola do IDH as freguesias que integram as favelas do Rio de Janeiro estão melhor posicionadas que as aldeias do Alto-Xingu. Deve dai deduzir-se que se vive melhor nas favelas ?! Entretanto, países como Cabo Verde deram saltos de gigante no ranking pelo simples facto de o índice ter substituído o PIB pelo RNB. Ou seja, para o IDH tanto faz se o rendimento disponível provêm do desenvolvimento de condições locais para o obter se da remessa de emigrantes. E o IDH de Angola nada diz qt às assimetrias sociais de distribuição do rendimento nem quanto ao desproporcionado peso das exportações de não renováveis na sua composição. De resto tb gostava de saber em que posição do ranking ficaria a Noruega se o “brent” não tivesse o peso que se conhece no respectivo PIB. Mas pronto, se há consenso de que a melhor forma de percepcionarmos o mundo e o nosso percurso nele é através de índices deste tipo, quem sou eu para ter dúvidas...:(
Note-se que aqui também surge o paradoxo de que a melhoria de condições para crianças e mães acompanha a redução de população através de mais direitos laborais para mulheres e acompanhamento médico e de planeamento familiar.
Espaço de informação e reflexão sobre ambiente e sociedade. Este blogue tem uma gestão partilhada com a lista portuguesa de ambiente (também chamada ambio), no entanto, as contribuições para cada um dos espaços são autónomas pelo que podem divergir na importância e destaque dados aos temas ambientais abordados. Os únicos lemas a seguir serão reflexão, originalidade e (deseja-se) qualidade. Com este espaço espera-se potenciar a escrita de ensaio e aprofundamento de temas ambientais em língua Portuguesa.
2 comentários:
Bem, o texto do Público remata de forma fantástica!!! É interessante saber que as várias corporação humanitárias sediadas na ONU estão em sintonia e fazem lobby umas pelas outras. Quanto ao relatório e às respectivas conclusões, a minha leitura é outra. O que este relatório indica é que o mundo está cada vez mais de acordo com o paradigma pelo qual se tem tentado standardiza-lo. Se isso é ou não uma melhoria, é uma interpretação meramente ideológica de quem defende a bondade do tal paradigma. O facto é que pela bitola do IDH as freguesias que integram as favelas do Rio de Janeiro estão melhor posicionadas que as aldeias do Alto-Xingu. Deve dai deduzir-se que se vive melhor nas favelas ?! Entretanto, países como Cabo Verde deram saltos de gigante no ranking pelo simples facto de o índice ter substituído o PIB pelo RNB. Ou seja, para o IDH tanto faz se o rendimento disponível provêm do desenvolvimento de condições locais para o obter se da remessa de emigrantes. E o IDH de Angola nada diz qt às assimetrias sociais de distribuição do rendimento nem quanto ao desproporcionado peso das exportações de não renováveis na sua composição. De resto tb gostava de saber em que posição do ranking ficaria a Noruega se o “brent” não tivesse o peso que se conhece no respectivo PIB. Mas pronto, se há consenso de que a melhor forma de percepcionarmos o mundo e o nosso percurso nele é através de índices deste tipo, quem sou eu para ter dúvidas...:(
Já agora:
"Which Countries Are Making the Most Progress on the Millennium Development Goals"
http://www.good.is/post/which-countries-are-making-the-most-progress-on-the-millenium-development-goals/
Note-se que aqui também surge o paradoxo de que a melhoria de condições para crianças e mães acompanha a redução de população através de mais direitos laborais para mulheres e acompanhamento médico e de planeamento familiar.
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