Creio que já conhecerão esta notícia.
Da próxima que pensarem em se queixar da falta de cultura de participação dos portugueses, que não compreendem o vosso enorme esforço e dedicação ao bem comum, antes de falar releiam esta notícia: 37 mil voluntários, doações em crescendo e batendo recordes e zero queixas sobre falta de recursos.
Da próxima vez, para variar, queixem-se antes de não conseguirem o que outros conseguem: resposta e preocupação com problemas concretos de pessoas concretas, trabalho socialmente reconhecido por corresponder a problems reais de pessoas reais, transparência absoluta de contas, informação clara sobre a actividade da organização, organização e eficácia para a integração de voluntários que dão o que acham, e não o que vocês acham que é a obrigação e dever dos voluntários.
E, sobretudo, mais preocupação com os destinatários finais do trabalho das organizações que com os problemas dos funcionários (e outros beneficiários intermédios) das organizações.
Resolvam-se a mudar os princípios de actuação, que os portugueses, como quaisquer pessoas de bem em qualquer parte do mundo, corresponderão ao que for justo e orientado pelo bem comum.
Deixem de passar o tempo a explicar o que os outros poderiam fazer pelas vossas organizações e concentrem-se em fazer aquilo que efectivamente podem fazer pelos outros.
henrique pereira dos santos
segunda-feira, maio 28, 2012
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2 comentários:
Henrique, este texto é muito pobre, está cheio de falácias lógicas, de ataques inconsequentes, enfim, é muito pobre.
Não é como tiradas como esta que dá qualquer contributo a melhorar seja o que for, se é que esse é o seu objectivo.
Ainda a semana passada estive numa assembleia geral onde pessoas gastaram dinheiro próprio e tempo para estarem presentes, vindas de Évora, Algarve, Coimbra, etc. Não vi lá o Henrique a contribuir...
É fácil ser treinador de sofá, político de café, comentador da TVI.
A sério, o Henrique está no seu pior quando se põe com estas tiradas estéreis contra TODO o movimento ambientalista.
Tem toda a razão, Rui Pedro.
O facto das últimas iniciativas contra a barragem do Tua terem menos pessoas a participar que organizações a convocá-las não é por falta de capacidade de mobilização das organizações, é só porque as organizações preferiram assim.
Aliás de maneira geral estas organizações não se queixam da falta de cultura de participação dos portugueses, nem sei onde fui buscar essa ideia.
Aliás os únicos problemas que existem decorrem de eu não ir a assembleias gerais e não dar contributos para o reforço do movimento ambientalista.
O Rui Pedro conhecia o projecto da Faia Brava há três ou quatro anos? Não? Eu também não. Mas hoje conhece não é? Foi mera coincidência que o tenha conhecido, como a maioria das pessoas, quando trabalhei de borla para o projecto durante quase um ano, até o presidente então eleito da Associação que o gere me acusar de estar a prejudicar o financiamento do projecto com as minhas idiossincrasias éticas e eu me ter afastado discretamente, sem nenhuma explicação sobre o assunto e sem o menor gesto que pudesse prejudicar o projecto (que aliás continua a ser um bom projecto).
Tem toda a razão, as pessoas como eu, sem qualquer responsabilidade orgânica no movimento ambientalista, é que prejudicam seriamente o movimento ambientalista, nunca os responsáveis que, por definição, são irresponsáveis e não podem ser responsabilizados pelo estado comatoso em que está o movimento ambientalista.
Há excepções? Sim, claro que há, e algumas delas das coisas mais entusiasmantes que se podem encontrar nos movimentos sociais.
Mas o post é só um pobre post que se limita a pôr em paralelo a capacidade de mobilização de algumas organizações, por contraste com outras.
É de facto um texto pobre.
henrique pereira dos santos
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