Menos de uma semana depois do post em que assinalava as 70 000 observações do Biodiversity4all sou surpreendido com o facto de agora já serem quase oitenta mil e os organizadores começarem a falar em 100 000 até ao fim do ano.
Com certeza este súbito aumento dever-se-á à integração de mais um (pelo menos) conjunto de registo de dados que alguém tinha noutro lado qualquer.
E para mim é sempre bom poder fazer posts a dizer bem do movimento ambientalista, para ver se os comentadores anónimos (e alguns não anónimos) que passam o tempo a acusar-me de ter uma posição anti-ong percebem que isso não tem nenhuma base factual.
By the way, bastaria a integração dos dados de todos os projectos life geridos ou com participação de ONGs (e que estão todos em formato digital porque é assim que foram transmitidos à comissão europeia por obrigação dos contratos de financiamento) para que os cem mil registos fossem atingidos amanhã.
Ou até pode ter sido isso que motivou este salto de quase mais dez mil observações nesta semana, direi eu com o meu incurável optimismo e fé inabalável na capacidade de regeneração das organizações ambientais mais responsáveis e maiores de Portugal.
henrique pereira dos santos
8 comentários:
Consideras a Bio4All membro do movimento ambientalista?
Se calahr o seu sucesso tem a ver com o facto de se calhar não o ser...
Henk Feith
Sim, considero, como me considero a mim. As ONGAs mais visiveis não são o movimento ambientalista, há por aí muito mais gente e instituição que forma o movimento ambientalista. O biodiversity4all é uma organização privada, sem fins lucrativos, totalmente dedicada a sistematizar e disponibilizar informação sobre biodiversidade. Como se poderia considerar fora do movimento ambientalista?
henrique pereira dos santos
Há uma visão, na minha opinião extremamente redutora, de limitar o movimento ambientalista às ONGAs. Para além destas, há institutos públicos, instituições privadas sem fins lucrativos ou mesmo empresas que trabalham em prol da preservação ambiental. Há ainda um interessante incremento de blogues/sites/páginas nas redes sociais sobre temáticas ambientais que contribuem para a promoção ambiental. Aliás, o Ambio é um bom exemplo disso mesmo.
Gonçalo Rosa
Já foi, já foi, e sê-lo-ia outra vez se os seus 19 autores (e outros que se juntassem) escrevessm cada um um post por mês.
Assim perde um bocado esse papel ao ficar demasiado colado às idiossincrasias do tipo que escreve com mais frequência.
henrique pereira dos santos
Gostava de realçar o parágrafo em que diz que bastaria a integração dos projectos life geridos por ONGs para o B4A atingir a meta dos cem mil registos.
Sendo um optimista nestas coisas, acredito que haveremos de chegar a um ponto em que os projectos e estudos que se fazem possam ser partilhados em plataformas comuns de acesso geral.
Depois de cumprirem os seus objectivos e de terem o seu tempo de duração previsto, faz sentido que esses dados sejam partilhados em projectos públicos.
Antes que alguém o diga, fica já a nota que, obviamente, eu não poderia pensar de outra forma, e estarei sempre de olho nesses dados, e não falo apenas de distribuição.
Os meus parabéns ao B4A também pelo crescimento.
Espero não estar a meter o pé na argola, mas acho que este pequeno pulo foi provocado pelo envio da minha parte de 8.000 registos.
E prevejo enviar mais registos até ao final do ano.
Para isso preciso de finalizar um sistema que permita transferir os meus registos e exportá-los em folhas de excel, porque estar a inserir registo-a-registo no site, obriga-me a "perder" muito tempo.
Paulo
Paulo, provavelmente são mesmo esses oito mil registos, eu não estou directamente envolvido no projecto e portanto não sei. Mas tenho ideia que para a transferência de dados em massa um mail para ver a melhor forma de fazer com as pessoas que gerem a plataforma pode ter alguma utilidade (e já terá sido feito, provavelmente).
Bom trabalho. O que gosto neste projecto é mesmo a sua capacidade para seduzir as pessoas sem pessoalmente dar nada em troca a não ser paz de espírito.
henrique pereira dos santos
É verdade, foram mesmo esses 8.000 registos Paulo :)
e entretanto já chegaram mais 2.000, obrigado ao Professor Henrique Pereira, de um seu trabalho durante a década de 1990. Se continuar assim, vamos lá.
E aproveito para comentar uma questão do Henrique Pereira: que os mapas de distribuição já incluem os dados do GBIF (vejam por exemplo em: http://www.biodiversity4all.org/index.cfm?event=getps&urln=soort%2Fmaps%2F432%3Ffrom%3D2010-09-22%26to%3D2011-09-22&from=1950-09-22&to=2011-09-22&grid=5000)
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