sábado, janeiro 23, 2010

Para quê estar a moer a QUERCUS?


"Para que serve este post?"
José Rui, num comentário ao post, não se conforma com o facto de eu criticar a QUERCUS, quando para dizer mal da QUERCUS há tanta gente.
Eu diria que esta análise da utilidade da crítica em função de uma hierarquia de objectivos é tipicamente leninista. Ou melhor, nunca começando por aí, serve muito bem qualquer totalitarismo.
Para mim a crítica não tem outro objectivo que não seja corrigir um erro, não entro com outro tipo de considerações, como seja o facto de quem faz asneiras ser meu amigo, me dar geito ou ter objectivos semelhantes aos meus.
Portanto o post não serve para realmente mais nada que não seja manifestar a minha discordância em relação ao abuso da utilização dos fenómenos meteorológicos para discussões climáticas.
Digo-o em relação ao Insurgente e digo-o em relação à QUERCUS.
Para moer a QUERCUS?
Não, para que a QUERCUS não moa o esforço de racionalidade na discussão.

henrique pereira dos santos

12 comentários:

Anónimo disse...

Estou em desacordo com este poste e acho que este blogue não entende que temos de salvar a Terra e para isso temos de nos aliar todos contra os negacionistas, e as massas poluidoras e consumistas, a soldo do imperialismo americano
Atacar a Quercus é mau, porque o que eles dizem é verdade, temos fenómenos extremos que nunca tivémos, como se viu agora no haiti, e isso deve-se ao consumo de petróleo. O próprio Dr Mário Soares que tem idade e sabe, provou cientificamente que isso é verdade.
Acho que o Ambio devia censurar postes como este.

trepadeira disse...

Olá.
Esclarecendo:
Não sou militante,filiado ou associado a qualquer grupo.
Os meus interesses andam pela preservação da natureza também pela cultura.Aos meus amigos peço apenas que pensem.Se pensarem diferente de mim tanto melhor,mais animada será a conversa.
Dito isto.
Tenho observado,cada vez mais preocupado:
Árvores a florir em Novembro-Dezembro,sobretudo abrunheiros e cerejeiras.
Cobras a tentar aquecer ao Sol em Janeiro,há quatro dias,no Vale do Mondego junto a Guarda.
Aves migratórias fora de época,Abutre do Egipto,em principios de Janeiro,no mesmo local.
Deformação de alguns frutos,medronhos.
Chapim real a nidificar,início da construção,em fins de Dezembro.
A lista poderia ainda continuar.
Não vejo mal nenhum na crítica,bem pelo contrário.Julgo que todos ainda seremos poucos na defesa da natureza.
Podê-lo-iamos fazer sem remoques,sem birras,sem defesa de capelinhas e sem desperdiçar energias em minudências.
Ganhariamos todos.
Neste canto onde tento observar a natureza estou ao dispor para conversar e mostrar o que vou recolhendo.Não estou disponível para desconversar.
Saudações cordiais,
mário

Gonçalo Rosa disse...

Caro primeiro anónimo,

Para além da patetice pegada que o seu comentário é, como colaborador neste blogue informo-o que ninguém aqui censura uma vírgula que seja de ninguém. Vai contra os princípios de todos nós que aqui escrevemos.

E deixe-me dizer-lhe que nem o mundo é a preto e branco, nem a discussão sobre as alterações climáticas é uma guerra clubística dualista, embora muitos assim a entendam.

Gonçalo Rosa

joserui disse...

Caro HPS, já sabia. Quando li que iria responder mais tarde, ainda para mais sendo um aspecto menor do assunto, pensei logo — para quê moer a Quercus quando pode moer o José Rui. Consigo não se pode ganhar.

A do Leninismo é terrível. Parece até a típica diminuição do interlocutor antes de passar aos argumentos. Ou é um argumento em si mesmo? É que eu nem sequer falei na hierarquia de objectivos, apenas na gestão do seu tempo face à utilidade e objectivos dos posts.

Eu em primeiro lugar queixei-me da utilização de Insurgente e Quercus na mesma frase. É um oximoro. E um desplante.

Depois manifestei dúvidas que a primeira parte esteja totalmente errada.

Não considerei, admito, a hipótese do comunicado para si ser nada menos que uma abominação. Se me sentisse assim, também moía a Quercus.

A sua declaração de espírito livre é impressionante, mas tem também de não se deixar condicionar pelos tretas deste Mundo. Eles é que fazem dos ambientalistas os fiéis de uma seita, vem com a cassete. Mas as pessoas normais, sabem que não é assim. É escusado chover no molhado.

Por exemplo: posso dar uma sugestão? Gastando o mesmo tempo e esforço, porque não comentar um post meteorológico do Mitos Climáticos? Sei lá, por exemplo, um que assinala a neve em qualquer lado — volta e meia há um. Quer isto dizer que a Quercus está acima da crítica? Evidente que não. Que há uma hierarquia de objectivos? Também não. Há gestão de tempo e utilidade da escrita.

Na mó do esforço de racionalidade, pobre Quercus. Com certeza tem lido os comentários. Eu em face de comunicados da Quercus, não estou à espera que o HPS ou o Miguel B. Aráujo percam a racionalidade. Tal como não estou à espera, face a qualquer comunicado da Quercus, que os distintíssimos comentadores Tretas, Dentes, Lidadores, Eduardos e outros, percam a sua pitoresca irracionalidade.

Por fim, se eu tivesse um Tretas a elogiar o meu blogue, primeiro desconfiava dos elogios, depois do que andava para lá a escrever. Mas, admito que valeu a pena ler a sua resposta e já o trata por Tretas e tudo. É um avanço. Hehe. -- JRF

Henrique Pereira dos Santos disse...

Caro José Rui,
A do Leninismo prende-se exclusivamente com a caracterização da ideia da utilidade da crítica.
Se o seu problema é o tempo que dediquei ao post não se aplica.
Mas há uma razão para criticar uma posição absurda da Quercus e não o Mitos Climáticos: nem leio a maior parte das vezes esse blog que acho que não tem importância nenhuma, ao contrário da QUERCUS a quem eu reconheço importância social. O mitos climáticos pode dizer o que quiser que não tem importância. A Quercus não pode dar o flanco desta forma porque é importante.
henrique pereira dos santos

Anónimo disse...

Tendo em conta muitos temas aqui tratados, sugiro a criação dos seguintes temas no arquivo do blog: "ataques às ONGAs", "discutir por discutir", "o sexo dos anjos"...

Anónimo disse...

Rajendra Pachauri aprende com a Quercus (sem suber), ou vice-versa?

Melting Himalayan glaciers: no peaceful end to the scandal

Henrique Pereira dos Santos disse...

O que acho graça é partir-se do princípio que o problema é eu criticar uma posição de uma ONG e não o conteúdo dessa posição.
Vejamos: se o conteúdo da posição da QUERCUS está certo é irrelevante a minha crítica porque só demonstra que sou parvo; se pelo contrário o conteúdo da posição da QUERCUS é de facto muito mau, ainda bem que alguém a critica a tempo da QUERCUS a corrigir e não ser usada pelos seus verdadeiros adversários como demonstração da parvoíce da QUERCUS nesta matéria.
henrique pereira dos santos

Unknown disse...

Não é só a Quercus que faz o trabalho do inimigo.
O Dr Murari Lal
Murari Lal
co-autor do Relatório do IPCC, vem agora, certamente pago pelo dinheiro sujo, dizer que afinal meteu lá aquela coisa do degelo dos glaciares dos Himalaias, para ganhar efeito dramático e pressionar medidas politicas, sabendo que não havia estudos sobre a questão.

O Dr Pachendra referiu que não é um pequeno erro que coloca em causa a "robustez cientifica" do Relatório, e tem razão.
Mesmo que já sejam demasiados "pequenos casos", a "robustez" nunca estará em causa, porque essa está bem ancorada nos modelos que, garante o MIguel, não podem ser refutados por qq coisa que os desminta.

Este Dr Murari Lal, tal como o DR Jones, do CRU, tal como a Quercus e o Dr Pachendra, estão objectivamente a dar cabo do trabalho necessáriode mentalização ( doutrinamento) das pessoas, pelo que, como diz muito bem o José Rui, deviam ser silenciados neste blogue e noutros.
É que pode haver pessoas a pensar que debater e ser céptico é mais importante que converter e declama salmos.


P.S. A propósito, estavam ali ontem acima uns comentários de um anónimo que eram de rebolar a rir. POrque os tiraram? Afinal temos aqui coroneis de lápis azul?

joserui disse...

nem leio a maior parte das vezes esse blog que acho que não tem importância nenhuma
Aí está um argumento a que sou sensível. :)

No entanto, continuo a considerar energia gasta e mal dirigida. Já os mails com Francisco Ferreira, considero úteis. Não considero a necessidade de demarcação de uma posição da Quercus. As pessoas normais sabem que aqui cada um pensa pela sua cabeça, ou outros vão continuar na deles.
Portanto, sendo em nome da racionalidade, continuo sem perceber muito bem quem é o público alvo para ler sua crítica.

Contentinhos andam os tretas, dentes, lidadores e restante comandita.

Quem apagou os comentários "de rebolar a rir" prestou um serviço ao Ambio. Mas o primeiro podia ir junto. Tem todo o ar de ser do mesmo, que depois de ninguém entender a farsa resolveu baixar a fasquia para que os lidadores deste Mundo pudessem rebolar à sua vontade. JRF

joserui disse...

A minha crítica é à sua crítica não ao conteúdo — pelo qual como disse, não tenho simpatia. Não há um princípio que o problema é a sua crítica vs. o conteúdo. Em Janeiro de 2010, não considero importantes as críticas à Quercus. Mas posso mudar em qualquer altura. --JRF

Anónimo disse...

Henrique, julgo que aquilo que chocou algumas pessoas não foi o conteúdo técnico do seu reparo face ao comunicado da Quercus, mas antes o tom escarnicento com que o proferiu...
Tal como com a SPEA, também sou "dissidente" da Quercus (o problema tem que ser meu), mas independentemente de todos os erros que a associação tenha cometido, concordo que a crítica em questão poderia ter sido feita de forma mais construtiva.

alexandre vaz