domingo, setembro 28, 2008

Falência no movimento associativo

De acordo com o Público de hoje a Federação Portuguesa dos Produtores Florestais está em vias de declarar falência.
3 000 000 de Euros de dívida.
De acordo com a actual direcção isto deve-se a umas irregularidades da responsabilidade de direcções anteriores com dinheiros vindos do Fundo Florestal Permanente e do IFAP (não se calcula a dificuldade que eu tenho em perceber a falta de escrutínio e discussão pública acerca do fundo florestal permanente).
Note-se também que é referido que a declaração de falência é a decisão que melhor defende os seus funcionários.
Espero que ao contar esta pequena história de uma entidade do movimento associativo se perceba bem que quando critico os modelos de gestão das ONGAs não é porque eu seja contra o movimento associativo ambiental, pelo contrário, é porque acho o movimento associativo ambiental fundamental.
henrique pereira dos santos

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro HPS, só quem nunca trabalhou com nenhuma associação de produtores florestais é que pode ter alguma surpresa ao ler o seu post. A falta de organização e seriedade no cumprimento de compromissos de muitas destas entidades é exasperante. O problema é que actualmente muita da estratégia florestal nacional passa por estas entidades. O que vai acontecer? O mesmo de sempre ou seja em tempo de eleições alguém passará uma esponja sobre o assunto salvando essas associações com dinheiros públicos, está-se mesmo a ver!

JFélix

Anónimo disse...

Milhões de euros desapareceram. Como é possível? Se estavam documentados e apareciam nos relatórios de contas como dinheiro gasto, isso mostra a fragilidade da gestão dos projectos, onde o responsável se calhar tb é o tesoureiro e por isso não há controle. Se não estavam documentados e não apareciam nos Relatórios de contas isso significa que ninguém leu com atenção os ditos relatórios. Para que servem os Conselhos Fiscais? Se calhar tb deviam ficar sob mira.
Isto remete-nos para uma questão: como acontecem estes actos na generalidade das ONGs? Qual a auto-regulação que existe? E quando não há bancos a pressionar, dívidas ou prova de irregularidades? É que só quando há crime se pode avançar com queixa, mas... e as nuances antes disso? Como e recorrendo a quem se resolvem? Quem quer saber???