Sem grande pretensão de rigor eu diria que o movimento ambientalista tem três grandes linhas ideológicas:
as dos pais de yellowstone, desenvolvidas por outros até à deep ecology, isto é, uma linha ideológica de comunhão com a natureza, independentemente da sua utilidade para o homem;
as dos filhos de Rachel Carson, isto é, a linha ideológica que resulta da defesa da saúde (estendida também à saúde dos sistemas naturais) em função de agressões concretas, como poluentes, reduções de habitats, perseguição directa de espécies;
e as dos malthusianos, nos quais mais ou menos me incluo, isto é, dos que intuem que existem limites para o crescimento e para o uso de recursos não renováveis e portanto pretendem governar a expectativa de escassez antes que a escassez nos governe a nós.
Como está explícito neste post, esta perspectiva malthusiana tem uma dificuldade de base: é que a expectativa de escassez altera o uso dos recursos e portanto tende a antecipar economicamente a escassez, evitando-a.
As correntes ambientalistas mais alarmistas são aquelas que repetem o erro de Malthus: projectam no futuro tendências do passado, sem ter em atenção que essas tendências provocam alterações de trajectória que invalidam a sua simples extrapolação linear, e é por isso provavel que os piores cenários nunca se verifiquem.
No fundo estas tendências mais alarmistas esquecem Camões "outra mudança faz de mor espanto/ que não se muda já como soía".
Tradicionalmente os optimistas da economia apontam para este erro de Malthus para invalidar a ideia de que existe um limite, chamando a atenção para este fenómeno de deslocação do limite em função de novos desenvolvimentos não antecipáveis num determinado momento, como é o caso do novo avanço tecnológico que dispensou a tracção das carroças por cavalos.
O debate das alterações climáticas tem-me mostrado uma coisa curiosa: é ver uma quantidade razoável destes optimistas do futuro desconhecido a usarem exactamente a mesma lógica de Malthus, mas agora em benefício da defesa do modelo de economia que conhecem.
Isto é, quando se apela a uma economia menos assente no carbono, as projecções do futuro de quem se opõe as estas restrições, partem do princípio de que tudo se manteria igual, excepto a restrição de carbono, esquecendo a força de transformação económica que, provavelmente, nos levaria para uma economia que não é nem a que conhecemos, nem a que conseguimos vislumbrar a partir da simples projecção do que seria esta economia com menos carbono.
E por isso os cenários catastróficos de pobreza que alguns traçam a partir das restrições resultantes da diminuição da emissão de gases com efeito de estufa podem estar tão errados como os montes de excrementos de cavalo previstos por Malthus.
henrique pereira dos santos
42 comentários:
"Isto é, quando se apela a uma economia menos assente no carbono, as projecções do futuro de quem se opõe as estas restrições, partem do princípio de que tudo se manteria igual, excepto a restrição de carbono, esquecendo a força de transformação económica que, provavelmente, nos levaria para uma economia que não é nem a que conhecemos, nem a que conseguimos vislumbrar a partir da simples projecção do que seria esta economia com menos carbono."
Well taken point! Nota interessante.
Sabendo que o movimento ambientalista congrega várias perspectivas e demografias nunca me tinha apercebido deste modo de organização em três correntes.
Pergunto-me se apesar dos objectivos comuns de base esta divisão se traduzirá nalguma discórdia em torno de temas não consensuais dentro do movimento como a energia nuclear, a sobrepopulação e mesmo as alterações climáticas.
Nuno Oliveira
Como quase todos os textos interessantes, este também também nos interpela mais com dúvidas do que com certezas.
"...existem limites para o crescimento e para o uso de recursos não renováveis e portanto pretendem governar a expectativa de escassez antes que a escassez nos governe a nós."
Uma das maiores ironias deste debate é que vulgarmente se pretende combater o depredar desregrado de recursos sob pretexto de um imperativo ético, quando no final de contas o motivo primeiro que nos precipitou nessa espiral de cobiça, será também o único que nos fará sair dela.
Ou seja o aquecimento global só será levado a sério quando tivermos a água pelos joelhos.
Será sempre o "instinto de sobrevivência" que vai ditar a nossa conduta.
Alexandre Vaz
Ou seja o aquecimento global só será levado a sério quando tivermos a água pelos joelhos.
Ou seja nunca. Uns ficam a nadar, outros sem água, outros previsivelmente vão ser beneficiados.
Não faltarão milhares de milhões dispostos a continuarem o "business as usual".
Não tenho ideia que estas divisões existam ideologicamente. As divisões na minha opinião surgem caso a caso e acabam por ser práticas.
A conclusão é excelente. Está na linha de outras observações: a ciência é corrupta, menos a que secunda certas opiniões e a que é feita nos blogues que secundam essas opiniões; os números não contam, tal como para Einstein, bastava um cientista não eram necessários milhares, a menos que sejam 116 "proeminentes cientistas" ou mais de 30.000 que não se sabe bem o que investigam; é tudo uma cambada de crentes, pastores e religiosos, a menos que tenham outras crenças, aí já são uma espécie de objectivistas deterministas, sem fé nenhuma em nada a não ser no tal futuro desconhecido. -- JRF
Caro Henrique Pereira dos Santos,
Se não estou enganado, Yellowstone foi o primeiro parque natural (criado em 1872) que traduziu a preocupação ambientalista e conservacionista da natureza que só nos finais dos anos 60 do século passado ganhariam visibilidade. No início do século XX, e para falar de maravilhas mundiais, foi a vez do Grand Canyon.
Tudo isto me faz lembrar a notável ausência de pronunciamentos, por parte dos modernos ambientalistas, dos quilómetros cúbicos de terrenos envenenados na ex-RDA, que a Alemanha capitalista continua, ainda hoje, a tentar recuperar a custos gigantescos.
O outro "eixo" do movimento ambientalista - o da defesa da saúde - suscita-me também a evocação de memórias antigas, recentes e actuais quanto ao proibicionismo do DDT que, muito apropriadamente, se poderia catalogar como «perseguição directa de uma espécie» em particular: o homem que vive em zonas onde a malária é endémica.
Quanto a Malthus e às suas teorias e modernos seguidores (Clube de Roma, por exemplo, fundado em 1968) convirá ter presente que têm inspirado algumas posições que se poderiam catalogar de defensoras de "purgas divinas" nas variedades fulminantes ou moduladas de gradualidade. Falar do malthusianismo, nas diferentes formas, é falar de escassez. Logo, estamos no domínio da Economia, também designada de ciência da escassez e, por causa dela (escassez), da escolha.
E depois dos fracassos totais dos planeamentos centrais e da criação dos "modelos de input/output" (que vinham anunciar as escolhas "científicas"), é hoje indisputável que não há melhor mecanismo para lidar com a escassez que os "sinais" que os preços emitem (os Chineses e Vietnamitas perceberam, milhões de mortos depois, esta verdade elementar). Quando se manipulam os sinais (i.e.,os preços), todo o problema da escassez perde racionalidade económica e entramos no domínio da voluntarismo político e da engenharia social. Não recordo nenhum exemplo no mundo que não tenha resultado num duradouro desastre e/ou pobreza endémica, para além, claro, do cerceamento da Liberdade.
O futuro é incerto e, como tal, é perigoso. O homem comum receia tudo o que não conhece, detesta mudar e lida muito mal com a incerteza. Há alguns que querem "resolver" esta questão remetendo para o Estado a tomada de decisões que "libertem" os cidadãos de tão pesado fardo. São os novos totalitaristas.
Parafraseando Keynes, estaremos todos mortos no futuro. Por essa razão, a tomada de decisões políticas hoje cujo impacto, pela sua magnitude, só se irá verificar, por inteiro e em toda a escala a longo prazo, é de uma irresponsabilidade totalmente inaceitável por parte da geração que hoje toma decisões com base em scares induzidas por teorias e proposições hipotético-probabilísticas cuja sustentação é cada vez mais disputada no seio do corpo científico, mais que não seja pela manifesta incapacidade de explicar o porquê da realidade ser diferente daquela que os "modelos" previram.
Alguns querem fazer acreditar, a muitos, que a catástrofe é certa e que, provavelmente, «já não iremos a tempo de a evitar a menos que...». Outros - onde me incluo - fazem notar que a única coisa certa é o custo, o brutal custo que nos (a nós todos) pretendem fazer suportar. E a muitos, precisamente os mais pobres, pretender condená-los à pobreza.
Caro Eduardo F.,
Não sei como lhe agradecer a poderosa demonstração prática que faz do post.
Como sabe, economia e ecologia são etimologicamente coisas muito próximas (uma é o governo da casa, outra é o conhecimento da casa) mas na forma corrente como os termos são hoje usados poderemos dizer, sem preocupação de rigor, que a ecologia é a economia do longo prazo.
O tal onde estaremos todos mortos e é portanto natural que não preocupe quem perdeu a noção da solidariedade para com os que estarão vivos nessa altura, mesmo não sendo nenhum de nós.
henrique pereira dos santos
«não há melhor mecanismo para lidar com a escassez que os "sinais" que os preços emitem (os Chineses e Vietnamitas perceberam, milhões de mortos depois, esta verdade elementar)»
Eduardo F.
«esta perspectiva malthusiana tem uma dificuldade de base: é que a expectativa de escassez altera o uso dos recursos e portanto tende a antecipar economicamente a escassez, evitando-a.»
HPS
Esta perspectiva de que os preços dão a exacta medida, e no tempo certo, da escassez dos recursos, permitindo os ajustamentos necessários e/ou o desenvolvimento de recursos alternativos, está longe de se verificar na prática. Enquadra-se porventura na ideologia do Prof. César das Neves, mas aplicado à Economia Ecológica, tem pouca aderência. Toda a discussão em torno do PIB como medida de riqueza também se enquadra aqui. A esse propósito, Nature's role in sustaining economic development. Como já referi em comentário anterior, os preços não resultam apenas da interacção entre a oferta e a procura, resultam também de relações de força. O caso do petróleo e do gráfico exibido noutro "post" é sintomático. É evidente que o preço de mercado do petróleo está longe de corresponder à realidade da sua crescente escassez enquanto recurso.
It is generally believed that when a resource becomes increasingly scarce, a shadow is automatically cast in the form of a higher market price. The higher price induces substitution towards more abundant resources and the development of resource-saving technological progress. A growing number of ecological economists argue that, while resource prices adequately reflect the relative scarcity of various resource types, they are unable to reflect the absolute scarcity of either a particular resource type or the entire stock of all resources. They therefore believe resource prices cannot be used as a basis for determining the sustainable rate of resource use. In support of this emerging ecological economic position, a resource depletion model is employed under specific conditions to show that, for some considerable period of time, the price of a resource can fall even as the stock of the resource declines.
"O futuro é incerto e, como tal, é perigoso. O homem comum receia tudo o que não conhece, detesta mudar e lida muito mal com a incerteza. Há alguns que querem "resolver" esta questão remetendo para o Estado a tomada de decisões que "libertem" os cidadãos de tão pesado fardo. São os novos totalitaristas."
Passando por cima da ultima frase que era desnecessária pois apenas enfraquece o argumento, convém recordar que o Estado sempre tomou e continuará a tomar decisões em nome dos cidadãos que os elegem (ou não). Seja no caso dos bancos que abrem falência, no apoio a determinados sectores da industria, tidos como "estratégicos", através de políticas de redistribuição da riqueza, etc. E os Estados intervêm em todos os regimes, em maior ou menor grau, como aliás deles se espera pois é para isso que lá estão.
Apesar das diferenças de opinião sobre qual o papel do Estado em diferentes sectores da economia e sociedade a verdade e que todas as ideologias defendem que a defesa nacional, i.e, a defesa dos cidadãos face a ameaças externas, é matéria da competência do Estado. Tendo as consequências das alterações climáticas (ou qualquer desastre natural) implicações ao nível da defesa dos cidadãos, é normal esperar que os Estados assumam as suas responsabilidades nesta matéria e proponham políticas que reduzam os riscos de incidências graves sobre os cidadãos. Quer chamar-lhe totalitarismo? Como queira, eu chamo-lhe responsabilidade.
Finalmente há que dizer que o seu argumento é incompleto. Quando diz, "(...) remetendo para o Estado a tomada de decisões que "libertem" os cidadãos de tão pesado fardo" está a esquecer que a não decisão, ou seja o "business as usual" também é uma decisão.
Caro Eduardo F.,
Levanta questões relevantes que lamentavelmente redundam na conclusão de que os ambientalistas são uma espécie de neo-absolutistas- as ONGAS serão provavelmente os novos “Camisas Negras”.
Não fiquei muito esclarecido quanto ao que são objectivamente as imposições eco-fascistas que lhe querem impôr e não vejo no quotidiano este temível poder que atribui aos ambientalistas- ouço frequentemente que “estes ecologistas não querem desenvolvimento” mas não conheço muitos exemplos relevantes e de grande escala em que tenham conseguido impedir seja o que for.
Nos EUA alguns ideólogos estão um pouco à sua frente e já consideram que coisas tão triviais e de pequeno impacto como tornar a reciclagem e compostagem obrigatórias (como nalguns condados californianos) e banir as lâmpadas incandescentes já são perdas terríveis e inaceitáveis para a liberdade individual. Estamos portanto às portas da Nuremberga de 1933. Pode ser que um dia consigam introduzir as portagens á entrada das cidades e pedonalizar os centros urbanos ou então estabelecer reservas marinhas de grande escala e então os amantes da Liberdade irão de certeza pegar em armas contra estas forças absolutistas e fanáticas!
(continua)
(continuação)
Quanto aos seus argumentos de carácter menos emotivo:
1. DDT. Acho bombástico que se continua a usar o DDT como uma espécie de bandeira do ataque á saúde humana face á saúde da natureza uma vez que a mesma substância tem efeitos sobre a saúde humana no mínimo comparáveis á malária, estimula a resistência dos insectos á mesma e provou-se que uma combinação de acções menos destrutivas conseguem ter uma eficiência no mínimo comparável ao DDT. Esta linha de argumentação do DDT nasceu unicamente de movimentos lobbyistas nos EUA e não é suportada pela realidade.
2.Não faço a mínima ideia do que quer dizer a referência á RDA, imagino que é uma tentativa de politicizar o assunto. Tanto quanto sei o ambientalismo é transversal á paisagem política em Portugal e esta identificação esquerda-direita soa a uma importação dos EUA.
3.A descrição do Clube de Roma como uma espécie de Illuminati ecologista que arquitecta a erosão das liberdades mundiais está no domínio da prosa do Dan Brown. No fundo trata-se de um think tank semi-autista com pouco reflexo na realidade e estou para saber exactamente como é que têm o poder que sugere. Imagino que estarão na posse de um qualquer artefacto místico de controlo mental escondido nas caves do Vaticano.
4.“Quando se manipulam os sinais (i.e.,os preços), todo o problema da escassez perde racionalidade económica e entramos no domínio da voluntarismo político e da engenharia social.” É curiosa esta afirmação quando se tem em conta que é precisamente uma manipulação de preços nas maiores economias do mundo que tem um reflexo monumental não só no ambiente como também no “voluntarismo político” e “engenharia social”. É simples: a monocultura intensiva é alvo das maiores atribuições de subsídios de todo o planeta e está isenta dos seus reais custos ambientais (por exemplo) que são mitigados sob forma de impostos que estão desanexados do seu preço. Não é pago o seu custo real.
Este duplo subsídio tem variadas causas sociais e políticas nefastas: elimina a competitividade económica de formas de agricultura que têm benefícios ambientais; elimina a agricultura de pequena escala nos países das culturas e naqueles que com elas competem no mercado internacional; intensifica a desertificação demográfica rural; favorece alimentos dependentes destas culturas (milho e soja) como açucares artificiais e carne que têm conhecidos efeitos nocivos na saúde quando consumidos em excesso, tornando-os muito mais baratos que outros ingredientes que são parte de uma dieta equilibrada; é uma pressão monumental sobre recursos energéticos e de qualidade de solo e água. E continua...
Como diz o Eduardo F. os vietnamitas aprenderam a lição, quando será a nossa vez? Pode-se contar consigo para combater esta distorção do mercado livre, desta subsidiodependência, deste ataque á escolha individual ? A má notícia é que terá como compagnons de route os famigerados eco-fundamentalistas...
Portanto repito a minha pergunta: qual é exactamente o “brutal custo” que lhe vai ser imposto quando são precisamente “brutais custos” aquilo que os ambientalistas querem evitar?
Cumprimentos
Nuno Oliveira
A propósito do que disse o Miguel Araújo, e a título de curiosidade, o MetOffice (Serviço Meteorológico Britânico) está sob a tutela do Ministério da Defesa. O nosso IM sob o Ministério da Ciência.
O comentário do Eduardo é soberbo.
E suscita-me um a reflexão sobre ideologias e clima.
A olho nu não parece haver relação entre opções ideológicas e posições relativamente à mudança climática.
Mas é inegável que as pessoas de esquerda são também as que mais tendem a acreditar que a mudança climática, além de ser culpa humana, é um assunto gravíssimo que exige intervenção dos governos e mesmo medidas globais.
Pelo contrário, quem não é mais pela liberdade individual, tem posições cépticas.
Porque é que isto acontece?
Para quem é de esquerda, a explicação é simples: os cépticos ou são idiotas, ou alheios à ciência, ou cínicos que fizeram pactos faustianos e venderam a alma ao Grande Capital.
Para os cépticos, a explicação está na compulsão esquerdista para a centralização do poder e para a imposição da sua visão social e moral.
Quem já debateu com pessoas de esquerda percebe que, de um modo geral, estão convencidas que são mais inteligentes e esclarecidas e que estão do lado “certo”.
Facto que leva uma grande parte delas a encarar a democracia “burguesa” com alguma desconfiança, porque se trata de um sistema em que pessoas pouco esclarecidas e manipuláveis podem forçar decisões "erradas". De resto a mesma razão pela qual encaram o “mercado” ( miríades de decisões individuais) como irracional, face às esperadas virtudes de um planeamento económico centralizado nas mãos de especialistas.
Desde Marx que a esquerda tem como assente a ideia de que as massas não estão aptas a reconhecer os seus próprios interesses e necessitam de ser conduzidas por vanguardas esclarecidas que regulem, que definam, que legislem.
Regular juridicamente a quantidade de sal no pão é apenas uma variante relativamente benigna desse atavismo, que todavia está presente também na loucura maoísta e castrista de regular a quantidade de calorias que o cidadão teria o direito de ingerir. ( continua)
Gore e todos aqueles que se movem na sua esteira, entendem que a questão climática é uma ameaça existencial que exige a união de todos em torno de uma liderança global iluminada. E dinheiro, muito dinheiro, tirado aos "ricos" e entregue aos "pobres", como compensação por complexos de culpa.
Ora varas todas unidas num grande molho comum, é o fascio, o símbolo do fascismo e não por acaso, Mussolini vinha da ala esquerda do Partido Socialista.
É por isso que Gore, de resto, quase plagia as teses anti-tecnológicas de Heidegger, esse filósofo que a esquerda adora e que andou de mãos dadas com o nacional-socialismo.
AS medidas a tomar são sempre as mesmas: centralizar decisões em pessoas "esclarecidas", acabar com a sociedade de consumo, o capitalismo, etc. Ou seja, a mesma medicina de sempre e que sempre matou o paciente.
É este o padrão. É por isso que este milenarismo catastrofista vem sempre da esquerda.
E subjacente a ele está ainda que não conscientemente, a utopia da imaginada antiga harmonia pastoril em comunhão com o cosmos e a natureza, enfim, o paraíso terrestre, o útero, a Montamnha de Açucar, o Shire de Tolkien.
Portanto repito a minha pergunta: qual é exactamente o “brutal custo” que lhe vai ser imposto quando são precisamente “brutais custos” aquilo que os ambientalistas querem evitar?
O principal custo é precisamente a coarctação da liberdade dos cidadãos e das sociedades, incluindo a liberdade à solidariedade!
O argumento de que criar um mercado de carbono (cujo objectivo principal é exactamente actuar sobre um mercado mais que imperfeito no sentido de garantir uma melhoria da internalização dos custos sociais asociados ao preço de uso de energias fósseis) nos vai fazer ficar a todos mais pobres é um argumento que percebo, embora tenha muitas dúvidas de que o argumento seja inteiramente válido.
O argumento de que esse é um mercado artificial promovidos pelos Estados e portanto imperfeito, é um argumento que percebo, partilho em parte mas que ponho em perspectiva face aos milhares de outros mercados criados desta forma (uns funcionando bem, outros funcionando mal) como seja o mercado de consultoria fiscal, por exemplo.
Agora o argumento de que criar um mercado de carbono é uma maquinação de agentes inimigos do mercado que pretendem coartar a liberdade dos cidadãos só pode ser mesmo uma piada.
henrique pereira dos santos
" criar um mercado de carbono "
Mas para quê, meu Deus?
Se não há nenhuma prova que o CO2 provoque os cataclismos que se anunciam, porque carga de água introduzir custos nos bens que eu compro?
Para onde vai esse dinheiro?
Não está melhor no meu bolso?
Não é melhor gastá-lo com os meus filhos?
Não saberei eu melhor onde gastar o meu dinheiro do que meia dúzia de tontos vestidos de Cassandras?
@o-lidador
De onde é que tirou a ideia de quem é ambientalista é de esquerda? É que essa dicotomia só existe nos EUA. No RU o líder conservador tem mais "credenciais ecológicas" (reais ou não) do que o rival liberal e por toda a Europa ambas as facções se debatem com objectivos comuns neste aspecto mas com posturas e soluções diferentes, o que é natural.
E eu, que votei maioritariamente no centro direita e considero a agenda ambiental fulcral apesar de o Al Gore não me dizer nada, serei um OVNI político?
E os estereótipos de desenho animado de alguma esquerda tirou-os de uma sátira política dos anos 30? É que estão um pouco gastas estas concepções do que é uma pessoa de direita e de esquerda...
@ anónimo
Então descreva-me lá a agenda dos neo-fascistas ambientais para a coerção das liberdades dos cidadãos e das sociedades, irá começar quando o Ministério do Ambiente tomar conta do Ministério da Defesa? Quando um homem pintado de verde assassinar o Presidente da República? É que estou a falar-lhe em usar a mobilidade sustentável e alimentar-se responsavelmente (por exemplo) não com uma arma apontada á sua cabeça mas apelando ao seu civismo e consciência. Mas como gosto de thrillers adoraria saber qual considera ser o "masterplan" destes perigosos fundamentalistas.
Cumprimentos
Nuno Oliveira
Caro Nuno Oliveira, também nunca votei à esquerda na minha vida. E agora que penso nisso, nem ao centro. Só votei na direita existente em Portugal. É o que há.
Eu deixo falar e que pensem o que quiserem, chamem Pol Pot, Goebbels ou o que quiserem. No entanto tenho que dizer uma coisa: a existência de uma fraude como os verdes, não ajuda a credibilizar nenhuma causa ambientalista. Sempre foi uma fraude democrática, mas depois da Zita Seabra descrever como a ajudou a montar e quais as motivações, ninguém pode dizer que não sabe. Por aí também se faz a associação do "ambiente" à "esquerda" e há alguma razão.
Mas, também ninguém tem culpa que a direita se demita de certas causas e noutras actue com timidez. -- JRF
Caros nuno e josé rui.
Não sei que "direita" é a vossa, mas de facto há a chamada "extrema-direita" que defende basicamente as mesmas "causas" da esquerda, ou seja.
A bem dizer, chamar-lhe direita é bastante forçado, porque a origem é a mesma.
Tanto Mussolini como Hitler eram socialistas e fundamentalmente antiliberais.
De resto a "luta por causas" é, por definição, a marca da puerilidade mental da esquerda.
O ambiente não é uma "causa".
A necessidade de protecção do ambiente não resulta de "causas", mas da mera ponderação de interesses individuais.
Eu quero um ambiente agradável, não porque o ambiente seja um Boi Ápis, sagrado e intocável, mas porque é util para mim.
A "causa" é o Homem.
É por isso que quando em nome da protecção do "Ambiente", se planeia prejudicar o homem, já estamos no domínio da religião e da irracionalidade.
A questão que eu coloco sempre a estes tontos é:
Se tivesse de escolher entre a vida de um ser humano e a vida de 100 milhões de golfinhos, qual seria a decisão?
Aqueles que têm dúvidas, entram imediatamente na categoria dos doidos furiosos. E perigosos.
E andam muitos por aí...
Não é a sua de certeza absoluta. Nem toda a direita tem como principal filósofa Ayn Rand. Nem o egoísmo radical como farol.
Depois há os fenómenos localizados portugueses que são desconcertantes. Liberais à portuguesa, mais papistas que o papa (liberal). Só funcionam por pancada ideológica. O que explica a maior parte dos disparates lidos sobre o aquecimento global nos blogues da causa. -- JRF
@ "o-lidador"
Mas andamos aos círculos:
"É por isso que quando em nome da protecção do "Ambiente", se planeia prejudicar o homem, já estamos no domínio da religião e da irracionalidade."
De que é que está exactamente a falar? Onde é que lhe colocaram o dilema 100 milhões de golfinhos- vida de um homem? Que imaginação é precisa para ir buscar estes exemplos? São estes os exemplos que vai buscar para combater a "irracionalidade"? Não será o fanático aquele que distorce a realidade para encaixar no seu ponto de vista?
Onde é que está o golpe de estado global do Al Gore? Começou com a fortuna que fez a vender DVD's? Primeiro conquista a tabela de vendas da Amazon e depois o mundo?
É verdadeiramente elusivo e insidioso este Al Gore, que já não posso ver mais á frente.
Volto a perguntar pela 4º vez- Qual é a agenda de dominação mundial dos ambientalistas e quais são as medidas que estão a implementar que visam dinamitar a civilização?
Pelo seu comentário já tive uma pista: isto não tem nada a ver com pragmatismo e atribuir valor ao ambiente mas é mais uma guerrinha política fictícia. Haja juízo para defender aquilo que diz respeito e é do interesse de todos.
É que o verdadeiro problema de fundo é que muita gente não associa a prosperidade e manutenção do seu estilo de vida com a manutenção do equilibrio ambiental: a biodiversidade só lhes vale enquanto jardim zoológico para ver ao fim-de-semana, a qualidade dos solos só serve para plantar rosas e os oceanos só servem como uma piscina glorificada.
Toda a civilização, incluindo a sua economia, depende de condicionantes naturais, limitadas e bastante concretas.
Cumps
Nuno Oliveira
"É que o verdadeiro problema de fundo é que muita gente não associa a prosperidade e manutenção do seu estilo de vida com a manutenção do equilibrio ambiental"
Que fazer a esta gente?
A estes tipos egoístas e que não pensam como você?
Reeducá-los?
Exterminá-los?
POrque carga de água é que há gente que não pensa como você?
Como é possível?
Como se pode tolerar isto?
"Qual é a agenda de dominação mundial dos ambientalistas e quais são as medidas que estão a implementar que visam dinamitar a civilização?"
Os "ambientalistas" são basicamente os orfãos das utopias antiliberais do séc XX. O "ambiente" é a nova "cause do jour".
Agenda?
A mesma de sempre. A Revolução pela revolução. A utopia de quem não aceita o mundo real porque fica aquém da utopia que a sua cabeça constrói.
O outro mundo, o Céu, aqui e agora, pela crítica indignada a este.
A realidade está sempre aquém do ideal.
É tão apelativo conjurar uma história linear em que no fim S.Jorge mata o dragão...imaginar um mundo onde os planeadores abolem a miséria, o aquecimento, as catástrofes, a mudança.
Contra quem?
Pois, os capitalistas, a "sociedade de consumo". E quem são eles em concreto?
Estes que aqui postam? Que consomem produtos tecnológicos, que compram internet, computadores, etc?
Ah, mas estes fazem-no para "denunciar", para "apelar", são os "bons".
Os maus são os outros, os capitalistas, "neoliberais", o "Grande Petróleo" ( dizem eles, depois de terem atestado o carro no posto que vende mas barato)
Os quadros das empresas privadas e publicas? Os bancos, em parte controlados pelo Estado? As PME?
São estes os malfeitores e pecadores concretos. Ninguém em especial, apenas umas categorias abstractas que é tão fácil odiar.
Precisamos de bodes expiatórios, claro. São sempre os outros.
E para acabar com "isto", nada melhor que um salto prometaico, a Revolução, com nomes modernos, claro, a Sustentabilidade, a Mudança de Paradigma.
É esta a agenda meu caro.
A agenda de quem mantém na idade adulta a pulsão de revolta própria dos 17 anos.
Tão ridículo como uma anciã de 75 anos a vestir-se como uma adolescente.
Boas,
gostava que desses uma olhadela às opções do teu blog na parte dos feeds. Eu sigo o teu blog pelos feeds e o texto dos teus posts nunca aparece, tenho sempre de vir à página ver o post e nunca o consigo ver no programa que uso.
Se por acaso tens a opção de mostrar apenas resumo nos feeds, mete para mostrar o post todo :D como teu leitor ia curtir.
Abraços
Boas,
gostava que desses uma olhadela às opções do teu blog na parte dos feeds. Eu sigo o teu blog pelos feeds e o texto dos teus posts nunca aparece, tenho sempre de vir à página ver o post e nunca o consigo ver no programa que uso.
Se por acaso tens a opção de mostrar apenas resumo nos feeds, mete para mostrar o post todo :D como teu leitor ia curtir.
Abraços
Que é que eu disse da pancada ideológica? A sua causa é você. Disso já ninguém aqui tem dúvidas.
Se o que diz fizesse algum sentido, o que não é o caso, podia-se aplicar ao próprio, como uma luva. Aliás, pode-se aplicar mesmo que não faça qualquer sentido. Até a sua táctica difamatória constante é decalcada da extrema esquerda. O facto de não ser liberal ao estilo marxista invertido, mais papista que o papa, não faz dos outros extrema direita da que tem a mesma origem da extrema esquerda. Construiu um planeta de dogmas e não sai disso.
Aliás, para quando o grande partido negacionista, que junta liberais à portuguesa, extrema direita e extrema esquerda?
Por sorte encontrei uma mensagem do presidente do PNR que aborda o assunto: "fraude", "escândalo", "sórdidos interesses". Está certo.
E noutro sítio insuspeito, "Ecotretas". Onde é que já ouvi isto? Vou refletir sobre isso.
Noutro, começa com purgatório de ideias: SIDA, Lobby Gay, aquecimento global... e acaba com uma interessante e educativa ida ao Mitos Climáticos. Com o fim do aquecimento global, " em torno de quê se vai estruturar o discurso esquerdista?", pergunta o espantado autor.
E na extrema esquerda? O inenarrável Resistir Info (Google): "fraude", "eco-religião", "alarmistas", "histeria", "impostura", etc, etc. Também não sei onde já ouvi isto...
Junte-se aos seus pares caríssimo. Ande para a frente. Comece a recolher assinaturas para o grande Partido Negacionista Português. Com o nível de indigência intelectual que grassa, vai ter sucesso. -- JRF
@ o-lidador
No meio do seu criativo "ranting" em modalidade de escrita livre que conseguiu num parágrafo juntar crises adolescentes, as PME's e o S.Jorge surgiu-me uma pergunta interessante:
Então enumere qualquer coisa- actividade, bem de consumo, contexto físico- cujo sucesso não dependa directamente de algum tipo de equilíbrio ecológico. Uma qualquer.
É que ambiente não é uma "agenda" perigosa ou uma frívola "cause du jour" mais do que outras coisas como a Educação ou a Saúde!
Esta correlação entre a civilização humana e o ambiente humano é mais ou menos evidente, não é uma opinião minha e se se quiser convencer do contrário está totalmente no seu direito.
Mas continue lá o seu enredo: então eu sou um perigoso fanático que o vai reeducar e exterminar. Porventura torturá-lo com electricidade num calabouço se não fizer a compostagem! Ou se calhar obrigá-lo a comer bróculos de agricultura biológica num campo da morte. Ainda bem que não está afectado pela paranóia irracional como os nefastos ambientalistas.
Cumps,
Nuno Oliveira
Meus caros,
Manifestamente há comentadores que não sabem do que falam, não querem saber e a quem falta o mínimo de lógica discursiva.
Para evitar a degradação do debate sugiro que se deixe quem quiser dizer o que quiser, mas que não se responda à pura irracionalidade (ou à má-fé), para além de um ou outro aspecto pontual que possa ter interesse geral.
É que discutir racionalmente a dinâmica populacional das espécies dos Himalaias com alguém que passa o tempo todo a falar do abominável homem das neves é pura perda de tempo.
henrique pereira dos santos
Caros,
Não gastem o vosso latim. Basta ler os comentários deste Lidador e de outros na mesma linha para ver que se encaixam bem no perfil de "Paranoid personality disorder":
Paranoid personality disorder is a psychiatric diagnosis characterized by paranoia and a pervasive, long-standing suspiciousness and generalized mistrust of others.
Those with the condition are hypersensitive, are easily slighted, and habitually relate to the world by vigilant scanning of the environment for clues or suggestions to validate their prejudicial ideas or biases. They tend to be guarded and suspicious and have quite constricted emotional lives.
http://en.wikipedia.org/wiki/Paranoid_personality_disorder
Subscrevo os dois últimos comentários...
Qual é exactamente o “brutal custo” que lhe vai ser imposto quando são precisamente “brutais custos” aquilo que os ambientalistas querem evitar?
Resposta: os custos brutais que se querem evitar são «custos brutais» probabilísticos (na mais cristã das hipóteses) e os «custos brutais» que têm de ser suportados são reais.
O Anónimo, manifestamente, não sabe do que fala, pois não?...
volta estaline, estás perdoado:
só cá faltava a insinuação de que quem pensa diferente da corrente estabelecida é doente mental .. a história recente mostra bem qual foi o passo seguinte para a reabilitação e reeducação de dessas pessoas: internamento dos dissidentes em hospitais psiquiátricos.
O que para aqui vai de raiva, ódio, indignação...
Dir-se-ia que perturbei uma colmeia. Chega ao ponto de já me quererem internar.
Está respondida a questão retórica do meu comentário anterior e parece que o tratamento é o mesmo de sempre.
Não respeita as nossas crenças sagradas, só pode ser doido, é interná-lo, é interná-lo.
Felizmente isto é só um blogue.
Ufa!
Fico-me pelo diagnóstico dos Irmãos
Karamazov : esta gente "quanto mais ama a humanidade em geral, mais odeia as pessoas em particular, como indivíduos."
Caro O-Lidador,
Permita-me que subscreva os seus comentários. Integralmente.
Acrescento apenas uma observaçãozita que é também uma perguntinha: por que será que há umas certas pessoas, de um certo espectro, que detestam a palavra totalitarismo?
Ainda quanto a esta frase:
«esta perspectiva malthusiana tem uma dificuldade de base: é que a expectativa de escassez altera o uso dos recursos e portanto tende a antecipar economicamente a escassez, evitando-a.»
Jared Diamond, na sua obra Colapso, dá algumas pistas sobre as razões porque nem sempre a perspectiva de escassez altera comportamentos
Mais especificamente, o link era este
Se pensavam que já tinham visto tudo sobre o "Carbon Offsetting" então:
And you thought carbon offsets couldn’t get worse!
«PopOffsets is unique - the first project in the world that, simply and transparently, enables individuals and organizations to offset their carbon footprint by funding the unmet need for family planning and the removal of the many barriers to women who want smaller families.»
“Research is indicating that providing a currently unmet need for family planning is the lowest cost way of reducing CO2 emissions and climate change – possibly less than one third of the cost of other technological fixes – without any environmental downsides.”
As famigeradas pegadas do CO2 antropogénico no aquecimento global:
Each cause of global warming heats up the atmosphere in a distinctive pattern - its "signature". According to IPPC climate theory, the signature of carbon emissions and the signature of warming due to all causes during the recent global warming both include a prominent ―hotspot at about 10 – 12 km in the air over the tropics. But the warming pattern observed by radiosondes during the recent global warming contains no trace of any such hotspot. Therefore:
1. IPCC climate theory is fundamentally wrong.
2. To the extent that IPCC climate theory is correct in predicting a hotspot due to extra carbon dioxide, we know that carbon emissions did not cause the recent global warming.
The hotspot is not incidental to IPCC climate theory - it lies at its heart, because the same water vapor feedback that produces the hotspot in IPCC climate theory also doubles or triples the temperature increases predicted by the IPCC climate models. If the IPCC climate modellers just turn down the water vapor feedback in their models enough so their theoretical signatures match the observed warming patterns, then the predicted temperature increases due to projected carbon emissions are greatly reduced and are no longer of much concern.
The radiosonde data shocked the alarmists, who expected a hotspot to confirm their theory. Alarmists now dispute the radiosonde data, saying it is so poor that it cannot show any pattern. But radiosondes can reliably detect temperature differences of 0.1°C, and the hotspot would be at least 0.6°C warmer. And there were hundreds of radiosondes - they cannot all have missed it. Alarmists now distract people away from the hotspot issue, and often give the impression that they found the hotspot without actually claiming they have.
Scarcely anyone knows about the missing hotspot and its significance. (Which proves that alarmists do not tell us when they find evidence against their idea that carbon emissions are the main cause of global warming.)
The Missing Hotspot
Dr David Evans
21 July 2008
Last major revision 22 Mar 2009
Outro ponto de vista sobre o mesmo assunto do comentário anterior:
http://www.skepticalscience.com/tropospheric-hot-spot.htm
Fica ao critério de quem lê tirar conclusões.
henrique pereira dos santos
Interessante artigo a propósito do lançamento de State of the World 2010 e da reacção do Guardian.
«Malthus and Ehrlich were not wrong on content, just off by a time factor.»
Algumas pessoas dizem que não há enormes custos em combater o suposto AGAC. COMO ASSIM? NÃO HÁ CUSTOS?
1. Crescimento da burocracia da ONU em número e poder.
2. Anúncios de ações judiciais, boicotes e intervenções contra países que não cumprirem a "agenda".
3. Enormes quantias de dinheiro desviadas de outras pesquisas para as que "comprovem" o AGAC.
4. Perversão da ciência, pois os pesquisadores são constragidos a chegar a tais e tais resultados.
5. Imposto global, que implicará, futuramente, em um "departamento da receita" global, punições criminais contra "sonegação do imposto global", e conhecimento da burocracia da ONU sobre as finanças das empresas.
6. Mais poder para as ONGs e burocracias nacionais.
7. Freio no desenvolvimento dos países mais pobres, que são justamente aqueles que precisam desesperadamente de rápido crescimento.
8. Mais fome e miséria, causada por menor desenvolvimento.
São custos gravíssimos. As políticas de "combate" ao AGAC são perigosas, poem em risco as soberanias (a democracia, portanto) e o desenvolvimento (o bem estar).
Finalizando, devo lembrar que a ONU é um clube de ditaduras e governos corruptos (o que pesa é a maioria).
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